tag:blogger.com,1999:blog-137230962024-03-05T07:41:35.697+00:00OPUSKULOopuskulo@gmail.comUnknownnoreply@blogger.comBlogger69125tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-73511859602705242652014-10-03T10:00:00.000+01:002014-10-03T10:00:03.659+01:00Vale a pena reler...entrevista com José Carlos Santos: parte II<div class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Entrevistas realizadas no parque de
estacionamento de um centro comercial, uma conversa perdida num ficheiro vazio,
músicos mal-humorados, bêbados e alterados, grandes amizades, boas e más
recordações e, acima de tudo, uma enorme paixão que une tudo isto: o jornalismo
musical! Eis a segunda parte da conversa com José Carlos Santos, aqui abrindo
espaço ao seu lado enquanto profissional nos obscuros, hilariantes e
apaixonantes recantos da indústria musical, proporcionando-nos uns valentes e
prazeirosos momentos de excelente leitura e partilha. <span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfuJvY7dX0LKh9a8fenArEX0BKAyk-nFX8fk1cyWAROLMuOg65uwV0SRx9_NfT0hC-UXBUdcpCdoaDOmjVRYDcE1yMisIyyBJ9DVv4nTf4Vw3_w0Nd5gvWvH1kL_JPrA1M1AJL/s1600/JCS+Justin+Broadrick.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfuJvY7dX0LKh9a8fenArEX0BKAyk-nFX8fk1cyWAROLMuOg65uwV0SRx9_NfT0hC-UXBUdcpCdoaDOmjVRYDcE1yMisIyyBJ9DVv4nTf4Vw3_w0Nd5gvWvH1kL_JPrA1M1AJL/s1600/JCS+Justin+Broadrick.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"></span></div>
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-size: 10pt;">com Justin Broadrick ( Godflesh)</span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"></span></div>
<a name='more'></a><span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span><br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Escreves para diversas revistas
estrangeiras de grande projecção e influência. Quais as grandes diferenças que
assinalas entre mercados como a Alemanha ou o Reino Unido e o nosso país? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
O tamanho. O funcionamento das coisas é em
tudo semelhante, a dedicação e o talento das pessoas é equivalente em todos os
países para cujas revistas já trabalhei. Mas nesses países o mercado é de uma
dimensão que não tem nada a ver com a nossa. Em particular nas revistas
inglesas (e americanas, claro, mas conheço melhor por dentro a realidade
britânica), que pelo idioma “universal” em que são escritas até lhes permite
serem lidas em todo o mundo, a visibilidade que têm é brutal. Em Inglaterra,
num país onde já existe a Terrorizer, a Metal Hammer, a Kerrang, a Zero
Tolerance, a Rock-a-Rolla e mais um monte de outras, fora as “importadas”
americanas, uma antiga directora da Terrorizer pode dar-se ao luxo de fundar
uma revista nova meia dúzia de meses depois de lá ter saído – a Iron Fist –
dedicada essencialmente ao heavy metal mais tradicional, e há espaço e público
para isso. Em Portugal, uma Iron Fist venderia 500 cópias, com boa vontade,
mesmo sem qualquer competição. Vivemos num sítio pequenino, e dentro desse
sítio pequenino ainda somos muito poucos a gostar disto do metal e do rock. E
desses poucos, ainda há menos que mantenham os hábitos antigos em relação aos
formatos físicos. Contra isso, não há muito a fazer. <o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Para além das diferenças óbvias ao nível
das escala, sentes um outro nível de profissionalismo e apoio logístico,
financeiro, etc…? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Não. Como disse, o profissionalismo e a
dedicação são exactamente os mesmos, na minha experiência – e já colaborei com
revistas inglesas, alemãs, canadianas e americanas. Acho que ninguém consegue
fazer nada neste nosso mundo muito particular se não for profissional, dedicado
e talentoso. Em termos de apoio logístico e financeiro, mesmo nos mercados
maiores que o nosso, a proporção em relação ao custo de vida é semelhante – o
metal é normalmente o parente pobre em todo o lado. Ninguém é rico nesta
indústria em particular, nem ninguém tem benesses extraordinárias quer escreva
para uma revista inglesa quer escreva para uma revista portuguesa. Sou eu que
pago os meus bilhetes de avião quase todos, a menos que haja alguma editora
discográfica por trás da iniciativa em questão, por exemplo. O que fazemos é
por carolice, seja em que sítio for. <o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Como é abraçar e gerir uma revista
dedicada à música no nosso país? Para começar, requer alguma coragem e bastante
carolice e paixão por aquilo que se faz, certo? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Carolice e paixão, claramente – e não o
digo a título individual apenas, digo-o referindo-me a toda a equipa que
constitui a LOUD! neste momento, que tem sido inexcedível nos seus esforços e
na aplicação do seu talento. Coragem... não é uma palavra de que goste muito
neste contexto. Coragem têm os bombeiros que vão apagar fogos, os médicos que
vão para cenários de guerra, as pessoas que se manifestam e exigem os seus
direitos perante riscos sérios à sua integridade física. Convicção é uma palavra
de que gosto mais. Convicção naquilo que somos capazes de fazer, carolice e
paixão. Isso sim, sem dúvida.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Como jornalista e um dos cérebros de uma
revista dedicada a um género musical muito específico, o metal, como
encaras o futuro desse tipo de publicações “físicas” ? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Com um optimismo moderado, mas firme.
Passamos por alturas difíceis, claro que sim, em todos os sectores e em
particular naqueles que mais mudanças sofreram nas suas bases de funcionamento
nos últimos anos, como é o caso dos dois em que se cruza o funcionamento de uma
revista de metal – a imprensa escrita e a indústria discográfica. Não lhes
vaticino uma morte definitiva, no entanto. Especialmente neste nosso nicho,
creio que haverá sempre espaço para uma publicação física, como haverá sempre
espaço para edições físicas dos discos de que todos gostamos. É preciso saber
evoluir e acompanhar as mudanças, diversificar as formas de oferta, refinar os
conteúdos e as ideias para que as pessoas não caiam no fácil (e erróneo, tantas
vezes) “ah, isso leio tudo na net”. Mas também é preciso ser teimoso e
acreditar que ninguém quer mesmo um mundo em que todas as revistas estão no
tablet e todos os discos no leitor de .mp3. <o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Consideras que também ao nível da imprensa
escrita a internet veio alterar por completo as regras do jogo? Em que
sentido? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Veio, tanto directamente como
indirectamente. <o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Directamente, porque a oferta de leitura é
quase infinitamente maior ao que costumava ser, e sem filtro nenhum. O que há
mais é “revistas” manhosas na net, e algumas muito boas também, já para não
falar da imensidão de blogues, desde o mais genial até ao mais embaraçoso. Isso
é bom e é mau: bom, porque obriga as revistas a elevarem os seus standards, a
mostrarem que continua a valer a pena comprar o papel, a tornarem-se quase em
coleccionáveis, porque ao mínimo desleixo, as pessoas abrem uma página na net e
borrifam-se para o trabalho e custo que dá para obter a revista. Mau, porque
muita gente não adoptou a saudável convivência entre os dois veículos
diferentes de informação e simplesmente deixou de sequer dar uma hipótese ao
formato físico. <o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Indirectamente, porque as mudanças
estrondosas que a internet causou na indústria discográfica afectaram
obviamente as publicações desse mundo. Não se vendem discos, as editoras têm
menos recursos para investir em publicidade e outras iniciativas, as bandas
sofrem, as revistas sofrem. As ramificações são muito mais complexas que isto,
mas a ideia base da coisa é essa. Para além disso, o acesso imediato a todos os
discos também mudou muito a percepção que os leitores têm sobre as revistas. É
uma generalização, mas que se verifica com frequência: antigamente, a maior
parte de nós usava as revistas de música como um guia, era um dos principais
veículos, se não mesmo o principal, para descobrirmos bandas novas e para
tomarmos decisões em relação aos discos que íamos comprar. A credibilidade das
pessoas que escreviam nas revistas era geralmente aceite. Agora, como já toda a
gente tem todos os discos que vêm criticados nas revistas, e como é muito mais fácil
descobrir as coisas por si próprio (e porque não há o peso de ter que ir
comprar os discos para os ouvir), a posição mudou para “deixa cá ver se este
gajo acha o mesmo que eu já acho deste disco”. E é fácil dizer que o gajo que
escreve é uma besta porque não gostou do mesmo disco que eu, porque eu agora já
tenho todos os discos e já tenho opinião formada sobre eles antes de sair a
revista. E se não o ouvi, vou aqui sacá-lo e daqui a 10 minutos já vejo se o
gajo é uma besta ou não. Não defendo que as revistas tenham que ser um oráculo
que contem toda a sabedoria e que guia as massas desmioladas, nada disso. Mas
que se perdeu uma grande dose da confiança que era à partida adquirida nesta
relação escritor-leitor, lá isso perdeu-se. É uma relação muito mais confrontacional,
agora.<span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJzG6fej2EXs4ZXCAn_X_x148I4QoJeGk3pi7_B4rJ3BlTn75igyIlq6p0z3jwUo4breRAnK9wTShJuTw68-USb3x4-ypwfjWAaxlByQbKiHBu9cS0beI-RGr2LKgpnf4IjqB6/s1600/JCS+Jonathan+Selzer.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJzG6fej2EXs4ZXCAn_X_x148I4QoJeGk3pi7_B4rJ3BlTn75igyIlq6p0z3jwUo4breRAnK9wTShJuTw68-USb3x4-ypwfjWAaxlByQbKiHBu9cS0beI-RGr2LKgpnf4IjqB6/s1600/JCS+Jonathan+Selzer.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"></span><br />
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-size: 10pt;">com Jonathan Selzer (Terrorizer Mag)</span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Derivado do teu trabalho para revistas
internacionais, fazes a cobertura de eventos por essa Europa fora com alguma
frequência. Que realidades tens encontrado quando comparadas com a portuguesa,
principalmente ao nível do apoio e condições dadas às bandas e à divulgação
musical? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Em termos governamentais, a diferença é
abissal na maior parte dos países quando comparados com o nosso. Até me sinto
mal de pensar nisso, por isso não vou desenvolver muito, mas fica um exemplo
paradigmático: na Islândia, um dos tais países que sofreu mais com a crise
económica e cuja cena musical tenho tido a oportunidade de conhecer com alguma
profundidade nos últimos anos, existe uma organização apoiada pelo governo
chamada Iceland Music Export (IMX) cujo único propósito é o de dar a conhecer a
música islandesa internacionalmente. Basta ler o manifesto para chorar de
inveja de não haver uma Portugal Music Export:<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.icelandmusic.is/about/imx/">http://www.icelandmusic.is/about/imx/</a>. E desengane-se quem pensa que isso
só serve para as Björks, Sugarcubes e Sigur Rós deste mundo. Putos novos e
talentosos do metal extremo como os Angist, os Gone Postal ou os The Vintage
Caravan beneficiam destas iniciativas, por exemplo, tendo voos grátis para vários
pontos da Europa para irem tocar a festivais e fazerem pequenas digressões, ou
tendo jornalistas convidados de vários media e editoras do estrangeiro a
assistirem às suas actuações locais e aos festivais islandeses onde participam.
Com resultados – por exemplo, uma das bandas que participou no último festival
Eistnaflug acabou de assinar um contrato com uma grande editora europeia. Isto
tudo num país supostamente em crise e com um isolamento geográfico 50 vezes
pior do que aquele de que tanto nos queixamos em Portugal. <o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Da tua experiência além fronteiras, somos
realmente um público excepcional ou isso não passa de conversa de músico e de
respostas de palmatória? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Somos, de facto, muito calorosos, mas
confesso que não noto grandes diferenças de nacionalidades em bons concertos,
sejam eles onde forem. Nunca fui a sítios onde o público parece de facto ser
totalmente diferente do que estamos habituados, como o Japão, ou até países
menos “habituais” na rota das bandas e portanto com públicos mais amalucados
como alguns da América do Sul... mas daquilo que conheço, e por azeiteiro que
isto possa soar, a nossa nacionalidade excepcional é o próprio metal, e é essa
“bandeira” que faz de nós excepcionais. Seja na Alemanha, na Finlândia ou em
Portugal.<span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpxMKj16HtXT8_eK-WAwBfXQTxPKOslWZieObaOlk1B2T5tXF7ks4JKqXMwTVMocOF7cvjBJQUaxGjqMhXtScHhsJcUQ6fhIwXczCn7uksbGYgoCWrHwxO6-5MEC1zPt0oiOgu/s1600/JCS+Wino+&+The+Obsessed.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpxMKj16HtXT8_eK-WAwBfXQTxPKOslWZieObaOlk1B2T5tXF7ks4JKqXMwTVMocOF7cvjBJQUaxGjqMhXtScHhsJcUQ6fhIwXczCn7uksbGYgoCWrHwxO6-5MEC1zPt0oiOgu/s1600/JCS+Wino+&+The+Obsessed.jpg" height="298" width="400" /></a></div>
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-size: 10pt;">com Wino e The Obsessed</span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Enquanto crítico musical, sentes a
responsabilidade e a influência que as tuas palavras poderão ter na decisão de
um leitor comprar ou não um disco? Sentes que tens o poder de influenciar as
escolhas? Como lidas com isso? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Como expliquei ali num testamento com que
respondi a uma das perguntas anteriores, não acho que hoje em dia
(infelizmente) as críticas musicais ainda tenham grande influência na decisão
de comprar, propriamente dita. Podemos, isso sim, encaminhar as pessoas para
uma nova banda ou algum tesourinho perdido do passado, o que poderá
eventualmente levar a uma compra, se o leitor em questão se tratar de um dos
três ou quatro gajos no mundo que ainda compram discos. Mas independentemente
disso, sim, continuo a forçar-me a ter o peso dessa responsabilidade quando
escrevo. Quer ela exista na realidade ou não. É uma questão de princípio, de
levar a sério o que faço. Lido bem com isso, sempre lidei. Não sou infalível,
faço e escrevo asneiras como toda a gente, mas tenho uma confiança saudável no
que faço. <o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Já alguma vez lidaste com situações de
leitores que se sentiram defraudados por seguirem aquilo que mencionavas numa
crítica? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Sim, em ambos os sentidos – ou não
gostaram de algo que recomendei, ou gostam muito de algo que recomendei
negativamente, digamos assim. Muito frequentemente. Alguns deles manifestam-se
respeitosamente, são capazes de perceber que, mesmo mantendo o tal equilíbrio
razão/coração de que falei há pouco, é possível (e saudável!) haver
perspectivas diferentes sobre música. Que isto de falar sobre discos não é uma
actividade exacta, objectiva e matemática. Que há gente que gosta do ‘Cold
Lake’ [NR: polémico álbum editado pelos Celtic Frost em 1988], e ainda bem!
Outros, a maior parte, infelizmente, nem por isso. Recebo<span class="apple-converted-space"> </span><i>hate mail</i><span class="apple-converted-space"> </span>com fartura. De fãs das bandas, e das
próprias bandas. Já me prometeram facadas, já me apelidaram de “mouco” e de
variadíssimos outros epítetos. O mais comum é mesmo sectorizarem-me para
conseguirem justificar a minha opinião sem admitirem que é possível existir
alguém no mundo que acha que aquele disco em especial não é a última coca-cola
do deserto – se eu não gostei de um disco de heavy metal, é porque sou com
certeza um gajo que só ouve hardcore. Se eu não gostei de um disco de folk, é
porque obviamente só gosto de black metal, e não percebi o que ouvi. Há muito a
tendência de as pessoas encararem as bandas que gostam como se fosse um clube
de futebol. Já me aconteceu dizer coisas menos boas acerca de discos fraquinhos
de bandas que<span class="apple-converted-space"> </span><i>otherwise</i><span class="apple-converted-space"> </span>gosto imenso, e a conclusão imediata
das pessoas é que eu odeio aquela banda. Não lhes cabe na cabeça que é possível
ter algum critério mesmo com as bandas de que se é fã. <o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Enfim, por aí fora. Mas não me estou a
queixar, note-se. Nunca afino com nada disto. Faz tudo parte, até encaro tudo
com algum bom humor. Quem tem qualquer tipo de actividade “pública” tem que
estar preparado para isso. Além disso, é bom sinal. É sinal que as pessoas têm
paixão pela música e até estão preparadas para insultar um gajo qualquer que
não conhecem só porque ele se está a “meter” com as bandas de que gostam.
Fossemos nós assim em todos os sectores da sociedade como somos com a bola e
com a música.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Ao longo de todos estes anos enquanto jornalista
deves ter algumas memórias curiosas para partilhar. Das quais nunca mais irás
esquecer-te pelo carácter insólito da coisa? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Acho que já mencionei parte dessas historietas lá atrás, mas lembro-me de duas específicas que aconteceram,
relacionadas com entrevistas propriamente ditas – uma delas, uma conversa no
Skype com o Steve Von Till, para um artigo aqui há uns tempos sobre os
Neurosis. Maravilhosa, como é habitual com o senhor, uma hora e tal de paleio.
O software de gravação que utilizava para gravar as chamadas pelo Skype nunca
me deu problemas nenhuns. Quando fui abrir o ficheiro para transcrever a
entrevista... 0kb. Não tinha gravado coisa nenhuma. Pânico total. Enviei um
email ao Steve a explicar o que tinha acontecido, e ele acedeu a responder a
uma série semelhante de perguntas por email, numa espécie de resumo escrito do
que tínhamos conversado horas antes. Um cavalheiro absoluto. Outra ocasião
embaraçosa – uma entrevista com o ex-Sentenced Sami Lopakka, agora guitarrista
dos KYPCK, quando saiu o primeiro álbum dessa banda nova. Esqueci-me
completamente. Liga-me ele, estou eu descontraídamente às compras no Colombo.
Fiz a entrevista no parque de estacionamento, sem gravador, ia escrevendo
freneticamente tudo o que ele me dizia. Podia ter adiado? Podia. Mas fiquei
demasiado envergonhado para admitir que me tinha esquecido da entrevista e
decidi improvisar. Safei-me. <span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig-C4bXfvyfy5De5WC9Hf-RMLx-8F-5pcYwbhhfc7kClTzA7KxXWaCJ4UVU6ojIs6vFJymb6U_VnTD6WT0tkO6PGjmhHlclVAEVFwcPn3lyRixXaCO_DSyskWfr8DfzyPIx1St/s1600/JCS+Mike+Hill.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig-C4bXfvyfy5De5WC9Hf-RMLx-8F-5pcYwbhhfc7kClTzA7KxXWaCJ4UVU6ojIs6vFJymb6U_VnTD6WT0tkO6PGjmhHlclVAEVFwcPn3lyRixXaCO_DSyskWfr8DfzyPIx1St/s1600/JCS+Mike+Hill.jpg" height="400" width="298" /></a></div>
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-size: 10pt;">com Mike Hill (Tombs)</span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Ao longo do teu percurso enquanto
jornalista musical, já entrevistaste centenas de músicos. Consegues eleger as
melhores conversas, as piores conversas e as mais insólitas? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
As melhores são muitas, porque há muita
gente interessante neste meio – o Justin Broadrick (Godflesh/etc, com quem
voltei a falar há uns dias e apesar de estar afónico e com gripe não resistiu a
estender a conversa por hora e meia!), o Scott Kelly e o Steve Von Till
(Neurosis), o Wino (que tem sempre histórias novas e hilariantes), o Mike Hill
(Tombs) ou o Marco Serrato (Orthodox) são alguns dos que saltam logo à ideia,
mas também o Garm (Ulver), o Ihsahn, os Darkthrone, a Diamanda Galás, o John
Garcia (Kyuss), a Jarboe (Swans), o Aaron Stainthorpe (My Dying Bride), o Peter
Dolving (The Haunted), o Efthimis Karadimas (Nightfall), o Aaron Weaver (Wolves
In The Throne Room), o Erik Ripley (Wooden Shjips) ou o Max Cavalera, são todos
pessoas fascinantes com muita coisa relevante para dizer, e com quem passei
largas horas ao telefone ou em pessoa em algo que já transcendia o acto da
entrevista – já era mesmo uma conversa animada de ambas as partes, com todos
eles, e com muitos outros. Até com o Danzig, apesar da má fama do homem, tive
uma conversa fantástica, muito boa onda – a certa altura da conversa apareceu o
gajo da editora a dizer que não tínhamos mais tempo, e o bom do Danzig mandou-o
passear e disse-me para eu demorar o tempo que quisesse. <o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
As piores, felizmente, são muito raras, e
são quase todas circunstanciais. É muito raro encontrar verdadeiros assholes.
As más experiências que tive, consigo compreendê-las perfeitamente e não
mantenho qualquer rancor com as pessoas em questão. Todos temos dias maus. O Al
Cisneros (Sleep, OM), por exemplo, tem a particularidade de entrar nas duas
listas, das melhores e das piores – de uma das vezes que o entrevistei por
telefone, estava a meio de uma tour, não estava nitidamente com vontade nenhuma
de falar com ninguém, foi bruto e mal educado, e só no fim quando percebeu que
a entrevista era para a Terrorizer (e não para “essa tua revista”, como lhe chamou
várias vezes durante a conversa) é que lá amansou e pediu desculpas, e explicou
que estava muito cansado e tinha dormido pouco e por aí fora. Há que
compreender, até porque da segunda vez que o entrevistei, já estava o homem
sossegado em casa e nitidamente a fumar qualquer coisa que o relaxou muito, e
foi uma das entrevistas mais delirantemente boas que já fiz, e das mais longas
também – foram quase 2 horas de conversa sobre os mais variados assuntos. Nem é
preciso sair dos Sleep para ir ter à pior de todas: o Matt Pike, para o que
seria supostamente uma entrevista sobre a reedição do ‘Dopesmoker’. Após vários
dias de várias tentativas, e de desespero constante tanto meu como do pobre
tour manager que tão boa vontade mostrou (era o vocalista/guitarrista dos
magníficos Totimoshi, o Tony Aguilar), lá conseguiram enfiar o telefone na mão
do Pike, que quando descobriu que o meu nome era José, a única coisa que me
conseguiu dizer foi um embriagado “so how’s the weather down there in Mexico?”
antes de uma sonora gargalhada e de desligar o telefone. Dias depois, foi para
rehab, o que faz sentido, não sem antes o pobre do Tony Aguilar (ele que é de
origem mexicana...) se ter desfeito em desculpas. Há dias assim.<span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2vRDSKJWud2OWhU7w58LNglEMwyS8nleRfBdDqLcvOBOfOzXOZLQRRau4gsBV6fwpGxp15BSnrR6uO_xZBtWIzsQfl3-NFKNp8R-DRZ9QLSaI3w8Imv-ML3qJlQJXqtUuOxLT/s1600/JCS+Orthodox.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2vRDSKJWud2OWhU7w58LNglEMwyS8nleRfBdDqLcvOBOfOzXOZLQRRau4gsBV6fwpGxp15BSnrR6uO_xZBtWIzsQfl3-NFKNp8R-DRZ9QLSaI3w8Imv-ML3qJlQJXqtUuOxLT/s1600/JCS+Orthodox.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-size: 10pt;">com Orthodox</span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Qual aquele músico que adorarias
entrevistar? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Não tenho nenhum desejo específico, muito
sinceramente. Às vezes as entrevistas mais brilhantes vêm de onde menos se
espera, por isso aguardo sempre com expectativa as conversas, sejam elas com
quem forem. Olha, gostava de falar com o Pike outra vez, para ele se redimir
como fez o Cisneros.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Estando ligado à imprensa escrita há
tantos anos, deduzo que desde cedo começaste a ter acesso facilitado a inúmeros
discos e material promocional. De que forma isso educou o teu ouvido, estando
exposto a tantas sonoridades? É fácil digerir tanta música nova? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Sempre tive um caracter irrequieto, na
busca incessante por nova música. Todos os dias quero descobrir bandas novas,
ao mesmo tempo que mantenho o contacto com as que já gosto. Por isso, desde que
comecei a receber mais música ainda, por motivos profissionais, confesso que
não veio mudar muito a minha postura – só me veio alargar ainda mais os
horizontes que já forço a que sejam largos por definição. E veio tornar um
bocadinho mais difícil a separação entre trigo e joio, mas isso é um bom
problema. <o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Com esse acesso facilitado a tantos discos
de forma gratuita, certamente será difícil explicar aos que nos rodeiam o
porquê de continuar a gastar dinheiro em discos… </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Nem acho que valha a pena, honestamente.
Sem me querer estar a armar em superior só porque cresci com uma cultura
diferente da actual nesse aspecto, a verdade é que quem gosta de música a
sério, percebe esse porquê. Até mesmo que não o faça, que não compre discos
porque efectivamente não pode e não tem dinheiro para isso. Mas percebe. Quem
não percebe... não é bem um fã de música propriamente dito, pois não? <o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Os formatos promocionais que chegavam à
imprensa estão hoje substituídos por um link de um ficheiro para download, pelo
menos na imprensa escrita. Como encaras essa posição das editoras? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Como uma necessidade financeira.
Compreendo, apesar de lamentar. Tem um lado bom, no entanto – como praticamente
já não há promos físicas (algumas editoras resistem estoicamente... abençoada
Profound Lore, por exemplo), os poucos discos que ainda vamos recebendo acabam
por ser edições finais. E, sinceramente, prefiro 5 discos “a sério” do que 20
promos em cartão.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Há quem defenda que dentro de um
jornalista/crítico musical reside um músico frustrado. Concordas? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Não é o meu caso, como não é o de muita
gente que conheço, mas acredito que haja exemplos que corroborem essa teoria.
Mas não é, de todo, aplicável universalmente. Além disso, há ainda quem
conjugue as duas actividades muito bem.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Há igualmente quem defenda que
para se ser crítico musical deverá perceber-se de música, saber tocar
instrumentos e estar por dentro de técnicas de gravação, captação de som,
produção e afins. O que te apraz dizer sobre isso? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Compreendo essa argumentação, mas acho que
às vezes é levada longe demais. Obviamente que para ter uma opinião completa
sobre a música que criticamos convém ter uma noção básica que seja
sobre as várias etapas de gravação de um disco e sobre as possibilidades dos
instrumentos. Tal como convém ter passado uma quantidade estúpida de
horas da sua vida a ouvir música boa e variada. Mas daí a dizer que tem que ser
músico, vai alguma distância. Seria o mesmo que exigir a um jornalista
desportivo que jogasse como o Cristiano Ronaldo ou a um crítico de cinema que
fosse capaz de substituir o Quentin Tarantino no próximo filme. Cada um tem o
seu papel, e se for desempenhado com profissionalismo e com competência há
espaço para todos. Normalmente a origem desses argumentos extremados vem de
bandas que recebem más críticas e que, em vez de saberem extrair algo positivo
(que nem sempre há, admita-se – nem toda a gente que escreve sobre música o faz
bem, também), refugiam-se no facilitismo do “então vem cá tu fazer melhor, se
conseguires”.<span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhLOyNWC8hqlHBAx3-coawcS3vq0X1M0cypDh84QokqYNbIUlYOjp4i9QLYFPqijnt0KhhW9lHN90DuGjJ5RMs31Ao8RQUbRR-ceIx9V6BgB7MaxdTlptMw8p4L2eX6v6g0Lp6/s1600/JCS+Scott+Kelly.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhLOyNWC8hqlHBAx3-coawcS3vq0X1M0cypDh84QokqYNbIUlYOjp4i9QLYFPqijnt0KhhW9lHN90DuGjJ5RMs31Ao8RQUbRR-ceIx9V6BgB7MaxdTlptMw8p4L2eX6v6g0Lp6/s1600/JCS+Scott+Kelly.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-size: 10pt;">com Scott Kelly
(Neurosis) </span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Sei que actualmente vives exclusivamente
da tua actividade enquanto jornalista e repórter fotográfico na área da música.
Deduzo que seja um objectivo há muito perseguido e que te encha de satisfação
uma vez alcançado? Que conselhos dás a quem ambicione algo semelhante? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Que desista imediatamente, a menos que não
goste particularmente de dinheiro (risos). Agora a sério, sim, tenho a
satisfação de fazer o que gosto. A carreira que mantive em paralelo com esta
actividade durante mais de 10 anos era muito mais lucrativa em termos
financeiros, mas decidi que prefiro ter outro tipo de níveis cheios na minha
vida do que propriamente o nível da minha conta bancária. São opções que dependem
do feitio e das prioridades de cada um, e por isso não posso dar conselhos
universais. Acredito firmemente que quem quer alguma coisa com força
suficiente, acaba por fazê-la, dê lá por onde der. É o máximo que posso
dizer. <o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Tenta definir o que te vai na alma por
escrito sobre esta nossa paixão? </b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Essa definição é contínua e constante.
Tento cuspir os conteúdos da minha alma, por escrito, cá para fora para todos
os verem, todos os meses, todas as semanas, todos os dias – na LOUD!, na
Terrorizer, na Rock-a-Rolla, no The long way home.
(onewinteronly.blogspot.com), e em tascos com o mau gosto suficiente para me
admitirem como convidado, como o Opuskulo. Vou continuar a fazê-lo, e espero que
gostem.<span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-40679178233706686412014-09-30T15:48:00.002+01:002014-09-30T16:32:27.675+01:00Porque há coisas que não podem ficar perdidas...entrevista com José Carlos Santos<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Os apaixonados por música e pelos discos
(e reforce-se a palavra a apaixonados, e não os meros ouvintes de música) podem
dividir-se em duas categorias. De um lado aqueles que tomam uma posição mais
passiva perante essa sua paixão, idolatrando-a, respirando-a, sorvendo-a,
vivendo em torno dela, mas limitando-a à busca incessante daquele disco,
daquela peça que falta na colecção eternamente inacabada, tomando a posição de
ouvinte, coleccionador, melómano...o que lhe queiram chamar! Do outro lado
temos aqueles que, para além de partilharem muitas das características dos
atrás descritos, tomam uma posição mais activa perante a música, quer seja
enquanto músicos, quer seja enquanto investigadores, estudiosos, jornalistas,
fotógrafos, técnicos, enfim, o que realmente importa é sentir que participamos
da paixão, que nos alimentamos dela e que ela alimenta-se de nós, que fazemos
parte de algo, que damos um pouco de nós em prol daquilo em que acreditamos e
que corre nas nossas veias, que faz parte do nosso código genético. É nesse
perfil que se encaixa o José Carlos Santos, um inveterado apaixonado pela
música que, desde cedo, procurou participar activamente dessa sua paixão. Fá-lo
como jornalista e fotógrafo em diversas publicações nacionais e internacionais
ligadas ao metal e a sonoridades mais extremas e alternativas, actividade essa
que, aos 34 anos de idade, lhe confere uma excepcional amplitude de pensamento
e conhecimento sobre música, uma mente invulgarmente aberta e lhe permitiu
contactar com realidades e pessoas tão distintas que lhe proporcionaram muitas
histórias para contar e ensinamentos, curiosidades e opiniões para partilhar. A
exemplo do que temos feito com outros entrevistados, damos hoje a conhecer a
faceta de coleccionador do José Carlos, sendo que está guardada uma segunda
parte desta entrevista que explora o âmago do jornalista, do fotógrafo, do
crítico e, acima de tudo, do fã. Enjoy! <span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-k9K5cjqmwso4P1asCb0xS-I-uwi72BcPvdnZnDTNz86PrvWmKMMOpPypbaPONAza96Bu8yHPYmjhHrspTkk_IeV-GiTbVJYyq6lk9vdNWcOUaqeomDgIw-K9hwgB9LGFfc__/s1600/JCS+Discos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-k9K5cjqmwso4P1asCb0xS-I-uwi72BcPvdnZnDTNz86PrvWmKMMOpPypbaPONAza96Bu8yHPYmjhHrspTkk_IeV-GiTbVJYyq6lk9vdNWcOUaqeomDgIw-K9hwgB9LGFfc__/s1600/JCS+Discos.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Nome: </b>José Carlos Santos<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Idade: </b>34<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Coleccionador há:</b><span class="apple-converted-space"> </span>23 anos<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Coração de: </b>Muito sinceramente? De tudo. Desde que
comecei a ouvir música que decidi, meio implicitamente, que não valia a
pena estabelecer limites a mim próprio. Se gosto, gosto, e não é por
ser de um determinado género ou determinada banda ou artista que não lhe vou
dar uma oportunidade. O(s) meu(s) critério(s) de avaliação não é(são) a
“etiqueta”, e acho que isso é saudável. Permite-me não passar ao lado de um
monte de coisas boas que poderia à partida excluir. Obviamente que há
tendências mais pronunciadas – obviamente que o metal está na génese da minha
paixão pela música, e no geral, gosto de música “aventureira”, que desafia
convenções e esses tais limites, e tenho uma apetência particular pela música
mais feia e desagradável que possa existir. O que não invalida que logo a
seguir a uma escutadela nesses parâmetros não vá curtir desmesuradamente o
disco mais tradicionalão do mundo ou um singer/songwriter meloso qualquer. E
estas era suposto serem as perguntas de resposta simples e rápida...<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Primeiro Disco: </b>Manowar – ‘Kings Of Metal’ (1988)<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Último Disco: </b>Tecnicamente, é a edição limitada do
tenebroso ‘Scorn’ dos Primitive Man em vinil 180g. Tecnicamente, porque ainda
não chegou, mas vem a caminho.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Sonho todos os dias com: </b>Com o próximo. Ainda preservo o entusiasmo
de comprar um disco novo e de o abrir e o pôr a tocar, se calhar ainda mais
agora do que nos últimos anos em que recebíamos mais discos físicos das
editoras, por isso fico à espera do próximo, seja ele qual for. Para não ser
mete-nojo e dar um exemplo concreto, estou particularmente ansioso por ter o
‘The Underground Resistance’ dos Darkthrone em formato físico. O<span class="apple-converted-space"> </span><i>stream</i><span class="apple-converted-space"> </span>online que me enviaram é giro para me
exibir e dizer que já o ando a ouvir há um mês, mas sinto-me um bocado impuro
cada vez que o ponho a tocar. Em termos de discos do passado, ando há algum
tempo a vasculhar por uma cópia do ‘Stridsyfirlysing’ dos Vondur, que tive na
mão várias vezes durante os anos 90 e não comprei por estupidez, e agora só se
encontra muito raramente a preços exorbitantes na net.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Qual o teu primeiro contacto com a música?
No inicio houve alguém que te influenciou ou foste tu próprio que
ganhaste este gosto especial de ouvir música?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Pela música, em geral, a influência mais
marcante desde muito cedo foi a do meu pai, que tem uma colecção de vinil muito
respeitável dos anos 60, que inclui pérolas de bom gosto como Beatles, Pink
Floyd ou até Hawkwind. Mesmo sem entrar grandemente na música propriamente dita
com 5 ou 6 anos, tenho muito presente a memória da convivência com tudo o que
envolve a música, do cheiro e do toque dos discos, de tentar ler as primeiras
letras e decorar títulos de músicas que não tinha sequer ouvido com atenção. Aliás,
mesmo com essa idade, até mais cedo, com 3 e 4 anos, era habitual oferecerem-me
discos infantis como prendas (o imortal ‘Jardim Jaleco’ perdura até hoje na
memória!). Com 10 ou 11 anos, lembro-me de haver gente na minha escola a ouvir
heavy metal, Iron Maiden e Metallica essencialmente, cujas capas dos discos eu
já tinha visto em lojas e tinha ficado extremamente curioso em relação ao seu
conteúdo. Fascínio visual instantâneo. Foi, no entanto, outra banda que me
proporcionou o primeiro mergulho no metal (já conto a história na pergunta
abaixo), e a partir dai segui uma espécie de caminho próprio, no sentido de
que, tirando uma excepção ou outra, nunca tive propriamente um grupo de amigos,
com os mesmos gostos que eu, com quem partilhar recomendações e descobertas.
Desde muito cedo comecei a deitar a mão às revistas que havia na altura,
portuguesas e estrangeiras (ia a Madrid com frequência, o que ajudava a
arranjar algumas publicações que não existiam em Portugal ainda, e onde
descobri também a gloriosa e saudosa loja Madrid Rock), e foi através delas,
dos anúncios, das<span class="apple-converted-space"> </span><i>mail orders</i>,
do<span class="apple-converted-space"> </span><i>name dropping</i><span class="apple-converted-space"> </span>de bandas nos<span class="apple-converted-space"> </span><i>booklets</i><span class="apple-converted-space"> </span>dos discos e nas entrevistas e também
de várias coisas compradas “às cegas” porque a capa parecia interessante que
fui evoluindo nesses primeiros tempos. Isso até me ter envolvido um bocadinho
no<span class="apple-converted-space"> </span><i>tape trading</i>, que
também expandiu horizontes. Sem nunca ter sido grande adepto da rádio, também
há que mencionar de forma muito especial as tardes de Sábado com o Lança-Chamas
do António Sérgio como fonte importante de influências novas. O Headbanger’s
Ball do início dos anos 90, com a Vanessa Warwick, também me expôs a várias
bandas.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>E o teu primeiro disco, como foi essa
memória e o que representou na altura?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Ainda que os Iron Maiden e os Metallica
fossem as escolhas mais populares na minha escola entre os “metálicos”, como se
dizia na altura, a minha génese musical verdadeira dá-se com o ‘Kings Of Metal’
dos Manowar. Lembro-me que um colega que eu nem conhecia bem levou o disco para
a escola e enquanto se conversava sobre ele saiu-me um “emprestas-me?”
espontâneo, sem sequer pensar bem no que estava a fazer. Ele acedeu, não sei
bem como, e fiz uma cópia para cassete nesse dia. Tinha acabado de comprar o
meu primeiro<span class="apple-converted-space"> </span><i>walkman</i>, um
tijolo da Akai, e não ouvi outra coisa durante meses. Nem me preocupei com
outras bandas eventualmente parecidas ou sequer com outros discos que pudesse
haver dos Manowar para além daquele – passei um Verão inteiro (o de 1989, salvo
erro) no Algarve com os fones nos ouvidos a ouvir aquela cassete
obsessivamente. Passei as letras todas, de ouvido, para um bloco onde fazia
desenhos do logotipo e do guerreiro da capa. No fim das férias, passei com os
meus pais por uma loja onde havia o disco à venda, e obriguei naturalmente o meu
pai a comprá-lo. A partir daí, foi a tal evolução natural. Poucos dias depois,
a minha avó, vendo-me a olhar para o ‘Ride The Lightning’ noutra loja durante
um passeio, perguntou-me se eu o queria, possivelmente porque me tinha visto a
ouvir música muito mais que o habitual nos últimos tempos. Nem queria
acreditar, e claro que aceitei.<span class="apple-converted-space"> </span><i>The
rest is history</i>...<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Ainda tens esse disco?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Não só o tenho (em CD, porque o ‘Kings Of
Metal’ trazia uma faixa-bónus nesse formato – a ‘Pleasure Slave’ – e
naturalmente achei muito melhor...), como também tenho a cassete mágica que
andei a ouvir durante meses, com o logo desenhado por mim na lombada e tudo.
Aliás, em termos de discos, eu tenho tudo o que alguma vez comprei/recebi.
Nunca seria capaz de me desfazer de nenhum. Nem dos que não gosto. Só o
admitiria numa situação extrema em que precisasse de comer e já tivesse vendido
tudo o resto cá de casa.<span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA9Nygrs4HGRjIINCH2SaRrOqigLkZH7ZmSkI0xr-8UyqRjN-QuD-eTqyEqYIYi1pU_qFfWhk-Dv0yyAhKe5nUTuFtxrhncC-re2mp3k6UT39RaaDxrj8TbqceJBo8Aw5hiJwq/s1600/JCS+Manowar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA9Nygrs4HGRjIINCH2SaRrOqigLkZH7ZmSkI0xr-8UyqRjN-QuD-eTqyEqYIYi1pU_qFfWhk-Dv0yyAhKe5nUTuFtxrhncC-re2mp3k6UT39RaaDxrj8TbqceJBo8Aw5hiJwq/s1600/JCS+Manowar.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>O modo como encaras e sentes a música
mudou muito ao longo dos tempos, especialmente tendo em conta que desenvolves a
tua actividade profissional na imprensa escrita há largos anos e
acompanhaste o emergir de muitas tendências?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Como sinto, não. Tenho a mesma excitação
infantil que sempre tive quando ouço um disco novo que me agrade, quando
descubro algum disco antigo que me tenha passado ao lado até à altura, ou
quando revisito um favorito que já não ouvia há algum tempo. Ou quando vejo uma
banda de que goste ao vivo, claro. No dia em que deixar de sentir isso, fico
preocupado, porque quer dizer que alguma parte fundamental de mim se partiu cá
dentro. Como encaro... talvez tenha mudado um pouco, sim. Não necessariamente
para melhor ou para pior, mas quando aquilo que fazemos exige que conheçamos a
maior parte das bandas em mais pormenor do que seria normal, ou até quando já
conhecemos e já conversámos com boa parte dos músicos que admiramos, a postura
é necessariamente diferente. O gajo aqui aos gritos no disco dos Amenra já não
é só um belga com um nome esquisito, é o Colin que se despiu para eu lhe tirar
fotos das tatuagens, que me esteve a falar dos filhos e com quem tenho trocado
emails com regularidade, só para dar um dos exemplos mais recentes. Não muda a
minha opinião, seja ela qual for, sobre a música em si, mas torna a ligação com
ela um pouco diferente, mais próxima. O que acho que é importante, não só para
quem trabalha efectivamente na indústria, mas até também para o fã “normal”, é
evitar ficar demasiado<span class="apple-converted-space"> </span><i>jaded</i>.
Começar a descartar música só porque andamos há 15, 20 ou 30 anos a ouvir
música o dia todo e já não temos paciência para certas coisas. É verdade que
isso acontece, inevitavelmente, sob todos os aspectos, mas combater isso é
ajudar a manter uma certa vitalidade juvenil, um certo entusiasmo, que faz
muita falta. Particularmente a quem escreve sobre música. Ser cínico e “vivido”
é giro, mas só até certo ponto.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Como é que as pessoas que te rodeiam e que
conhecem esta tua paixão vêem o facto de teres tantos discos e itens
relacionados com música?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Tenho muita sorte nesse aspecto, porque
nunca encontrei qualquer tipo de oposição ou sequer estranheza por parte de
ninguém que pertença ao meu círculo mais apegado. A minha família é muito
pequena, e os meus pais e avós, de quem sempre fui muito próximo, sempre
acharam normalíssimo que eu comprasse discos com cruzes invertidas e gente
mutilada na capa, porque sempre souberam separar a temática do meu
entretenimento (que em cinema, literatura e video-jogos seguia uma linha
semelhante, até) daquilo que eu sou, felizmente. É um passo com o qual muita
gente tem dificuldade. O meu pai trouxe-me o ‘Tomb Of The Mutilated’ de uma
viagem de trabalho porque achou que aquilo tinha a minha cara, para teres uma
ideia. As pessoas que me foram conhecendo ao longo da vida já me conheceram
assim e nunca sequer questionaram o porquê do maluquinho da música ter uma divisão
em casa só para os discos. É assim e pronto.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Imaginas a tua vida sem música?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Nem a minha, nem a de ninguém. É algo que
está em todo o lado, mesmo que não demos por isso. Até o mais empedernido
tirano fundamentalista que proíba a música no seu país há-de acordar com uma
melodiazinha qualquer na cabeça, por muito que o negue. E não é sequer uma
coisa exclusivamente humana, ainda ontem li um artigo extremamente interessante
sobre a resposta emocional dos pássaros à música – consta que um grupo de cientistas,
após várias experiências, concluiu que a reacção neurológica de um bando de
pardais à música é praticamente igual à do ser humano. Como se eu não soubesse
já isso pelas reacções dos meus cães às diferentes coisas que toco quando eles
estão deitados no sofá atrás de mim.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Compras um disco e quando chegas a casa
qual é o teu ritual?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Infelizmente, compro cada vez menos discos
que envolvam a parte do “chegar a casa” – a maior parte das compras são feitas
online, e nesse caso, quando os recebo, já estou em casa, mas o entusiasmo é
semelhante. Seja a abrir o pacote dos correios ou seja, efectivamente, a chegar
a casa com um disco novo, o foco é todo para o disco. Não interessa o que eu
esteja a fazer (no primeiro caso), não interessa despir o casaco (no segundo
caso), a primeira coisa a fazer é abri-lo (com cuidado obsessivo, obviamente,
preservando quaisquer autocolantes ou coisas do género) e pô-lo a tocar com o<span class="apple-converted-space"> </span><i>booklet</i><span class="apple-converted-space"> </span>à minha frente.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Tens algum cuidado em especial que queiras
partilhar sobre limpeza e conservação dos discos?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Nenhum que qualquer pessoa que goste
minimamente dos seus discos não tenha já, suponho. Evitar armazená-los em
locais húmidos, tê-los em móveis próprios e sem estarem empilhados uns em cima
dos outros, manuseá-los como se fossem o nosso filho recém-nascido... esse
género de coisa. Nos últimos anos, também tenho passado muita coisa para .mp3
para minimizar o manuseio do objecto.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>De que forma organizas e arquivas a tua
colecção?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Estritamente alfabética, separada apenas
por formato – CDs, vinil, cassetes e promos em cartão. Até atingir os 500
discos, por aí, tentei uma organização mais ou menos por género, mas há
demasiados casos dúbios, muita “polinização cruzada”, e aquilo chegou a uma
altura em que só eu é que poderia alguma vez descobrir um disco no meio da
colecção, mais por associação mental de vários factores do que propriamente por
alguma organização lógica. Hoje em dia já seria impossível fazer isso. A ordem
alfabética dá azo a casos interessantes de proximidade, já agora. Um colega meu
escocês que escreve para a Zero Tolerance fez um post sobre isso no blog dele
há uns meses que vale a pena recordar:<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://punbasedname.blogspot.co.uk/2012/09/strange-bedfellows-part-1.html">http://punbasedname.blogspot.co.uk/2012/09/strange-bedfellows-part-1.html</a>. Qualquer dia faço uma lista deste
género.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Quantos discos tens no total, considerando
todos os formatos físicos?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Em CD, considerando as promos, deve rondar
os 8.000. Mais umas centenas da minha colecção vergonhosamente curta de vinil (<i>born
too late</i>, como diz o outro, e<span class="apple-converted-space"> </span><i>born
too poor<span class="apple-converted-space"> </span></i>também)<span class="apple-converted-space"> </span><i>e</i><span class="apple-converted-space"> </span>mais umas centenas de cassetes (a
maior parte demos, mas muitas com recordações várias do<span class="apple-converted-space"> </span><i>tape-trading</i>), que são as
únicas que não trouxe de casa dos meus pais para a minha casa actual.<span class="apple-converted-space"> </span><i>Enough is enough</i>.<span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHb0q19P7TxoK05eZVit1Pug8cZTCzEFIetgOlYTWoufhfi5tErK4lNOoSljEQSFczqjelOs_57qYyJV7ID4bxqN8IgDBH-Z6RWYdBrALFNU09-Cqd0na1t0_y_CGEDJUO94WZ/s1600/JCS+Discos+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHb0q19P7TxoK05eZVit1Pug8cZTCzEFIetgOlYTWoufhfi5tErK4lNOoSljEQSFczqjelOs_57qYyJV7ID4bxqN8IgDBH-Z6RWYdBrALFNU09-Cqd0na1t0_y_CGEDJUO94WZ/s1600/JCS+Discos+2.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Qual é o item ou os itens que mais
destacarias da tua colecção seja por motivos afectivos, seja pelo próprio valor
comercial ou em termos de raridade?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Sou obsessivo por ter a música, mas não
necessariamente por ter múltiplas edições do mesmo disco ou por ter alguma
raridade em particular. Nunca paguei preços exorbitantes só para ter “aquela”
edição, por isso não tenho assim tanta coisa que possa constituir uma raridade
ou que valha milhões no eBay. Os discos que guardo com mais afecto são aqueles
cujas bandas têm alguma ligação pessoal comigo, ou com quem já tive o prazer de
estar pessoalmente. Ocorrem-me os discos dos Swans que o Michael Gira se deu ao
trabalho de assinar pessoalmente num dos meus encontros com o senhor (e até
mesmo a cópia do livro dele, ‘The Consumer’), a edição limitada em caixa de
madeira do ‘Adrift’ do Wino com um agradecimento e uns arabescos rabiscados a
caneta pelo próprio na noite em que me salvou de dormir numa floresta cheia de
lobos (<i>long story</i>), a maqueta dos Sororicide oferecida pelo Gísli<span class="apple-converted-space"> </span><i>himself</i>, a edição limitada do
‘Microbarome Meetings’ dos Black Shape Of Nexus com fotos minhas ou o LP do
‘Live At Roadburn’ dos Wolves In The Throne Room cuja capa também é uma foto
minha. Alguns singles<span class="apple-converted-space"> </span>7”<span class="apple-converted-space"> </span>do Johnny Cash que me vieram parar às
mãos improvavelmente depois do fecho de uma pequena loja americana de onde
mandava vir algum country alternativo e cujo dono acabei por conhecer e
tornar-me amigo dele à distância. Enfim, nada que valesse um milhão de dólares
num leilão, mas tudo coisas que guardo com um sentimento forte.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_mZMU3Y9LVpjKmbbnYB0TBgCr4UDgMjwGmBzaUtnLMBqiDEVrsMFwY1Ae6_jmg-D0Uas36cLUfM43PB0_M7q4E_mXFnRlRP5UiXxnWYwVzXpDSrB2ERtiOLtRvsZh4nZRjtGp/s1600/JCS+Disco+Wino.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_mZMU3Y9LVpjKmbbnYB0TBgCr4UDgMjwGmBzaUtnLMBqiDEVrsMFwY1Ae6_jmg-D0Uas36cLUfM43PB0_M7q4E_mXFnRlRP5UiXxnWYwVzXpDSrB2ERtiOLtRvsZh4nZRjtGp/s1600/JCS+Disco+Wino.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Alguma vez perdeste a cabeça a nível
monetário na aquisição de um disco? Qual o valor que gastaste?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
De um disco, não. Já perdi a cabeça várias
vezes, em feiras de discos, em concertos (depois de ver os Trap Them pela
primeira vez, em Espanha, fui directo à banca do merch onde já estava o Ryan
ainda todo suado e ofegante, e pedi-lhe “tudo”.<span class="apple-converted-space"> </span><span lang="EN-GB">Mesmo, “<i>one of
each, please</i>”), mas sempre por comprar múltiplos items.<span class="apple-converted-space"> </span></span>As viagens à feira da ladra para comprar discos ao Pedro Cardoso
eram particularmente danosas para os meus limitados recursos, na altura. Mas só
por um disco, nunca cometi grandes loucuras. Estou aqui a ver o tal álbum dos
Vondur de que falei há bocado a 40€ na net e não sou capaz disso. Um dos discos
mais caros que comprei foi, estranhamente, o ‘Passage’ dos Samael. Fiz na
altura em que esse disco saiu, ali por alturas de 1996, uma longa viagem de
autocarro pela Europa, e meti na cabeça que iria comprar em cada país por onde
passasse um disco de uma banda desse país. Coisas de<span class="apple-converted-space"> </span><i>nerds<span class="apple-converted-space"> </span></i>dos discos. Na Suiça estive muito
pouco tempo, foi uma paragem de uma hora em Zurique e pouco mais, e como já
tinha os discos todos dos Celtic Frost e sabia que os Samael tinham álbum novo,
naturalmente que essa hora foi dedicada a procurar uma loja de discos para o
comprar. Achei, a 10 minutos de ter que voltar para o autocarro, e lá estava o
‘Passage’ em prateleira de destaque e tudo. Custou-me 4500 escudos, o sacana do
disco.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Tens alguma banda em particular que tentas
ter, não só os álbuns oficiais, mas também singles, ep´s, maxis e bootlegs?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Algumas... Swans, Neurosis, várias outras
tanto mais dos anos 80 como mais modernas. Tenho muita coisa. Mas vivo bem se
não tiver as gravações de todos os concertos que os Swans deram em caves
americanas nos anos 80, diga-se.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Em média, quantos discos compras por mês?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Há uns 15 anos atrás, a resposta seria na
ordem dos 10 discos, no mínimo. Bons tempos, em que tinha começado a trabalhar,
não tinha encargos nenhuns e nem sequer havia uma crise económica como a que
vivemos hoje. Os discos estavam para o meu orçamento mensal como o ministério
da defesa está para o orçamento de estado dos EUA. Actualmente, com menos
dinheiro para gastar em mais coisas, e como ainda por cima recebo alguns discos
“a sério” de editoras (a promo física em cartão, definitivamente, morreu) que
até compraria em condições normais, só compro 1 ou 2 no máximo. Com pena.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Onde costumas adquirir os teus discos?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Lojas online, concertos, festivais.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Qual o local mais improvável onde
adquiriste discos?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Na secção de comida para animais do Jumbo
de Alfragide.<span class="apple-converted-space"> </span><i><span lang="EN-GB">I
fuckin’ kid you not</span></i><span lang="EN-GB">.<span class="apple-converted-space"> </span></span>Nessa altura (algures por 1989/1990),
esses primeiros hipermercados a aparecer ainda tinham uma secção de discos
razoavelzinha. Encontrei algumas pérolas, até porque era um miúdo de 11 ou 12
anos a começar a ouvir música e ainda não tinha grande ideia de onde procurar
mais, tirando uma loja ou outra que conhecia ou nas tais idas a Madrid, por
isso enquanto os meus pais faziam compras eu ia ver discos. Andava um dia à
procura de discos antigos dos Manowar, e não encontrei nenhum... até passar
pela dita secção, onde estava, nitidamente à minha espera, o ‘Into Glory Ride’,
de longe o meu disco favorito deles hoje em dia. Há claramente uma piada à
espera de ser feita nesta situação, mas não vou ser eu a fazê-la...<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>A(s) melhor (es) aquisição (ões) de
sempre, aquele dia glorioso em que voltamos para casa ainda a nos beliscar se
realmente aconteceu?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Essa do ‘Into Glory Ride’ foi altamente
gloriosa, mas já descobri um LP do ‘Powerslave’ num caixote de discos
maioritariamente da Amália e do Trio Odemira, por 1€, na Feira do Livro, e já
voltei para casa com 23 discos (vinte-e-três) de uma feira do disco em Faro, algures
nos anos 90, tudo coisas boas e de 1.000 escudos para baixo.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Qual é o teu Top dos melhores discos de
sempre, aqueles que independentemente do género aconselhas todos a ouvir antes
de morrermos pelo menos uma vez?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Isso é uma pergunta tenebrosa que não se
deve fazer a ninguém que tenha mais de 20 discos em casa. Eu tenho dificuldades
para restringir as minhas listas de melhores discos a menos de 100 todos os
anos. Resistindo, no entanto, ao impulso de te chamar um nome feio, dou-te os
20 primeiros que me vierem à cabeça como essenciais nos próximos 20 segundos,
sem ordem nem grande critério, porque senão esta entrevista nem em 2015 seria
publicada:<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Neurosis
– ‘Through Silver In Blood’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Swans –
‘Soundtracks For The Blind’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Tom
Waits – ‘Mule Variations’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Emperor
– ‘Anthems To The Welkin At Dusk’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Leonard
Cohen – ‘Songs Of Love And Hate’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">In The
Woods... – ‘Omnio’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Diamanda
Galás – ‘Malediction And Prayer’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Darkthrone
– ‘Under A Funeral Moon’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Saint
Vitus – ‘Born Too Late’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Kiss It
Goodbye – ‘She Loves Me, She Loves Me Not’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Iron
Maiden – ‘Seventh Son Of A Seventh Son’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Melvins
– ‘Houdini’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Godflesh
– ‘Streetcleaner’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Pentagram
– ‘Pentagram’ / ‘Relentless’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">William
Elliott Whitmore – ‘Hymns For The Hopeless’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Johnny
Cash – ‘American Recordings’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Townes
Van Zandt – ‘For The Sake Of The Song’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Nick<span class="apple-converted-space"> </span>Cave<span class="apple-converted-space"> </span>And
The Bad Seeds – ‘The Boatman’s Call’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">16 –
‘Drop Out’</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Antony<span class="apple-converted-space"> </span>And The Johnsons – ‘Antony<span class="apple-converted-space"> </span>And The Johnsons’</span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSK1n1yQcboxyjb0sc7uQryW1W6zwEIA_yaDIl0XqFKb_SfVNrvUCoKV2xzhZCIXwiCZuTc3kM4cmQtswY1N_6hXJ-wGfYdLVWvV7mOgVi1_Jt9ky0OEVBYeBFNhIWvULbY4gp/s1600/JCS+Disco+WITTR.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSK1n1yQcboxyjb0sc7uQryW1W6zwEIA_yaDIl0XqFKb_SfVNrvUCoKV2xzhZCIXwiCZuTc3kM4cmQtswY1N_6hXJ-wGfYdLVWvV7mOgVi1_Jt9ky0OEVBYeBFNhIWvULbY4gp/s1600/JCS+Disco+WITTR.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Vinil, CD ou Cassete?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Gosto de todos. Todos proporcionam uma
experiência diferente. Não vejo os formatos como uma “competição”, vejo-os como
complementos.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Vinil preto ou colorido?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Depende do disco...<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Picture Disc ou 180gramas?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
180g<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Gatefold ou capa Simples?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Indiferente. Capa bonita + música boa, e
fico bem.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Formato<span class="apple-converted-space"> </span>12”<span class="apple-converted-space"> </span>,<span class="apple-converted-space"> </span>10”<span class="apple-converted-space"> </span>ou<span class="apple-converted-space"> </span>7”?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<i>Again</i>, gosto de todos, desde que o disco em questão seja bom e
faça sentido no formato em que foi lançado.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Jewelcase ou Digipack?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Digipack, porque geralmente dá a sensação
de ser mais uma peça “única” do que a caixa universal de plástico. Mas não é
grande factor de decisão para coisa nenhuma.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Primeira prensagem ou reedição luxuosa?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Ambos, desde que “luxuosa” queira dizer
“demo-nos ao trabalho de fazer isto valer a pena”. São duas perspectivas
diferentes, temporalmente e em termos de aproximação, à mesma peça de música, e
portanto complementares.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Lojas físicas ou Internet?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">
</span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Preferia lojas físicas, mas hoje em dia,
como já referi, a internet domina largamente a minha preferência. Não posso
deixar aqui de referir as duas lojas físicas mais fascinantes que conheço – a
Music Hunter em Helsínquia e a Neseblod em Oslo. De um tipo se perder lá dentro
durante horas. Não há internet que possa competir com essas. Mas são longe!<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>AUDIOFILIA...</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Tens o teu lado audiófilo ao nível do
HI-Fi ou apenas gostas de ouvir musica desde que soe bem sem te preocupares
muito com a busca do som ideal?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Acho que quem ouve tanta música durante
tanto tempo acaba sempre por desenvolver alguns<span class="apple-converted-space"> </span><i>standards</i><span class="apple-converted-space"> </span>mínimos de qualidade de som, seja na
produção dos discos (e aqui, qualidade de som pode significar muitas coisas, o
‘Under A Funeral Moon’ para mim tem uma produção perfeita para o que é, mas
adiante) ou no equipamento que usamos. Mas não sou, de todo, um audiófilo no
verdadeiro sentido do termo. Nota-se a diferença em relação a um sistema de som
como deve ser, claro, mas não me perturba nada ouvir .mp3 no computador, com
umas boas colunas e uma boa placa de som.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Há algum instrumento que te cative mais
quando estás a ouvir musica?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Há, mas varia de banda/artista para
banda/artista, dependendo das suas características. Não há um que me apele mais
que os outros, universalmente. Por exemplo, com os Hooded Menace ou com os Trap
Them, é o sonzaço de guitarra do Lasse Pyykkö e do Brian Izzi, respectivamente,
que me cativa mais. Com os Planes Mistaken For Stars é o vozeirão do Gared
O’Donnell. Com os OM, é o baixo do Cisneros que parte tudo. Por aí fora.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Tocas ou gostarias de aprender a tocar
algum instrumento?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Vou citar a resposta do meu grande amigo e
colega Nelson Santos: toco<span class="apple-converted-space"> </span><i>air guitar</i><span class="apple-converted-space"> </span>e<span class="apple-converted-space"> </span><i>air
drums</i>. E mal!<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Primeiro Concerto?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Metallica + The Cult + Suicidal
Tendencies, Estádio José de Alvalade, 16/06/1993<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Melhor concerto de sempre?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Mais uma pergunta daquelas que não se faz,
mas o ponto de ebulição atingido pelos Neurosis, em Londres (KOKO), em finais
de 2010, dificilmente será alcançado.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Concerto de sonho?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Os In The Woods... reunidos de novo, a
tocar o ‘Omnio’ na íntegra. Ou um concerto qualquer do Tom Waits, que é um
daqueles nomes que ainda me falta riscar da lista dos<span class="apple-converted-space"> </span><i>must-see-before-I-die</i>.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Que banda gostarias de ver ao vivo e que
já não vai ser possível?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Os Iron Monkey, os Ramones, o Johnny Cash
e o Townes Van Zandt. E sem ser música (mas tem a ver), o Bill Hicks. E, apesar
de o ter visto muitas vezes, vou sempre ter saudades de testemunhar ao vivo o
Peter Steele a borrifar-se para o público.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Como jornalista, certamente já te
aconteceu fazer a cobertura de concertos que musicalmente nada te dizem. É
fácil separar a razão do coração?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Já aconteceu, claro, mas não acho que seja
benéfico separar totalmente a razão do coração. Acho que uma boa crítica – e
aqui não estou só a falar de concertos, mas também em críticas a discos ou a
qualquer outro<span class="apple-converted-space"> </span><i>output<span class="apple-converted-space"> </span></i>musical - tem que ser uma mistura
saudável das duas coisas. Se se retirar totalmente um dos factores, ou se fica
com um relato estéril e meramente factual, sem o “fogo” que a música deve
atear, ou se fica com um<span class="apple-converted-space"> </span><i>rant<span class="apple-converted-space"> </span></i>apaixonado e vazio de
objectividade de um fã, sem a responsabilidade crítica que uma publicação
escrita exige. Há quem defenda os dois extremos, mas o que sempre me regeu
enquanto pessoa-que-escreve-sobre-música foi a responsabilidade de manter um
equilíbrio saudável.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Explicando isto melhor: muitas vezes
acontece que, quando somos “atacados” por alguma opinião que tomamos ao
escrever e ao criticar um disco ou um concerto, alguém nos tenta “defender”
dizendo que uma crítica é apenas uma opinião pessoal. Isso, para mim, é uma
desvalorização ainda mais insultuosa do que o gajo que me diz que sou uma besta
porque não dei<span class="apple-converted-space"> </span>9 a<span class="apple-converted-space"> </span>um disco que ele gosta. Uma crítica
publicada numa revista impressa não é uma verdade absoluta, claro, mas não pode
ser, para mim, apenas uma opinião pessoal. Para isso existem os blogues
pessoais e outras coisas do género. Acho que quem tem a responsabilidade de
escrever numa publicação impressa tem que ter noção dessa responsabilidade e da
influência que tem nas pessoas que o vão ler. Tem que ter uma opinião
contextualizada com a revista onde está a ser publicado, com o público para
quem está a escrever, e ciente do<span class="apple-converted-space"> </span><i>bigger
picture</i><span class="apple-converted-space"> </span>daquilo sobre o qual
está a opinar. Mas, e esta é que é a parte importante, sem se anular. Sem
deixar de ter a sua própria voz, a sua própria personalidade, e confiança nos
seus próprios gostos, no seu<span class="apple-converted-space"> </span><i>background</i>,
nos seus alicerces musicais e na sua capacidade de crítica. Sendo consistente e
coerente ao longo do tempo, aplicando os critérios correctos, e acima de tudo
tendo uma mente aberta, aceitando à partida todos os géneros musicais e todas
as bandas e artistas sem nenhuma ideia pré-formada, não acho que haja problema
nenhum em manter o tal coração na escrita. Toda a gente tem preferências e
tendências, e quem escreve sobre música também as pode e deve ter, o que não
pode ter é limites, ódios de estimação ou palas nos olhos.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Durante as tuas odisseias na cobertura de
eventos por esse mundo fora, certamente já terás vivido alguns momentos
hilariantes. Há algum (ou alguns) que jamais esquecerás?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Recentemente recordei alguns em maior
detalhe na rubrica semanal<span class="apple-converted-space"> </span><i>Taking
the long way home</i><span class="apple-converted-space"> </span>que fui
gentilmente convidado a escrever no blogue da Amplificasom (<a href="http://amplificasom.com/blog/">http://amplificasom.com/blog/</a>), que basta vasculhar um bocadinho para
encontrar, por isso vou só deixar alguns lampejos breves de coisas
bizarras/amalucadas/curiosas que me têm acontecido. Como por exemplo...
sobreviver com a máquina fotográfica intacta a um concerto dos Municipal Waste,
só para deixar cair a objectiva (carinha, diga-se) no chão enquanto guardava o
equipamento cá fora. Sentar-me num banco de jardim em Oulu depois do último
concerto de sempre dos Sentenced para fazer tempo para o comboio para
Helsínquia daí a 2 horas e aperceber-me que o jardim em frente ao banco é o<span class="apple-converted-space"> </span><i>spot</i><span class="apple-converted-space"> </span>preferido de urinação das meninas da
universidade local que saem a noite e não reparam que está um marmanjo
estrangeiro ali sentado àquela hora. Fazer uma entrevista de 20 minutos, em
pessoa, com o Michael Amott, a um metro dele, e ele não olhar para mim uma
única vez. Contar 48 Turbojugends diferentes em blusões presentes num concerto
dos Turbonegro em Munique no auge da sua popularidade. Ter o Guy Pinhas (dos
Goatsnake/The Obsessed/Thorr’s Hammer) a dar conversa à moça do bar dos<span class="apple-converted-space"> </span><i>cocktails</i><span class="apple-converted-space"> </span>para nos enfrascarmos com estilo,
porque cerveja é para pobrezinhos. Assistir ao Portugal – Inglaterra do Mundial
de 2006 com toda a<span class="apple-converted-space"> </span><i>road crew</i><span class="apple-converted-space"> </span>dos Venom, 100% britânica, e ganhar. E
não resistir a festejar à frente deles. Ver o Nocturno Culto em palco com os
Triptykon e precisar de uma folhinha de cábula para cantar a Dethroned Emperor.
Ver o Abbath e o Demonaz a tirarem fotos um ao outro com o telemóvel na
esplanada de um bar à beira-rio, em poses totalmente<span class="apple-converted-space"> </span><i>invisible oranges</i>. Fazer uma
entrevista de 45 minutos com o Grutle e com o Ivar dos Enslaved dentro de uma
carrinha às escuras (a luz de presença estava fundida) porque era o único sítio
silencioso nas proximidades. Ser convidado pelos Black Sun a cantar uma<span class="apple-converted-space"> </span><i>cover<span class="apple-converted-space"> </span></i>de AC/DC em palco com eles,
recusar educadamente, mas depois embebedar-me e fazê-lo na mesma. Chegar a uma<span class="apple-converted-space"> </span><i>listening session</i><span class="apple-converted-space"> </span>dos Children Of Bodom em Helsínquia e
o guitarrista Roope Latvala já estar caído de bêbado à entrada para o
restaurante reservado para o efeito. E no fim ir para uma sauna com a banda e
todos os outros jornalistas. Também para uma<span class="apple-converted-space"> </span><i>listening
session</i>, desta vez dos Soilwork, entrar nos escritórios da Nuclear Blast em
Estugarda e ver a cara de pânico do Tuomas Holopainen (tinha havido um evento
promocional dos Nightwish nos dias anteriores) que estava sentado no bar a
beber um leitinho perante a horda de jornalistas metaleiros que invadia a sala.
Fugiu, literalmente, pela porta das traseiras.<span class="apple-converted-space"><i> </i></span>Ver um concerto dos Dwarves
durar 20 minutos com porrada da grossa pelo meio entre banda e público. A lista
é infindável...<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Tens por hábito comprar livros, revistas
ou fanzines de música? Qual a tua publicação favorita?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Sempre tive. Em termos de revistas, desde
os tempos da Melody Maker (onde li pela primeira vez o grande Jonathan Selzer,
uma das maiores influências musicais, e não só, da minha vida, e senhor a quem
devo muito), da Kerrang que ainda valia a pena e até da Rock Brigade brasileira
ou da Hard Rock e da Hard’n’Heavy francesas, passando por todas as habituais
até às que ainda mantenho hoje. É horrível dizer que as minhas favoritas são a
LOUD! e a Terrorizer? É que sempre foram, mesmo antes de passar a fazer parte
do<span class="apple-converted-space"> </span><i>staff</i><span class="apple-converted-space"> </span>das mesmas – tenho os números todos
das duas, por isso tenho alguma moral para isso. Gosto muito da Rock-a-Rolla
britânica também... mas nessa também sou suspeito! Daquelas com as quais não
colaboro, adoro a Decibel, a Uncut e a Zero Tolerance. No que diz respeito a
livros, sempre li freneticamente, por isso foi natural ir adquirindo livros
ligados à música de que gosto, seja de forma mais directa (coisas como o
Swedish Death Metal, o Only Death Is Real, o Lords Of Chaos ou a brilhante
série anual Da Capo Best Music Writing) ou menos directa (o The Consumer do
Michael Gira, os livros do Nick Cave, de entre os quais destaco o genial The
Death Of Bunny Munro, o The Peacock Manifesto do Stuart David, enfim, livros
escritos por músicos que não são necessariamente sobre música).<span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtnZaMBB-2I7WcF5EK6wX9GMsZM6E1pz1XIMb-MKb-fHuzLme2ew_Y_iBZ0K4KmnCm1Q29CwEB_xvMp_QACxBaeaz3QVDcz7QDgIBAL8g2Co_dARKegTUz6jNMQhXbiN3VZap3/s1600/JCS+livro+Michael+Gira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtnZaMBB-2I7WcF5EK6wX9GMsZM6E1pz1XIMb-MKb-fHuzLme2ew_Y_iBZ0K4KmnCm1Q29CwEB_xvMp_QACxBaeaz3QVDcz7QDgIBAL8g2Co_dARKegTUz6jNMQhXbiN3VZap3/s1600/JCS+livro+Michael+Gira.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>O que lês neste momento e o que
aconselhas?</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Estou a ler algumas obras em simultâneo
que aconselho vivamente – o The Sisters Brothers do Patrick deWitt, que tem um
ambiente muito Deadwood-esco (para quem gostou da série, é obrigatório), e um
compêndio bastante divertido chamado 75 Worst Ways To Die, que comprei na<span class="apple-converted-space"> </span><i>gift shop</i><span class="apple-converted-space"> </span>de uma exposição impressionante que
visitei em Londres, na Wellcome Collection, chamada Death: A Self-Portrait.
Também estou a revisitar o arrepiante Heart Of Darkness do Joseph Conrad, que
li há muito tempo quando ainda era muito novo, e que tenho a sensação que estou
a entender muito melhor agora da segunda vez.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b><i>To be continued...</i></b><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-78367176791145996022014-09-23T10:17:00.000+01:002014-09-23T10:21:06.176+01:00Fanzices #0...My Putrid Spittle, Icon e Icontomb<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>Para além da enorme paixão e dedicação à música, tenho em comum com o Ricardo Ribeiro um passado ligado às fanzines...daquelas ainda mesmo em papel, verdadeiras obras de artesanato feitas na base do corte e costura, do improviso e de muita dedicação e carolice. My Putrid Spittle, Icon e Icontomb foram alguns dos projectos que o Ricardo tomou em mãos na segunda metade da década de 90 e que marcaram o movimento underground no qual se moviam. Ficam algumas impressões sobre essa experiência. </b><br />
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>Esta entrevista marca igualmente o início de uma série de artigos - "Fanzices" de seu nome - na qual irei autenticamente desenterrar alguns dos projectos que foram sendo feitos na mesma base daqueles que levaram o Ricardo a pôr mãos à obra. Sem prometer qualquer tipo de periodicidade, eles vão aparecendo, sendo que as vossas sugestões serão, obviamente, bem vindas. </b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzcXzdp-SsFyNW1XDWMEnFv9cR73QddRUnP2uHp_HRi5wHWS_2tFohjvV1D89zp4YVso6cwj_3E8ZVif12FrfLdrWuCM929-UBHNzpfUwxutTXAWK3Z_RgllJsQ2kzrMidyYL3/s1600/DSC04910.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzcXzdp-SsFyNW1XDWMEnFv9cR73QddRUnP2uHp_HRi5wHWS_2tFohjvV1D89zp4YVso6cwj_3E8ZVif12FrfLdrWuCM929-UBHNzpfUwxutTXAWK3Z_RgllJsQ2kzrMidyYL3/s1600/DSC04910.JPG" height="225" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b></b></div>
<a name='more'></a><b><br /></b>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>Durante o final da década de 90
aventuraste-te no saudoso mundo das fanzines. Fala-me dessa experiência e das
memórias que guardas dessa época?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Sem querer ser
saudosista, eram tempos muito bons.
Tinha-se contacto com pessoal de toda a parte do mundo, onde se trocavam
cartas, cassetes, flyers, etc. fazia-se tudo com paixão e dedicação. Lembro-me
que cheguei a enviar várias vezes moedas nas cartas para comprar algum item.
Hoje em dia isso era impensável (risos)<b>. </b>Era muito interessante acompanhar a
evolução das bandas desde o seu início. Tenho muito orgulho em ter participado
de forma activa na divulgação do “metal underground “. Estava sempre em pulgas à
espera do carteiro para ver o que chegava de novo. Era uma desilusão quando não
havia nada...(risos)<b><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>Achas que o esforço e a dedicação que
projectos como uma fanzine exigiam alimentavam em nós um sentimento muito mais
profundo de entrega e de vivência da música como uma paixão que nos arrebatava?
<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Sim, sem duvida.
Eu vivia diariamente rodeado de música. Tinha um trabalho (familiar) que me
permitia estar ligado ao movimento underground 7/8 horas diárias, 7 dias por
semana. Era onde tinha o meu “headquarter” para fazer a fanzine/distro,
correspondência, etc.<b> </b>Que bons
tempos esses (risos).<b> </b>Hoje em
dia já não consigo fazer isso. <b><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>O que te levou a terminar esses projectos?
Alguma vez sentiste o ímpeto de voltar a fazer algo, ainda que adaptado às
novas tecnologias?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Ao mudar de
emprego fiquei sem tempo para dedicar ao projeto. Gostava de ter continuado ligado à cena
musical, talvez não como fanzine, mas como editora, acho que era o caminho
natural a seguir. Na altura ainda cheguei a editar a demo dos Howl. Gostava de ter uma editora apenas para
edições de “luxo” e limitadas, só direccionada para coleccionadores. O dito cd
“normal” está morto, hoje quem realmente compra discos quer edições especiais e
limitadas. Espero estar enganado, mas é a sensação que eu tenho.<b><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>Durante anos, as fanzines tornaram-se em
autênticas bíblias de preciosa e escassa informação sobre as nossas bandas
favoritas e sobre o que ia acontecendo a um nível mais underground. Como
encaras agora toda a facilidade de acesso à informação que a internet veio
proporcionar? Acabou por perder-se irremediavelmente um certo fascínio e um
lado mais misterioso da música? <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Sim, esse
fascínio está a perder-se. Hoje em dia somos “bombardeados” com tanta
informação, tantas músicas, tantas bandas, acaba por não se dar o devido valor.
Mas para mim o mais preocupante é que eu acho que se está a perder o conceito
de “álbum”. Sinto que hoje em dia a maior
parte do pessoal “saca” 1 ou 2 faixas que mais se gosta ou vai-se ao Youtube e
ouvem-se musicas soltas, não álbuns completos. Está a perder-se o respeito pela
musica. Apesar de tudo, a internet usada devidamente é um excelente meio de
divulgação e promoção para a música.<b><o:p></o:p></b></div>
<div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-28965304043095032542014-09-09T16:19:00.000+01:002014-09-11T14:26:06.509+01:00O tempo passa, a paixão fica...entrevista com Ricardo Ribeiro<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Confesso que não sou grande adepto de revoluções tecnológicas, de eras digitais, de amizades e de espaços virtuais e, por consequência, de redes sociais. Gosto do lado físico, prático, funcional e palpável das coisas. Gosto de estar com as pessoas (mas estar a sério!), de mexer nos discos, de sentir o cheiro e a aura dos locais, de ter tempo e de usufruir do mesmo com as coisas simples da vida. Bem sei que a sociedade caminha precisamente no sentido oposto, mas os princípios é algo que a tecnologia não nos tira, que o mundo virtual não deve arrasar e ao qual devemos fazer um esforço para nos mantermos fiéis. No entanto, e apesar desta postura, não sou radical ao ponto de renegar por completo o que de positivo a tecnologia e a era virtual nos traz, sendo que algumas das grandes mais valias de estarmos "em rede" passa por termos acesso a opções muito mais vastas na hora de comprar discos e recolher informação sobre determinado assunto ou de nos cruzarmos com pessoas com gostos e ideias semelhantes. Geograficamente são 20 km que nos separam, mas foi no mundo virtual que travei conhecimento com o Ricardo Ribeiro. Conversa puxa conversa e dei-me conta da intensa paixão que este nutre pela música e pelos discos, da impressionante colecção de discos que orgulhosamente possui e apercebemo-nos que já nos havíamos cruzado há cerca de 15 anos, ainda através de carta e selo, quando cada um desenvolvia uma fanzine em papel. Motivos mais do que suficientes para lançar o repto ao Ricardo para figurar neste espaço. Eis o resultado.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgPGrtzEGmK0cKvQuhJ4N_X8ctom36ovF1ESLmubnBsQRdzb7QfdXQ-Jnquzn8epr1qHQY8OHiNYh0mb7aYf4RByqdMoZnqwqHf3c5NURBSVTPtK0rDj8G6wxCfTQXct8lgoAR/s1600/DSC04869.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgPGrtzEGmK0cKvQuhJ4N_X8ctom36ovF1ESLmubnBsQRdzb7QfdXQ-Jnquzn8epr1qHQY8OHiNYh0mb7aYf4RByqdMoZnqwqHf3c5NURBSVTPtK0rDj8G6wxCfTQXct8lgoAR/s1600/DSC04869.JPG" height="225" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<a name='more'></a><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Com 36 anos de idade, 20 dos quais rodeado de discos e alimentados por muita e boa música, o Ricardo Ribeiro começa por explicar que <b>"i<span style="line-height: 150%;">nicialmente
consumia quase na totalidade bandas dentro do universo black/death/doom metal, m</span><span style="line-height: 150%;">as
sempre acompanhei bandas de referência dentro doutros géneros, tais como Alice
In Chains, Sisters Of Mercy, Joy Division, Bauhaus, Ministry, Tindersticks,
Nick Cave, Fields Of The Nephilim, Christian Death, Mão Morta, Death In June,
Current 93, Ordo Rosarius Equilibrium,</span><span style="line-height: 150%;"> </span><span style="line-height: 150%;">Faith
No More, etc. Actualmente consumo muita coisa dentro do dark neofolk, dark
ambient, dark military...e também</span><span style="line-height: 150%;"> </span></b><span style="line-height: 150%;"><b>dentro
do stonerdsludge/drone doom, post black metal, post punk/rock".</b> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;">No que ao seu primeiro disco diz respeito, o Ricardo opta por organizar a sua resposta de acordo com duas situações: a inconsciente e a consciente. <b> "Eu </b></span><span style="line-height: 150%;"><b>devia ter
uns 7/8 anos e os meus pais compraram uma aparelhagem lá para casa"</b>, conta. <b>"Só que
faltavam os discos e lembro-me perfeitamente de ter ido com uma prima minha um
pouco mais velha a uma loja de eletrodomésticos que vendia alguns discos.
Resultado foi vir de lá com a famosa colectânea Top Genius 85 e um ep de Elton
John, o “Nikita”. O refrão de “Nikita” ainda mora na minha cabeça (risos). Já de
forma consciente e livre, lembro-me de ter comprado com o dinheiro da
mesada</b></span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;"> </span><span style="line-height: 150%;"><b>na época em que foi editado o LP
de Sepultura “Arise”." </b>Já em relação ao último disco a ser adquirido, o Ricardo revela uma actividade assinalável, senão vejamos: <b>"Nestas
ultimas semanas, já recebi algumas coisas, tais como: Sektor 304 “engage...forwards”
box(3 cds+ep+zine); Arnica” Lecho de peidra” cd; Arnica “Numancia” cd; </b></span><span style="line-height: 24px;"><b>compilação</b></span><span style="line-height: 150%;"><b> “Raiz iberica”cd; Linda Martini “Bau”cd; King Dude “fear”LP; Irae
“Orgias da maldade” tape(caixa madeira); Skitliv/Current 93”split” Lp; A Dead
Forest Index "Cast of lines” Lp; Mayhem “Psywar” ep , “Esoteric warfare”lp;
Amenra “Mass v” lp+,“Afterlife” lp; Amenra/Treha Sektori”split”lp;
Amenra/Aleanora”Split”lp; Beastmilk “White stains on black wax”ep, “use your
deluge” ep. Mais a discografia em vinil de Hexvessel, cinco cds de Sangue
Cavallum, entre outros"</b>. No entanto, como qualquer coleccionador e apaixonado por música que se preze, a colecção nunca está fechada e há sempre aquele disco que ambicionamos adquirir. No caso do Ricardo, <b>"e</b></span><span style="line-height: 150%;"><b>xistem alguns que ainda não tenho em formato
original ou que gostaria de ter em edições originais em vinil (first
press),tais como: Sarcófago (todos), Carcass (os 2 primeiros), Merciless”The
wakening”, Burzum “aske”, Gangrena “infected ideologies”, WC Noise ”Loud &
mad”, Joy Division “unknow pleasures”, Amenra (mass I,II,III,IV), Father Murphy
(todos); Mão Morta “Venus em chamas”, Celtic Frost “Morbid tales”, Samael
“Worship him”, Spiritual Front/Ordo Rosarius Equilibrio “Satyriasis” , Tiamat
“wildhoney”, Woodkid “The golden age”(digibook), 1 ep de uma trilogia de
Fleurety , Mayhem “Dawn of the black hearts”, Possessed “seven churches” , Dead
Can Dance “Aion” , In The Woods “Three times seven...” e muitos mais". </b></span><br />
<span style="line-height: 150%;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUVi4fLMw_xLv6L6Ym7dViEE2KKQp2OyLtqc96bz_ve4oodiAToCPojw0x3PaTSRUUu22fCIPRiH4c09Ka70vbNTcQP0XBUb0l60sSG5-6K3F3QqpkMUEzgbPAIZRdGJ2dGrX5/s1600/DSC04908.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUVi4fLMw_xLv6L6Ym7dViEE2KKQp2OyLtqc96bz_ve4oodiAToCPojw0x3PaTSRUUu22fCIPRiH4c09Ka70vbNTcQP0XBUb0l60sSG5-6K3F3QqpkMUEzgbPAIZRdGJ2dGrX5/s1600/DSC04908.JPG" height="225" width="400" /></a></div>
<span style="line-height: 150%;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 24px;">Convidado a embarcar novamente na máquina do tempo, o Ricardo revela-nos que o seu primeiro contacto com a música de uma forma mais consciente deverá ter ocorrido por volta dos seus 9/10 anos. <b>"L</b></span><b><span style="line-height: 150%;">embro-me de ter tido acesso a dois álbuns em
cassete dos Black Sabbath “Sabbath bloody Sabbath” e “Paranoid” . Quando
começou a rodar “War pigs” foi um momento magico. Não entendia bem o que era
aquilo, mas já me dizia alguma coisa. Ainda tenho essas cassetes. Outro álbum
que me marcou muito nessa época foi LP Iron Maiden “The number of the
beast”.</span><span style="line-height: 150%;"> </span></b><span style="line-height: 150%;"><b>Sabia cantarolar aquelas canções
e intros todas", </b>conta-nos. No entanto, como em quase todos os rumos que tomamos na vida, há sempre algo ou alguém que nos mostra o caminho, sendo que no caso do Ricardo terá sido um tio que o influenciou nestas coisas da música. <b>"</b></span><b><span style="line-height: 150%;">Ele na altura dos anos 80 trabalhava numa rádio
pirata, onde tinha umas colunas viradas para a praia e passava musica e
publicidade.</span><span style="line-height: 150%;"> </span><span style="line-height: 150%;">Ocupava os dias com ele a
ouvir cenas tipo David Bowie, Dire Straits, Iron Maiden, Black Sabbath, Europe,
Sigue Sigue Sputnik, Janis Joplin, Doors, AC/DC, ZZ Top, Sex Pistols, Depeche
Mode, Billy Idol, etc... (muitos dos Lps ainda os guardo)". </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="line-height: 150%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;">No entanto, ao longo das duas décadas que leva de música e discos, o ímpeto coleccionista do Ricardo abrandou durante alguns anos. <b>"</b></span><b>Em parte foi um bocado por falta de tempo,
iniciei uma atividade profissional que me ocupava entre 12 a 14 horas, 7 dias
por semana. Emprego esse que, ao
contrario do anterior, não me permitia ouvir musica. Desliguei-me um pouco, mas
o bichinho acabou por ficar sempre"</b>, confessa. À margem de abrandamentos, tendências e prioridades, o Ricardo explica que <b>"<span style="line-height: 150%;">vejo e sinto a musica quase da mesma forma do que há vinte anos. A minha paixão
pela musica é a mesma, independentemente do estilo, se é moda ou não. Nunca me
fechei num único estilo ou crucifiquei bandas apenas por ser mais conhecidas ou
ter feito um álbum atípico, etc. Hoje em dia procuro cenas mais pela
originalidade. Existem centenas de lançamentos, tipo “yeah, tá bom! Mas isto já
foi feito há 20 anos atrás por outras bandas...”. Sinceramente, também não sei
por que caminho é que as bandas possam evoluir mais a nível de criatividade. </span><span style="line-height: 150%;"> </span><span style="line-height: 150%;">Como estive um tempo afastado “da cena”
ando um pouco perdido em relação a novas bandas/lançamentos</span><span style="line-height: 150%;"> </span><span style="line-height: 150%;">dos últimos 8/10 anos. Mas estou a tentar actualizar-me
e tenho encontrado muita coisa boa". </span></b><br />
<b><span style="line-height: 150%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;">O preconceito e a incompreensão é algo que ronda por perto quem tem gostos ou posturas fora do que nos querem </span><span style="line-height: 24px;">impor</span><span style="line-height: 150%;"> como convencional, sendo que, no caso da música e dos discos, já nos habituámos a lidar com isso. <b>"</b></span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;">Quem não encara a musica como uma
paixão diz que sou maluco em</span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;"> </span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;">gastar
dinheiro em discos(risos). </span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;"> </span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;">Fico triste quando alguém diz preferir ter
musica em ficheiros do que em formato físico. Há pessoas que nunca irão saber
qual é o prazer de ter um vinil na mão e pô-lo</span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;">
</span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;">a tocar. </span><span style="font-weight: bold; line-height: 24px;">A sério, tenho uma estima tão grande por discos, que acho só mesmo numa situação extrema me desfazia deles. Faz-me tanta confusão como há pessoas capazes de desfazerem-se das suas coleções ou mesmo de um item.</span><span style="line-height: 150%;"><b>"</b>, desabafa Ricardo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;">Quanto a rituais, taras e manias de coleccionador, eis as do Ricardo. <b>"</b></span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;">Se for em cd ou mesmo vinyl ( felizmente hoje em dia,
grande parte deles já vem com código para download) normalmente passo para o
PC, para depois ouvir no carro ou emprego.</span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;">
</span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;">Infelizmente hoje em dia tenho de ouvir quase tudo em ficheiros
digitais, pelos motivos óbvios. Mas nada substitui uma audição em vinyl. Gosto
muito e dou muito valor a um bom artwork.</span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;">
</span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;">Um booklet com letras, fotos, info...é sempre importante. Um álbum tem
de contar por um todo.</span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;"> </span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;">Normalmente a primeira audição, gosto de ir
desfolhando o booklet</span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;"> </span><span style="line-height: 150%;"><b>e acompanhando a
letras e informação mais ao pormenor". </b>Quanto a cuidados sobre conservação e arrumação dos discos, assume que <b>"</b></span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;">Não tenho
nada de especial. Apenas mandei fazer um móvel tipo 5x3mt com gavetas forradas
e à medida para cada formato (cds,lps,dvds). Móvel onde também tenho a aparelhagem,
livros, revistas,fanzines,</span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;"> </span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;">etc..</span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;"> </span><span style="line-height: 150%;"><b>Também
ando a tentar por todos os discos em capas plásticas, para melhor proteção". </b>Em matéria de organização,<b> "a</b></span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;">ctualmente,
está um caos organizado.</span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;"> </span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;">Está tudo
devidamente arrumado por formato, mas ando a ver se ganho coragem para colocar
por ordem alfabética. </span><span style="font-weight: bold; line-height: 150%;"> </span><span style="line-height: 150%;"><b>Tenho é
tudo em listas, para saber o que tenho ou não tenho"</b>. Opção sensata, sem dúvida, até porque perante estes números será fácil perder o norte: <b>"l</b></span><span style="line-height: 150%;"><b>istados
neste momento tenho: 1029 cds (originais e promos), 277 vinis (lps e eps), 274
demo-tapes e cerca de 300 cassetes com várias gravações". </b>Quanto a preciosidades<b>, "t</b></span><span style="line-height: 150%;"><b>enho
algumas coisas pelas quais tenho um carinho especial, tipo items em vinil dos In
The Woods…, Mayhem, Decayed, Filii Nigrantium Infernalium, Celtic Frost, Venom, Bathory, Ordo Rosarius Equilibrio, Rotting Christ, Fleurety, Moonspell, Death
In June, Bethlehem, Katatonia, Marduk, Sabbat, Usurper, Chelsea Wolfe, King
Dude, etc. Alguns já são considerados raridades"</b>.</span><br />
<span style="line-height: 150%;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxjNcvDlqALh9nbhQtJnHUHKU-ezUS-N04yl6EDp5OBTfLgm8o_VeuYT-SjokSFUP44RzWYySa1bnYu6X2nYiWKzn8inuiDmqHrTNp8fpaZWalf72TOcmnAB8Aek84Th1GaDDF/s1600/DSC04907.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxjNcvDlqALh9nbhQtJnHUHKU-ezUS-N04yl6EDp5OBTfLgm8o_VeuYT-SjokSFUP44RzWYySa1bnYu6X2nYiWKzn8inuiDmqHrTNp8fpaZWalf72TOcmnAB8Aek84Th1GaDDF/s1600/DSC04907.JPG" height="225" width="400" /></a></div>
<span style="line-height: 150%;"><br /></span>
<span style="line-height: 150%;">Apesar dos números impressionantes, o Ricardo assume que não perde a cabeça na hora de adquirir discos a qualquer custo. <b>"</b></span><span style="line-height: 150%;"><b>Comprei uma vez por impulso um DVD de
Metallica por cerca de 40€, compra esta, pela qual me arrependi . Não por ser
mau, mas não justificava o preço. Não
considerando apenas um disco, outro item mais dispendioso foi uma caixa em
madeira “looking for europe” de 5 vinis . Custou cerca da 60€". </b>Ainda assim, apesar de assumir que <b>"</b></span><span style="line-height: 150%;"><b>não entro nesses “fanatismos” por bandas", </b>revela ter <b>"uma estima especial pelos
Type o Negative, dos quais tenho todos os álbuns originais, 3 bootlegs, 1 maxi,
1 DVD. Assim como os álbuns de Carnivore e um
Lp de A Pale Horse Named Death". </b></span><br />
<span style="line-height: 150%;"><b><br /></b></span>
<span style="line-height: 150%;">Ao não entrar em loucuras por um item específico, o Ricardo permite-se a adquirir uma quantidade assinalável de discos mensalmente.<b> "Ac</b></span><span style="line-height: 150%;"><b>tualmente, como ouço vários estilos,
faz-me comprar mais itens. Em media compro 8/10 itens por mês. Como estive um
tempo sem comprar grande coisa, este ano já me excedi um pouco. Tive que repor
alguns álbuns que me faltavam"</b>. confessa. As fontes variam entre <b>"mailorders nacionais e
alguns </b></span><span style="font-weight: bold; line-height: 24px;">directamente</span><span style="line-height: 150%;"><b> às bandas". </b>E, por vezes, nessas demandas somos surpreendidos por oportunidades que nos empolgam. <b>"</b></span><span style="line-height: 150%;"><b>Um dos
últimos álbuns que comprei deixou-me muito contente. Foi o ultimo álbum de Nick
Cave and The Bad Seeds “push the sky away”, edição limitada em digibook. Já
andava atrás deste item há bastante tempo, pensei que já não iria encontrar.
Apanhei-o por mero acaso num post de uma listagem do Facebook", </b>conta-nos o Ricardo.</span><br />
<span style="line-height: 150%;"><b><br /></b></span>
<span style="line-height: 150%;">Vamos então à pergunta mais difícil, que é como quem diz a listinha de discos obrigatórios. Ora digam lá se o ecletismo e o bom gosto musical do Ricardo não merece uma vénia?<span style="line-height: 150%;"><b> "</b></span><span lang="EN-GB" style="line-height: 150%;"><b>Tirando todos os
clássicos que toda gente conhece,
há outros álbuns que considero
importantes ou que mais tenho ouvido ultimamente, tais como: Neurosis “hounor found in decay”; Swans “The Seer”; Tindersticks “Curtains”; Type O Negative
“Bloody kisses”; Alice In Chains “Dirt”; Mayhem “De mysteriis Dom Sathanas “ ;
Burzum “Filosofem”; In The Woods...”Heart of the ages”; Ruins Of Beverast
“Blood vaults”; Chelsea Wolfe “Pain is beauty”; The National “High violet”;
Spiritual Front “Open wounds”; Emperor “In the nightside eclipse”; Nine Inch
Nails “the downward spiral"; Joy Division “Unknow pleasures”; Scott Walker
“Bish bosh”; Teho T.& Blixa B.”Still smilling”; Samael “Ceremonies of opposites” ; Nick Cave
“push the sky away” e Amenra (todos os “mass”); Beastmilk “climax”; Crown
“Psychurgy”; Holograms “s/t”; Father Murphy ”anyway your children...”, Ministry
“psalm 69”; Fire+Ice “fractured man”; Death In June “nada!”; Of The Wand &
The Moon “Live at the lodge”; GY!BE “Allelujah”; Ordo Rosarius Equilibrio “song for
hate&devotion”; My Dying Bride “Turn loose...” e muitos outros. </b></span><span style="line-height: 150%;"><b>Como
se pode ver, uma lista bastante eclética (risos)"</b>. E se, numa situação extrema, o Ricardo tivesse de escolher um e apenas um disco da sua colecção? </span></span><span style="line-height: 24px;">Qual seria o eleito? Porquê? <b>"</b></span><span style="line-height: 150%;"><b>Ui...,essa é
complicada . Isso é quase como perguntar de que filho gostas mais (risos). Talvez
o “Bloody kisses” dos Type O Negative. Foi um álbum que estranhei muito quando foi
lançado e sinceramente ouvi uma vez e ficou lá para um canto bastante tempo.
Quando voltei a pegar nele ficou entranhado até hoje . É um dos meus
preferidos".</b></span><br />
<span style="line-height: 150%;"><b><br /></b></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy8VBVJcrRGjT1rsxUaC__cdvOw1ovFGD9bVuqrEg01lGrYxmeas0aQVe-twT5Uye9i3ON_OK4nbNNoYFE45XjOFgWtyP2M0ljxha4hhKKxqWVUNBy-WE4FlqOy7D3ZdjOi5tW/s1600/DSC04901.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy8VBVJcrRGjT1rsxUaC__cdvOw1ovFGD9bVuqrEg01lGrYxmeas0aQVe-twT5Uye9i3ON_OK4nbNNoYFE45XjOFgWtyP2M0ljxha4hhKKxqWVUNBy-WE4FlqOy7D3ZdjOi5tW/s1600/DSC04901.JPG" height="225" width="400" /></a></div>
<span style="line-height: 150%;"><b><br /></b></span>
<span style="line-height: 150%;">Mais homem dos discos do que propriamente daquilo que os reproduz, o Ricardo assume que <b>"n</b></span><b><span style="line-height: 150%;">ão me
preocupo muito com o som ideal. Continuo com a mesma aparelhagem há 20 anos. Já
comprei foi 3 pratos de discos. O meu sonho é ter um prato de discos decente a
trabalhar a válvulas. Ouvir um bom disco em vinyl pode tornar-se numa
experiência única.</span><span style="line-height: 150%;"> </span></b><span style="line-height: 150%;"><b>Há discos que exigem uma qualidade sonora decente,
outros definitivamente não"</b>. Em jeito de conclusão, quis saber de que forma o Ricardo encara esta paixão comum a tantos de nós, sendo que a resposta também granjeará sintonia: "</span><span style="line-height: 150%;"><b>É uma paixão
que me continua a dar cabo da carteira (risos). A sério, hoje em dia continua a
ser um prazer enorme pesquisar, comprar e depois receber discos em casa. Aquele
momento mágico de abrir a encomenda e ter o item em mãos é único".</b></span><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-9066720802902170862014-07-16T10:34:00.002+01:002014-07-16T10:38:15.764+01:00Forever Cursed e Cvlt Nation...o outro lado de Artur Carvalho<div style="text-align: justify;">
Julgo que não estarei a dizer nenhum disparate ao considerar que nós, que gostamos, respiramos e vivemos a música, em dada altura das nossas vidas pensámos em deixar de desempenhar apenas o papel de ouvinte passivo e ambicionámos fazer algo mais por aquilo que gostamos e em que acreditamos, quer seja aprendendo a tocar um instrumento, integrando uma banda, distribuindo discos, organizando concertos, criando um blog, uma fanzine ou escrevendo para uma revista ou, simplesmente, ajudar a banda dos nossos amigos a crescer. Muitos colocaram isso em prática, outros tantos mantiveram a sua condição de ouvinte/coleccionador (o que, só por si, já constitui um enormíssimo mérito e uma condição de fulcral importância). O Artur Carvalho pertence ao grupo daqueles ávidos apaixonados por música que procuraram criar algo onde pudessem canalizar toda essa paixão e, de alguma forma, ajudar a divulgar aquilo em que acreditam, musicalmente falando. Nasceu assim o blog <a href="http://forevercursed.blogspot.pt/" target="_blank">Forever Cursed</a>, um espaço da sua inteira responsabilidade que se foi assumindo como um veículo perfeito no acesso a muita e boa música extrema, ao ponto de despertar interesse junto dos responsáveis da <a href="http://www.cvltnation.com/" target="_blank">Cvlt Nation </a>, projecto de referência global no qual o Artur tem o orgulho de colaborar. Depois de conhecermos o seu lado de fã e coleccionador, foi sobre este seu outro lado que falei com o Artur. Fica o resultado. </div>
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCACU2iVO1yZoup3cEHV1A8hbhwLsVTsHtK4Pk6VwgYoPkKUKYNe7E4DVBw6aHYc9Y-d2AYtKFq-LSlKX3Uhpwm-s-SzaAeXVapljZhbLrRx2iyBUjCjy1PPRF8XgXmQKczLat/s1600/Artvr_02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCACU2iVO1yZoup3cEHV1A8hbhwLsVTsHtK4Pk6VwgYoPkKUKYNe7E4DVBw6aHYc9Y-d2AYtKFq-LSlKX3Uhpwm-s-SzaAeXVapljZhbLrRx2iyBUjCjy1PPRF8XgXmQKczLat/s1600/Artvr_02.jpg" height="323" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a name='more'></a><br /><br />
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<b>De há uns anos a esta parte, és autor do blog Forever Cursed, um espaço que já se tornou uma referência no que à música extrema diz respeito. Conta-nos como tudo surgiu?</b></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O blog surgiu quase como forma de “escape” desta paixão que tenho pela música. Já há muito tempo que seguia blogs de música e sempre ambicionei ter o meu. O blog acima de tudo é um veículo com o qual procuro partilhar, dar a conhecer novas bandas, álbuns que merecem mais atenção e merecem acima de tudo serem ouvidos e, quem sabe, até mesmo comprado. Isso é algo que procuro quase sempre fazer. Deixar o link da banda ou editora onde os meus leitores possam adquirir o que ouviram. Os que não compram, ou porque não podem ou por outros motivos, que ao menos oiçam. Este é o mote principal do blog. Fazer com que a música que ali coloco chegue a todos os cantos do Mundo. Como Bernardo Sasseti uma vez afirmou: “À vontade, copiem os meus discos. Pirateiem a minha música à vontade, mas oiçam-na. Eu prefiro que o façam, mas que oiçam, que tentem compreender, gostar, partilhar.” Por um lado é engraçado saber que, por exemplo, uma ou outra banda lançaram finalmente a sua Demo, EP, álbum porque lhes dei exposição no meu blog. Caso disso foi os australianos Monomakh que lançaram a sua Demo em cassete pela Rising Beast Records. Quando o dono da label, o James que toca em Harassor e tem mais uma mão cheia de bons projectos, descobriu a banda através do meu blog. Nada me faz mais feliz em saber que de alguma forma, tive alguma percentagem de “culpa” para que isso se realizasse.</div>
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<br /></div>
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<b>Esperavas obter as reacções que obtiveste com este projecto, sendo inclusive aclamado e referenciado pelos próprios elementos das bandas que divulgas?</b></div>
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<br /></div>
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Não. Nunca pensei causar este impacto. Quase como um vírus, a coisa começou rapidamente a espalhar-se. Muito devido aos estilos que ali colocava, não me dedico a um estilo específico. Vou desde coisas mais atmosféricas, instrumentais dentro do drone, passando por death metal, hardcore com algumas influências crust até aos vários subgéneros dentro do black metal. Esporadicamente recebo um email ou outro de pessoas que descobriram o blog ou que já o seguem há bastante tempo e que através dele descobriram novas bandas que de alguma forma os tocou. Além de ter recebido emails inclusive de alguns membros de bandas que ali postei, a agradecer as palavras que ali lhes dediquei, o que é sempre motivante e dá força para continuar. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A divulgação de bandas neste espaço segue algum critério específico, ou baseia-se apenas na tua vontade e na tua decisão em divulgar determinada banda ou disco, não cedendo a pressões de editoras, promotoras ou das próprias bandas?</b></div>
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<br /></div>
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Tudo o que ali coloco baseia-se no meu gosto pessoal. Tão simples e honesto quanto isso. Para fazer uma má review, prefiro nem a fazer.</div>
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<br /></div>
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<b>Sentes a responsabilidade e a influência que as tuas palavras poderão ter na decisão de um leitor comprar ou não um disco? Sentes que tens o poder de influenciar as escolhas? Como lidas com isso?</b></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sim e não. Sim, porque o que ali (d)escrevo pode de alguma forma influenciar o que essa pessoa espera sentir quando for ouvir o disco. E não, porque no fim tiras sempre a tua própria conclusão pessoal sobre o que ouviste, baseado no teu gosto pessoal. Ok, esta pessoa descreve o álbum como épico mas isto para mim é peanuts. Entendes? No fundo eu ali escrevo o que sinto quando oiço o disco. Baseio-me nas minhas emoções. É difícil outra pessoa ter a mesma sensação que eu ao ouvir o álbum “X” ou “Y”.</div>
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<br /></div>
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<b>Já alguma vez lidaste com situações de leitores que se sentiram defraudados por seguirem aquilo que mencionavas numa crítica? </b></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Que eu saiba, não. Se sim, pelo menos ninguém se chegou à frente. Acho que os meus leitores têm bastante confiança no meu gosto e nas minhas palavras. Caso contrario não seguiam o meu blog.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Existem planos para o Forever Cursed que possas revelar ou podemos apenas (que não é tão pouco quanto isso) que continues com a qualidade a que nos habituaste?</b></div>
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<br /></div>
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Estive uns tempos afastado do blog mas regressei novamente e vou gradualmente colocando lá novidades à medida que tenho tempo. Tempo esse que divido entre trabalho-família. </div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6G7qpvjk1s6f4wqu62pplbWXeYPC8JDiH4jqeuZNQkQSS7YNZKec-Efx15-f4Blbql4DfR_bgGzME953ME1Mj5-0mNCnLKNt13yI5vcR3l0voVJH_ybqoj-Ot6YmapFk032UP/s1600/forevercursed.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6G7qpvjk1s6f4wqu62pplbWXeYPC8JDiH4jqeuZNQkQSS7YNZKec-Efx15-f4Blbql4DfR_bgGzME953ME1Mj5-0mNCnLKNt13yI5vcR3l0voVJH_ybqoj-Ot6YmapFk032UP/s1600/forevercursed.jpg" height="248" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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<b>Em relação à tua relação com a Cvlt Nation, como foste lá parar?</b></div>
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<br /></div>
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Foi simples. Um dia ao abrir o meu email, reparei que tinha lá uma mensagem do Sean (um dos autores do Cvlt Nation) a dizer que já seguia o meu blog há algum tempo e que gostava bastante do que ali (ou)via e se estaria disposto a colaborar com eles. Obviamente que para mim foi uma honra, entrar nos “quadros” de tal empresa. Cvlt Nation é uma das maiores referencias internacionais na web no que toca a música extrema .</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Sendo esse um espaço (ou mesmo O espaço) de referência em termos de música e cultura extrema, acredito que seja para ti um motivo de grande orgulho colaborar com ele?</b></div>
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<br /></div>
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Claro que sim. Vi ali também uma boa oportunidade de divulgar bandas do underground que têm bastante nível e qualidade e que merecem mais atenção sobre elas.</div>
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<br /></div>
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<b>O que é que a tua colaboração com a Cvlt Nation te proporcionou que não conseguiste alcançar com o Forever Cursed?</b></div>
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<br /></div>
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Obviamente que um site como o Cvlt Nation já tem uma maior reputação e um background mais enraizado do que propriamente o meu blog. Apesar de ter um culto fiel ao Forever Cursed, não chega aos calcanhares do Cvlt Nation. Mas tenho bastante orgulho no que já fiz para eles. Tive a oportunidade de fazer criticas a álbuns de algumas das minhas bandas favoritas como Amenra, Portal, Dragged Into Sunlight, Bereft, The Secret, etc. E ver esse mesmo artigo partilhado por essas bandas no seu Mural do Facebook, dá-me um gozo incrível.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>É fácil separar aquilo que deve surgir no Forever Cursed daquilo que deve surgir na Cvlt Nation?</b></div>
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<br /></div>
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Nesse aspecto eles deram-me total liberdade de colocar e escrever sobre o que eu quisesse. O Sean disse-me cedo que tinha total confiança no meu gosto pessoal.</div>
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<br /></div>
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<b>Consideras que projectos como o Forever Cursed e a Cvlt Nation são, cada vez mais, a realidade em termos de divulgação musical e artística, condenando definitivamente a imprensa escrita a um lento definhar?</b></div>
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<br /></div>
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Acho que a imprensa escrita nunca irá morrer. Ainda por mais, neste meio da música mais extrema, temos fiéis seguidores da revista “X” ou “Y”. Mas no fundo tudo se resume à forma como tu preferes que essa informação chegue até ti. Digital ou fisicamente, um pouco como a música. Pessoalmente, e desculpem-me dizer isto, mas já há muitos anos que deixei de comprar publicações, digamos, “físicas”. A Internet permite-me explorar e ter acesso mais rápido aos estilos que mais gosto e que nem sempre têm destaque na imprensa.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0sxe-SKuX4_RL7Ed3Z9VhUx1FdETUAMbPUnG4u3-qnZUUrMaTOetY3tt9Zh-ytnAjgMlXCxPzdMbCYwKZg58C-d6kCzLwHgsuUbTF3oQ1Gf57XlqePg76quEzgGc4x4p2-1tk/s1600/logo-cvlt.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0sxe-SKuX4_RL7Ed3Z9VhUx1FdETUAMbPUnG4u3-qnZUUrMaTOetY3tt9Zh-ytnAjgMlXCxPzdMbCYwKZg58C-d6kCzLwHgsuUbTF3oQ1Gf57XlqePg76quEzgGc4x4p2-1tk/s1600/logo-cvlt.png" height="400" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<b>A Cvlt Nation é hoje um espaço que vai muito além da música, sendo uma referência em várias quadrantes da cultura extrema. Qual a verdadeira dimensão deste espaço? Dá para ter uma noção do quanto têm vindo a crescer?</b></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muito sinceramente não sou talvez a pessoa certa para te responder a esta questão, visto que sou um mero contribuidor para o website. Mas basicamente, quem segue estes géneros de música mais underground e extrema, conhece o Cvlt Nation. E até é um website que expõe não só música mas assim como outras manifestações artísticas sejam elas por exemplo: fotografia, ilustração, cinema, etc. Embora ultimamente aquilo mais pareça uma espécie de “Jornal do Insólito” por causa do género de artigos que têm vindo a divulgar. Gostava que se voltassem a focar unicamente em expor música nova e de qualidade.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Podemos continuar a contar com os teus textos na Cvlt Nation? </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bem, por enquanto sim. Mas o tempo infelizmente não dá para tudo e desdobrar-me entre vida particular, trabalho e blog não é fácil. Há que estabelecer prioridades. Vamos ver até onde isto vai dar. Um abraço!</div>
<div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-28568206697221581992014-07-10T08:00:00.000+01:002014-07-10T14:49:25.404+01:00Direito à diferença...com Artur Carvalho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheJMDydcc8VR4G7MbOMQ-KSuCrVNQ4d5EURsN0mEitqxLP7iNQAv_LQ-elTb0vIZSXRwJ1BHqMmfFQoOVUGAi9V6qFyczNhuGmuADeVQpCMN91H0BQvo0Tv_V6lmuxkZsegXcf/s1600/Artvr_03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheJMDydcc8VR4G7MbOMQ-KSuCrVNQ4d5EURsN0mEitqxLP7iNQAv_LQ-elTb0vIZSXRwJ1BHqMmfFQoOVUGAi9V6qFyczNhuGmuADeVQpCMN91H0BQvo0Tv_V6lmuxkZsegXcf/s1600/Artvr_03.jpg" height="356" width="400" /></a></div>
<br />
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Hoje com 35 anos, a paixão do Artur Carvalho pela música e pelos discos já vem de longe<i><b> “A idade em que comecei ao certo, não sei dizer. Mas sei que antes de esbanjar os meus primeiros salários em música (isto com mais ou menos 16 anos) já “cravava” os meus pais para me oferecerem este ou aquele disco”</b></i>. E já em tenra idade os seus gostos e as suas escolhas seguiam num sentido: o alternativo.<br />
<a name='more'></a><i><b>“Sempre tive uma paixão para tudo o que soava diferente e saía do rebanho do mainstream. Cresci a ouvir muito a rádio e televisão, e o que me fascinava mais sempre foi o lado mais.. chamemos-lhe “diferente” (entenda-se alternativo) da música. Digamos que eu era aquele miúdo lá do bairro que ouvia bandas esquisitas”</b></i>. Talvez por isso, o seu primeiro disco não tenha sido de uma qualquer banda pop do momento, mas sim de um nome que merecia e merece todo o nosso respeito, nomeadamente o “Violator” dos Depeche Mode.<i><b> “Pedi aos meus pais para o comprar através do catálogo do Círculo de Leitores. Lembro-me muito bem ainda. Foram horas e dias da minha vida a adorar esse disco. Na altura, lembro-me de estar a ver o catálogo do Círculo de Leitores do qual os meus pais faziam parte na altura e na secção de música ver o “Violator” dos Depeche Mode em vinil. Tendo os meus pais um gira-discos (só tive direito a aparelhagem uns anos mais tarde) nem pensei duas vezes. Pedi-lhes o favor de me comprarem aquele disco. Lembro-me de o receber e para mim aquilo ser a melhor coisa do Mundo. As vezes que ele rodou naquele velho gira-discos... Toda aquela experiência de ouvir o álbum em vinil. Aqueles “clicks” e “pops” da agulha a tocar o vinil, as primeiras notas do “World In My Eyes” que saia pelas colunas. Para mim são memórias que vou guardar para sempre. Realmente só por quem passa por uma experiência semelhante é que sabe qual a sensação.”</b></i>. Quanto ao último que lhe chegou às mãos, terá sido algo radicalmente mais alternativo, que é como quem diz <i><b>“o “Henbane” dos Cultes Des Ghoules, o meu álbum favorito do ano passado” </b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b><br /></b></i></div>
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</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKgST_6W_1o8B0NWJFAnZ6w2_nHvktRpbxG8KWLRuQ3s8itq83Nt1hcE7zEkFTCphQBn84Tw2P-B3YDgJXx9IQtqFp0sJkYz9sSkmtQkgHWqHOMuKodCuOC9N6zpS4cbemg2mu/s1600/Discos_05.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKgST_6W_1o8B0NWJFAnZ6w2_nHvktRpbxG8KWLRuQ3s8itq83Nt1hcE7zEkFTCphQBn84Tw2P-B3YDgJXx9IQtqFp0sJkYz9sSkmtQkgHWqHOMuKodCuOC9N6zpS4cbemg2mu/s1600/Discos_05.jpg" height="263" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quanto àquele disco especial que falta na colecção, o Artur não tem dúvidas em assumir que <i><b>“sonho com o dia em que consiga o “Times OF Grace” dos Neurosis em vinil. Foi um dos primeiros CD’s que comprei. Além de ser um dos melhores álbuns de sempre dentro do género, possui um som muito único que adoro. Os preços a que encontramos a edição em vinil à venda, por exemplo no Discogs, é de loucos. Mas tenho esperança que um dia ou me saia o Euromilhões ou algum maluco se veja à rasca e o ponha por tuta-e-meia no Discogs à venda”</b></i>. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dissecando o percurso do Artur em relação à música e à importância que esta assume na sua vida, conta-nos que<i><b> “o meu primeiro contacto com a música começou logo em casa. Os meus pais tinham uma vasta coleção de discos (na altura tinham bastantes singles de 7’’) e eu na altura achava bastante piada aquele ritual de colocar aqueles círculos pretos com um buraco no meio e pô-lo a rodar naquele aparelho. Como era ainda uma criança, ouvia repetidamente os discos que os meus pais tinham. Coisas como “Os Grandes Clássicos da Música Italiana”, “Os Grandes Clássicos da Música Francesa” e até mesmo fado. A minha irmã mais velha também ajudou um pouco neste percurso pois já ouvia coisas como The Cult, Faith No More e Guns N’Roses entre muita coisa meio lamechas à mistura (ela nunca me vai perdoar por ter gravado Megadeth por cima da cassete da banda sonora do Dirty Dancing) mas o facto de mesmo em casa estar rodeado de pessoas com um gosto natural pela música, foi logo desde cedo para mim, um grande impulso. A partir dali e à medida que fui crescendo, a música começou de uma forma muito rápida a entrar na minha vida e a acompanhar-me onde quer que fosse. A partir dali era impossível viver sem ela”</b></i>. </div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFQ-YTjBUzAhqnslyP3ecaWKY2VhPc1roggmbpBN4zGvHXuG_qMdLfCj-dF_IkGnDXw-Z40mobkhCE8427bAt3aOLfNRIHbbkxbPZg9R0DiFBfvyMtfZtLo1RZEzSbyiehF8j_/s1600/Artvr_01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFQ-YTjBUzAhqnslyP3ecaWKY2VhPc1roggmbpBN4zGvHXuG_qMdLfCj-dF_IkGnDXw-Z40mobkhCE8427bAt3aOLfNRIHbbkxbPZg9R0DiFBfvyMtfZtLo1RZEzSbyiehF8j_/s1600/Artvr_01.jpg" height="317" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Tendo sido bafejado pela sorte de crescer numa época na qual a rádio ainda assumia um papel preponderante na educação musical das pessoas, Artur assume a importância de <i><b>“estações como a antiga XFM (indiscutivelmente a melhor rádio que já existiu em Portugal) que por vezes passava as “Peel Sessions” do grande John Peel, a Rádio Energia através do programa “Johnny Guitar” apresentado pelo Henrique Amaro e Zé Pedro e claro, a Antena3 e o “Hipertensão” com o António Freitas que me apresentou a inúmeras bandas e estilos já dentro do metal. Lembro-me de gravar várias das músicas que passava nesses programas de rádio e fazer as minhas próprias mixtapes e usar as cassetes até a fita se partir inúmeras vezes. A TV também contribuiu um pouco. Com o “Pop-Off” por exemplo, onde vi o primeiro clip de Obituary e na altura pensar; “Mas que cena é esta??” e programas como o Headbanger’s Ball como é óbvio, foram grandes fontes de novos conhecimentos. Mas pronto, com o passar dos anos, esse gosto foi ficando cada vez mais apurado e enraizado dentro de mim.”</b></i></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E como é que aqueles que rodeiam o nosso entrevistado encaram e lidam com esse gosto?<b><i> “No meu local de trabalho, sempre que recebo um daqueles pacotes quadrados ainda fazem comentários do tipo; “Outro??” e “Mostra lá o que mandaste vir!” e a reacção espelhada na cara deles é de desilusão, como se esperassem que daquele pacote fosse tirar um LP de um artista familiar para eles. No entanto sai mais um: “Portal?? Que raio de nome é esse?” A minha esposa, por um lado, ao início (e como não partilha esta paixão que tenho) chateava-me um pouco a cabeça mas a esta altura creio que já se habituou. Entre isto e o meu guarda-fato cheio de tshirts pretas (deve haver muita boa gente aí fora que compreende isto), acho que ela prefere os vinis. Ela reconhece que é algo que gosto bastante. Até demais!! Como costuma dizer (risos).”</i></b> E se um dia a sua esposa o confrontasse com a seguinte situação: Ou eu ou os discos!. Qual a paixão que falaria mais alto? <b><i>“Aí mandava os discos à vida. Vendia-os por uma pipa de massa no Discogs (risos)”</i></b>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd7vdvHCADJ2KEKhRtWbKlguEm1G-q3MAOh5NC9bJqLasGjmh4RNW3icRb9oD5os9whdlgWv0GZYvhwL_0qVZ1lMwa0mqE5xY366u0BQ1xTHHMyeynuJSVN-HVnt0MlfmNlcP7/s1600/Discos_02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd7vdvHCADJ2KEKhRtWbKlguEm1G-q3MAOh5NC9bJqLasGjmh4RNW3icRb9oD5os9whdlgWv0GZYvhwL_0qVZ1lMwa0mqE5xY366u0BQ1xTHHMyeynuJSVN-HVnt0MlfmNlcP7/s1600/Discos_02.jpg" height="263" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quanto a rituais em torno dos discos, quais os que mais prendem a atenção do Artur? <b><i>“Como sou designer gráfico, talvez tenha uma sensibilidade maior no que toca ao artwork. Dou atenção ao tipo de papel usado na gatefold, o artwork, tipo de impressão ou acabamentos utilizados. Por isso ainda perco ali uns bons minutos antes de meter a “rodela” a tocar. Geralmente a primeira audição faço sempre com auscultadores. Porquê? Porque não quero perder nenhum pormenor e assim faço-o com mais atenção”</i></b>. E quanto a cuidados e manias? <b><i>“Devo confessar que sou um indivíduo bastante “picuinhas” com os meus pertences, assim como sou com o que é dos outros, quando alguém me empresta qualquer coisa por exemplo. Não pratico nenhum tipo de limpeza especial. Basicamente procuro guardar os discos, cassetes e cd’s em locais em que não haja muita humidade ou calor. Guardo os discos na vertical, claro e coloco em redor daqueles saquinho de sílica, sabes? Estou a ser picuinhas demais? (risos)”</i></b> Nada disso, caro Artur! Até porque no que diz respeito à organização da coleção, há quem leve as coisas bem mais ao pormenor. <b><i>“Não uso nenhuma fórmula em particular. Divido-os por tipo (vinil, Cd’s e cassetes). Á medida que chegam, vou arrumando-os. Por isso podes dizer que é por ordem cronológica”.</i></b> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas deixemo-nos de teoria e vamos a factos. Quantos discos fazem parte do espólio do nosso entrevistado?<b><i> “Hmmm... actualmente um pouco mais do que uma centena. Para te ser sincero a esta altura não sei quantos tenho ao todo. Tenho muitos vinis, cassetes e cd’s que se dividem entre a minha casa, a dos meus pais e a minha arrecadação (riso). Mas de algum tempo para cá que tenho adquirido essencialmente apenas em formato vinil ou cassete. Não por moda, atenção. Mais porque foram peças com as quais cresci e recentemente deu-me este sentimento nostálgico de voltar a sentir a música desta forma. Um CD, coloco no computador, ripo as faixas para mp3 e fica depois esquecido numa prateleira. Com o vinil ou mesmo a cassete há outra interação, outro ritual”</i></b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHTke4fJDsX8eZWg3fae5Nck4rIPQdQR2uUHtuMkEojYKA5DDTR19U0EXj2ugi_Ga51qQ2XclSW_DETVUumJQmG76NoObT8BDr3Hj9Om3TOGJp4a7kZjljxTtVvftC122v2Ck0/s1600/Discos_03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHTke4fJDsX8eZWg3fae5Nck4rIPQdQR2uUHtuMkEojYKA5DDTR19U0EXj2ugi_Ga51qQ2XclSW_DETVUumJQmG76NoObT8BDr3Hj9Om3TOGJp4a7kZjljxTtVvftC122v2Ck0/s1600/Discos_03.jpg" height="263" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E, no meio da colecção, haverá algo que mereça especial destaque, seja pelo afecto que representa, seja pelo próprio valor comercial ou em termos de raridade? <b><i>“Neste momento não tenho assim nada muito exuberante. Provavelmente, de tudo o que tenho, destacaria a cassete split de Wylve e The Rain In Endless Fall em que já vi uma cópia (das 33 que foram produzidas) à venda no Discogs por cerca de 150€. Já recebi inúmeras mensagens por lá de pessoas a aliciarem-me para lhes a vender. A cassete vem numa caixa de cartão toda ela feita à mão que inclui pequenos ramos de roseira, com direito a espinhos, no interior. Não é uma muito boa ideia quando se junta uma cassete lá pelo meio, mas enfim. Não deixa de ser um item de colecção bastante interessante e único”</i></b>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E quanto às bandas ou artista que merece especial atenção por parte do Artur, daquelas que ambicionamos ter tudo e mais alguma coisa? <b><i>“Ufff... há várias que gostaria de ter mas sempre que penso investir em mais uma dessas peças para a colecção há sempre outras coisas igualmente interessantes que acabam por desviar a minha atenção. Confesso-te que não sou capaz de ter o mesmo álbum 7 vezes só porque cada um vem numa cor do arco-íris. Mas para responder à tua questão de uma forma directa: Não tenho nenhuma colecção fechada até à data. Mas se pudesse gostava de ter uma colecção completa de Thou, Amenra ou mesmo Depeche Mode por exemplo”</i></b>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Terra continua a girar e a colecção do Artur continua a crescer, mas a que ritmo? <b><i>“Num bom mês, cerca de 2/3 discos, com algumas cassetes pelo meio”</i></b>. E quais as suas fontes de eleição? <b><i>“A minha loja é a internet. Deixei de ir a lojas físicas há muito tempo. A única loja onde costumava ir há muitos anos atrás era a Carbono, pois era a única que tinha os géneros que eu procurava. Hoje em dia, compro tudo à distancia de um click. Posso estar em casa relaxado a procurar os álbuns que quero com calma, comparar preços, etc. Actualmente temos bons sites, além das centenas de boas editoras, distros, etc, como o Discogs e o Bandcamp onde podemos adquirir o que procuramos”</i></b>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ0z8QifrcYa_X-gPEyoGgafrSN48WogE6UJfBSVPPAKWCHZrJC0cHS_FbYCswZ6VQsLE_Zv3JGX3n-8I3dw-jOrPqnugby3yXylPA_MQ0NT5KxGMLB3ttexfQHF0rKr-VNiYe/s1600/Discos_04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ0z8QifrcYa_X-gPEyoGgafrSN48WogE6UJfBSVPPAKWCHZrJC0cHS_FbYCswZ6VQsLE_Zv3JGX3n-8I3dw-jOrPqnugby3yXylPA_MQ0NT5KxGMLB3ttexfQHF0rKr-VNiYe/s1600/Discos_04.jpg" height="263" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Passando à sempre complicada pergunta dos discos de eleição, daqueles que devemos ouvir pelo menos uma vez na vida, quais os do Artur?<b style="font-style: italic;"> “Bem, é uma tarefa bastante árdua. Por um lado existem aqueles álbuns clássicos mesmo do tipo do “100 Álbuns Que Deve Ouvir Antes de Morrer” e por um lado muita música nova interessante que tem vindo a aparecer no panorama da música mais pesada. Vou tentar dividir aqui um pouco os dois. Há álbuns como o “Anthems To The Welkin At Dusk” dos Emperor que é provavelmente um dos meus álbuns de Black Metal favoritos e que ainda hoje em dia o oiço bastante, esse sem dúvida recomendo. O “Ænima” dos Tool, um álbum marcante, perfeito em todos os sentidos. Como não podia deixar de ser e, desculpem lá mencionar novamente este álbum mas nunca é demais, o “Times Of Grace” de Neurosis que para mim é um álbum com uma intensidade brutal, um som bastante único que nos transporta para outra dimensão. E que para mim representa a melhor fase da banda. Destaco também uma grande masterpiece do death metal, o “Heartwork” dos Carcass é sem dúvida daqueles “must-hear”. Outro que apesar de actualmente não ser grande fã mas que sinto que tenho aqui deixar referência é o “Filosofem” de Burzum. Ainda me lembro da primeira vez que ouvi o “Dunkelheit” que para mim é a faixa que melhor representa o género black metal pela sua atmosfera absolutamente fria e sinistra. Este álbum representa para mim, a verdadeira essência do black metal. Actualmente existem também excelentes registos que já podem ser considerados como um clássico e uma referência para as gerações vindouras. Olhando para um passado recente posso indicar para alguns dos meus álbuns favoritos e que recomendo bastante: O “Henbane” dos Culte Des Ghoules, uma parafernália de black metal completamente embriagada em misticismo e magia negra é um dos grandes álbuns que saíram no ano passado. O “Grave Ekstasis” (do qual me orgulho de possuir uma cópia da longa esgotada cassete) dos Irkallian Oracle é um dos álbuns mais intensos dentro do panorama death metal e muita atenção, pois estes senhores ainda vão dar muito que falar. O “Blood Geometry” de Elysian Blaze, um álbum de proporções épicas que dura mais de duas horas e vem numa edição não de um nem dois mas três(!) vinis. O álbum de estreia dos Lychgate foi um dos que despertou também a minha atenção, muito bom. Olhando para o meu top do ano passado posso destacar também nomes como Carpe Noctem, Wormlust, Paysage D’Hiver, Fyrnask (que lançou numa edição lindíssima o seu último LP), Cosmic Church, Beastmilk, entre muitos outros. Coisas deste ano já? Tenho a apontar os álbuns de Thantifaxath, Thou, Harassor, Sun Worship, entre outros. Andam aí muitas bandas a fazer música muito interessante. Basta estar atento e explorar, explorar”.</b> Lanço um desafio ao Artur: numa situação extrema és obrigado a escolher um e apenas um disco da tua colecção para levar contigo. Qual seria o eleito? <b style="font-style: italic;">“Sem pestanejar. O “Violator” dos Depeche Mode. Por considerar talvez que este é o melhor álbum da banda e pelo valor sentimental que possui para mim”</b>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0zF80TnWEUsMoUR2irHDBSP2t9VYw8Lh8Pm7PYPEz6Wsrr5F4xAbOj-lBYdWzr_Mr31Zpr5pvl6ql9dPLtTa0Xl2sWCika_og0lYkIi-PgyiHRDO4B0IMpNnVREIRTRnJekUT/s1600/Discos_01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0zF80TnWEUsMoUR2irHDBSP2t9VYw8Lh8Pm7PYPEz6Wsrr5F4xAbOj-lBYdWzr_Mr31Zpr5pvl6ql9dPLtTa0Xl2sWCika_og0lYkIi-PgyiHRDO4B0IMpNnVREIRTRnJekUT/s1600/Discos_01.jpg" height="263" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quanto ao lado audiófilo do “nosso” Artur, confessa-nos que <b><i>“não sou nenhum “geek” ou o “ubber” audiófilo nesse campo. Claro que dou atenção aos gadgets que possuo, procuro sempre que tenham alguma qualidade. Não sou desses audiófilos que vivem mesmo “a cena” ao ponto de querer ter o último modelo “xpto” deste gira-discos, colunas ou amplificador ao ponto de gastar rios de dinheiro em material. Até porque nem tenho assim possibilidades para isso. Tenho outras prioridades. Mas se pudesse, lógico que investia nesta minha paixão”</i></b>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAE9d781SlnAENV0p_-TnLHZRJp7DF7-tfwQUOEqYao4uecE6dZtmX1A2G49WLjTzxOcUjqiFJneQhD7EOOe53u7BSU15I5AnvEJYGKt-zyMkv1VUP75zX48ouqOeysWuwSvJ0/s1600/Discos_06.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAE9d781SlnAENV0p_-TnLHZRJp7DF7-tfwQUOEqYao4uecE6dZtmX1A2G49WLjTzxOcUjqiFJneQhD7EOOe53u7BSU15I5AnvEJYGKt-zyMkv1VUP75zX48ouqOeysWuwSvJ0/s1600/Discos_06.jpg" height="263" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Homem com uma especial predilecção pelo vinil, Artur assume que <b><i>“a música é algo que sempre me acompanha ao longo dos dias, há sempre esta ou aquela música que nos faz lembrar bons ou maus momentos. Quando adquiro um vinil por exemplo, porque não compro o CD? Porque gosto de facto da peça em si, de todo o ritual que passa por receber a encomenda até chegar a casa, tirar o disco da sleeve e gentilmente colocar a agulha do gira-discos deixando aquele som maravilhoso fluir. Embora muita gente hoje em dia olhe para o vinil e o encare como uma “moda”, o certo é que ele nunca desapareceu e graças a Deus que voltou em força embora como consequência disso os preços tenham subido, para não falar dos portes de envio para quem, como eu, compra discos online. Acho que as editoras e mesmo até as bandas deviam ter isso em consideração, não querendo desvalorizar todo o seu trabalho mas mais vale vender 50 discos por 10€ cada do que 2 a 30€, entendes?”</i></b>. E de que maneira!</div>
<div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-34285155815565765002014-07-08T12:24:00.001+01:002014-07-08T12:25:07.778+01:00Metal até ao osso...Bruno Vilela<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;"><br /></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Cartão
do Melómano<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-size: 14.0pt;"><br /></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYxw3VY7cfIHxAqX2mY1_BO2Bxc5eFwSQWZV47RZTgWyFGq-CawECiVXY8s15EkOSqJJrtS-zZUXJwFcFadzuOV6GRojQJU9BzcwgWCPNcH4kAHeYg23qguRbBjYU4nXcgZ2jk/s1600/IMGP2388.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYxw3VY7cfIHxAqX2mY1_BO2Bxc5eFwSQWZV47RZTgWyFGq-CawECiVXY8s15EkOSqJJrtS-zZUXJwFcFadzuOV6GRojQJU9BzcwgWCPNcH4kAHeYg23qguRbBjYU4nXcgZ2jk/s1600/IMGP2388.JPG" height="396" width="400" /></a></div>
<b><span style="font-size: 14.0pt;"><br /></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Nome: </b>Bruno Vilela</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Idade: </b>29<b><o:p></o:p></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Colecionador há: </b>Cerca de
13 anos<b><o:p></o:p></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Coração de: </b>Heavy
Metal,Thrash e Death (Até 1995)<b><o:p></o:p></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Primeiro Disco: “</b>Live -
Decade Of Agression” dos Slayer<b><o:p></o:p></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Último Disco: </b>Os 3
primeiros de Pantera: “Metal Magic”, “I am The Night” e o “Projects In The
Jungle”.<b><o:p></o:p></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Sonho todos os dias com: </b>Qualquer
coisa de Metallica e Iron Maiden que me falte...</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a><br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">O
Inicio<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;"><br /></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Qual o teu primeiro contacto
com a música?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Foi para aí (que me lembre) a
ouvir as k7 de musica de baile do meu pai…(risos)<b><o:p></o:p></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>No inicio houve alguém que te
influenciou ou foste tu próprio que ganhaste este gosto especial de ouvir música?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Como disse antes, foi através do
meu pai que comecei a interessar-me por musica em geral, através da minha irmã
que me interessei pela pop dos anos 80...e através de colegas da escola que me
perdi pelo metal....<b><o:p></o:p></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>E o teu primeiro disco, como
foi essa memória e o que representou na altura?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Andei meses a juntar dinheiro
para comprar cds...e alguém tinha-me passado uma k7 com umas musicas de
Slayer...fui à Fnac e eles estavam com uma promoção...todos os cds de Slayer
a 1750$00...acabei por comprar o “Decade
of Agression” por ser duplo...ouvia-o todos os dias, e para mim foi um passo
libertador porque finalmente não precisava de cravar ninguém para me gravar
k7's...Em vinil foi o “Kill 'em All”...ainda sem ter prato, porque a ideia era
colocá-lo na parede...<b><o:p></o:p></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Ainda tens esse disco?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Ainda tenho os dois....o de
Slayer ainda leva com umas rotações de vez em quando, só não leva mais porque
também tenho o vinil...o de Metallica,devido a não saber o que estava a
comprar, ele não veio nas melhores condições para se poder ouvir
decentemente.... <br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvuiY4aUX7PTD4rNXJL0gIfCT_W07KuJllrvhlH_DYZJPHnEYcpbRDzmXrujumUsLpkWie4woIDVB2KZt-r4L_12-EyvFyyQ8hyphenhyphenqJkwB_KTVT_AeLXXtbciWXqppvT3-UJzK54/s1600/IMGP2292.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvuiY4aUX7PTD4rNXJL0gIfCT_W07KuJllrvhlH_DYZJPHnEYcpbRDzmXrujumUsLpkWie4woIDVB2KZt-r4L_12-EyvFyyQ8hyphenhyphenqJkwB_KTVT_AeLXXtbciWXqppvT3-UJzK54/s1600/IMGP2292.JPG" height="270" width="400" /></a></div>
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">A
paixão<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;"><br /></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>O modo como vês e sentes a
música mudou muito ao longo dos tempos?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Sim e não...ainda continuo a
adorar musica e provavelmente isso nunca irá mudar...agora gostava de voltar a
ter aquela inocência original, quando ainda pensava que os músicos eram todos
grandes pessoas e faziam isto por diversão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Como é que as pessoas que te
rodeiam e que conhecem esta tua paixão vêem o facto de teres tantos discos e
itens relacionados com música?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Chamam me maluco...(risos) e
perguntam-me o porquê de eu gastar dinheiro em musica quando está tudo á
distancia de um clique...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Compras um disco e quando
chegas a casa qual é o teu ritual?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
O ritual começa antes...como ando
de transportes públicos, aproveito esse tempo para apreciar a capa e se for possível
o booklet/inserts...a tentar ver pormenores e isso...em casa, por vezes, tento
seguir as musicas pelas letras...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Tens algum cuidado em especial
que queiras partilhar sobre limpeza e conservação dos discos? <o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
É o que sempre se deve fazer, discos
sempre na vertical, capas interiores anti estáticas e mantê-los sempre
limpos....<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>De que forma organizas e
arquivas a tua colecção?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Actualmente está por uma espécie
de estilos...depois é ordem cronológica de lançamentos de cada banda...Iron
Maiden e Metallica estão numas caixas à parte...Depois uma base de dados numa
folha do Excel...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghhXXHmSmEW0fd_adIijsAh9ncrvI7k6vIa31k3Dki_SKWR2lxo36KcVUZktXuhBkdSk_1TwBqd4f5xH8pD-p4SSjqn6qCRU3XVM3W2UnK15O_tMl0R2G4Oz7bZ9Dn9XFAtdsH/s1600/IMGP2198.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghhXXHmSmEW0fd_adIijsAh9ncrvI7k6vIa31k3Dki_SKWR2lxo36KcVUZktXuhBkdSk_1TwBqd4f5xH8pD-p4SSjqn6qCRU3XVM3W2UnK15O_tMl0R2G4Oz7bZ9Dn9XFAtdsH/s1600/IMGP2198.JPG" height="293" width="400" /></a></div>
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Quantos discos tens no total,
considerando todos os formatos físicos?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Vinil -
613 (12" + 7" + 10" + Shape + Picture Discs)<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">CD - 1085<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
DVD/BD/VHS - 135</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
K7 - 7<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Qual é o item ou os itens que
mais destacarias da tua colecção seja pelo afecto que representa, seja pelo
próprio valor comercial ou em termos de raridade?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Pelo afecto seria esse primeiro “Kill
'em All”,por ter sido o primeiro que comprei, apesar de entretanto ter arranjado
mais 4 versões diferentes. Valor comercial/raridade...poderia falar do “Fear of
the Dark” <st1:personname productid="em duplo LP" w:st="on">em duplo LP</st1:personname>,
edições limitadas a 500/666 cópias, algumas primeiras edições...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Alguma vez perdeste a cabeça a
nível monetário na aquisição de um disco? Qual o valor que gastaste?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Tento não passar muito a minha
meta, que varia um pouco por banda...mas já fechei os olhos e perdi a cabeça em
algumas alturas...”Live at Donnington”
3lp de Iron Maiden por 50€...e a caixa de Slayer, “The Final Conflict”
que ficou-me por 175 €...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Tens alguma banda em
particular que tentas ter, não só os álbuns oficiais, mas também singles, ep´s,
maxis e bootlegs?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Iron Maiden e Metallica...depois
tenho uma serie de bandas que tenho a discografia completa ou quase completa
que se aparecer mais alguma cena até sou capaz de comprar, casos de Judas
Priest,Motorhead,AC DC, por exemplo. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoxX5qT6d3Fk8GtrL6Hyc4WbDf6OXl4fIuPt0dVrZI84UJm9LwpcTSEhITwe6XZXgrzoKjIzlcd_TpLfe199VE-7lS-WPefWCblCLvgd_82moBN1no8jMXz56HWoYskOk2vtKS/s1600/IMGP2263.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoxX5qT6d3Fk8GtrL6Hyc4WbDf6OXl4fIuPt0dVrZI84UJm9LwpcTSEhITwe6XZXgrzoKjIzlcd_TpLfe199VE-7lS-WPefWCblCLvgd_82moBN1no8jMXz56HWoYskOk2vtKS/s1600/IMGP2263.JPG" height="305" width="400" /></a></div>
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Em média, quantos discos
compras por mês?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Depende...dos lançamentos que
haja, algumas trocas...mas posso dizer que deve andar entre os 5 e os 10...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Onde costumas adquirir os teus
discos?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Lojas, sites de leilões e fóruns....<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Qual o local mais improvável
onde adquiriste discos?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Numa daquelas vendas de
solidariedade onde comprei um cd de Megadeth por uns 75 cêntimos...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>A(s) melhor (es) aquisição
(ões) de sempre, aquele dia glorioso em que voltamos para casa ainda a nos
beliscar se realmente aconteceu?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Acho que foi quando consegui
comprar o “Live Shit” de Metallica (a caixa original),tanto pelo preço (cerca de
25 €) como pelo estado excelente que estava...e porque era uma coisa que
ansiava ter...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Qual é o teu Top dos melhores
discos de sempre, aqueles que independentemente do género aconselhas todos a
ouvir antes de morrermos pelo menos uma vez?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Vou tentar fugir aos mais óbvios,
mas alguns são mesmo incontornáveis...</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Black Sabbath - qualquer um dos 3
primeiros</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">Manowar – “Sign of the Hammer”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Slayer – “South of Heaven” (com
os anos aprendi a apreciar melhor este álbum)</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Judas Priest - Qualquer um...com
o Rob Halford no micro...</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="ES">Iron Maiden - Excepto os do Bailey...<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="ES">Dio – “Holy Diver”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Os primeiros álbuns do Thrash
alemão...</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB">WASP - Headless Children / The Crimson Idol<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
E continuava aqui durante
horas...</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">O
que preferes?<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-size: 14.0pt;"><br /></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Vinil, CD ou Cassete?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Primeiro Vinil, depois cd...e só
muito depois k7...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Vinil preto ou colorido?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Acho piada ao vinil colorido...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Picture Disc ou 180gramas?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<st1:metricconverter productid="180 gramas" w:st="on">180 gramas</st1:metricconverter>...melhor
som...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Gatefold ou capa Simples?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Visualmente Gatefold...para
efeitos de arrumação...capa Simples...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato <st1:metricconverter productid="12”" w:st="on">12”</st1:metricconverter> , <st1:metricconverter productid="10”" w:st="on">10”</st1:metricconverter> ou <st1:metricconverter productid="7”" w:st="on">7”</st1:metricconverter>?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
12"(principalmente) e
7"...abomino os de 10"...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Jewelcase ou Digipack?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Detesto digipacks...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Primeira prensagem ou reedição
luxuosa?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Se for possivel, os dois...(risos),
senão primeira prensagem...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Lojas físicas ou Internet?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Lojas físicas, sempre...</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkJRljarpNtWSBa9RDE31JIwhrmDmDD8F9Y8eY-Ml55uXOdKVsABL6ZWzdX1bjtxsJh2FAXRoMvTkmTak9LyT3eDWpqrAFQv9aFsXdB3OLBu7d3sNJDypbb_AEeANVgMUcdrWT/s1600/IMGP2159.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkJRljarpNtWSBa9RDE31JIwhrmDmDD8F9Y8eY-Ml55uXOdKVsABL6ZWzdX1bjtxsJh2FAXRoMvTkmTak9LyT3eDWpqrAFQv9aFsXdB3OLBu7d3sNJDypbb_AEeANVgMUcdrWT/s1600/IMGP2159.JPG" height="225" width="400" /></a></div>
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Saída
de Áudio<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-size: 14.0pt;"><br /></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>E para ouvires os teus discos,
que artilharia pesada utilizas?</b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Com o upgrade que fiz á pouco
tempo a nível de amplificador ficou assim:</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Prato: Technics 1210 mk2 com
cabeça Ortofon pro red</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Pré amp : Nad PP2</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Amplificador: Pioneer SA 8500 II</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Leitor de cds: Sony CDP-CE345</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Deck de K7 : Technics RS TR232</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
As colunas são umas Pioneer mais
antigas que sei lá o quê...mas gostei do som delas...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Tens o teu lado audiófilo ao
nível do HI-Fi ou apenas gostas de ouvir musica desde que soe bem sem te
preocupares muito com a busca do som ideal?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Tenho um lado audiofilo...por
isso já troquei de prato e de amplificador...o dinheiro é que não dá para
tudo...mas a mim o que interessa é a profundidade/resposta do som...não o nível
de volume do som...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Há algum instrumento que te
cative mais quando estás a ouvir musica?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Guitarras e bateria...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Tocas ou gostarias de aprender
a tocar algum instrumento?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Gostava de aprender bateria, mas tal não é possível...falta de tempo e
também de espaço...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzj7laeYUhkbpHYtCMetrCuGCPsEtanSbKnF8qamiiM6sfelBfn3tA0A-A729b3q0fuGi3wODEqX9uk_EWPifC6CtfgPR_K3wrt3f8CjBiM6lcnsAzUC6u8H3rIMdNLBunjQjs/s1600/IMGP2256.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzj7laeYUhkbpHYtCMetrCuGCPsEtanSbKnF8qamiiM6sfelBfn3tA0A-A729b3q0fuGi3wODEqX9uk_EWPifC6CtfgPR_K3wrt3f8CjBiM6lcnsAzUC6u8H3rIMdNLBunjQjs/s1600/IMGP2256.JPG" height="328" width="400" /></a></div>
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Ao
vivo<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-size: 14.0pt;"><br /></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Primeiro Concerto?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Headbangers Festival em 2002 no
Seixal...apesar de ter havido uns concertos em bares antes...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Melhor concerto de sempre?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Essa é dificil...por questões
sentimentais teria que dizer Judas Priest em 2011 no Pavilhão Atlântico...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Concerto de sonho?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Quase qualquer um dos anos 80 que
foi gravado para vhs...(risos)<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Que banda gostarias de ver ao
vivo e que já não vai ser possível?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Death</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiupqK-3cMsjx7kLKeCLa1bv_czi7z5bGTLpTqOynOQDSMAt1JB4quHVkpozHbupg1zDQ_Ke41Z0n6jcfoag9liVxquRH56pvqdIK8jXts6qj2LzU3nsbFoVqHDZEK23A5CyglU/s1600/IMGP2172.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiupqK-3cMsjx7kLKeCLa1bv_czi7z5bGTLpTqOynOQDSMAt1JB4quHVkpozHbupg1zDQ_Ke41Z0n6jcfoag9liVxquRH56pvqdIK8jXts6qj2LzU3nsbFoVqHDZEK23A5CyglU/s1600/IMGP2172.JPG" height="267" width="400" /></a></div>
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Literatura<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Tens por hábito comprar
livros, revistas ou fanzines de música? Qual a tua publicação favorita?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Costumo comprar revistas e uma ou
outra fanzine...livros geralmente só daqueles que são de fotografias. Em termos
de revistas será a Loud, apesar de por
vezes deixar um pouco a desejar...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>O que lês neste momento e o
que aconselhas?<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
On Board Flight 666 de Iron
Maiden....um livro de fotos excelente...<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Tenta definir o que te vai na
alma por escrito sobre esta nossa paixão?</b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Considero que actualmente quem
gasta dinheiro em comprar musica, com todas as facilidades que hoje existe (mp3
e afins),só pode ser louvado...e ainda bem que existem pessoas como vocês para
dar visibilidade a colecionadores portugueses…Boa sorte para o blog...:)<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdMvg2yOh7F6XbLr58QIfDIK3Gbdy2o08yLtHFXTdK-MBesyjFezH1etQKl2YItz_JCSWRqsaSWIYiRNa-KGhXjoSAtchNduDkTed8C7YXhSUdRUOYihpKAzVJWQfUMCjgUTmB/s1600/IMGP2336.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdMvg2yOh7F6XbLr58QIfDIK3Gbdy2o08yLtHFXTdK-MBesyjFezH1etQKl2YItz_JCSWRqsaSWIYiRNa-KGhXjoSAtchNduDkTed8C7YXhSUdRUOYihpKAzVJWQfUMCjgUTmB/s1600/IMGP2336.JPG" height="225" width="400" /></a></div>
<br /></div>
</div>
<div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-79665208259305080932014-06-13T14:41:00.002+01:002014-06-13T14:42:31.401+01:00Lembram-se do Pedro Garcia? E dos Inhuman?<div class="MsoNormal" style="border: none; line-height: 150%; mso-padding-alt: 0cm 0cm 0cm 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjU9YT12SuN_EXGrnu0MVthbR293HmlsDgmZsrphl9UIwYY6iqY5pB7tIUehONl0hke3R91Edty9RxyI7pKfp2C2EH7aoNkPm33cerHmloXVgI8MeDghCMnBMCxZhDIv4T6XPw/s1600/_GyDBRvGXC6t4TU9iFkdEvm0R9imSu-XLQpZ9P0-1og.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjU9YT12SuN_EXGrnu0MVthbR293HmlsDgmZsrphl9UIwYY6iqY5pB7tIUehONl0hke3R91Edty9RxyI7pKfp2C2EH7aoNkPm33cerHmloXVgI8MeDghCMnBMCxZhDIv4T6XPw/s1600/_GyDBRvGXC6t4TU9iFkdEvm0R9imSu-XLQpZ9P0-1og.jpg" height="312" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Ao falar com o Pedro Garcia sobre a sua veia coleccionista e enquanto fã de música, não resisti a fazer-lhe algumas questões sobre o seu passado enquanto músico, nomeadamente como vocalista dos Inhuman. Aqui fica o resultado.<br />
<br />
<br />
<a name='more'></a><br /><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc7F_HrLqdQiL1wJ3sEvE_ncfTLx3g7ZAf3BlhVy_vdzyo_G8-vUSa25UIXxpPuJgERid01d2Qc3mdKrDkAw4JjcdzuamJYknunHwY8e2KHo9atOl5v3Ix2tlCx74IAYoN4Tsx/s1600/DE-2rrP8qnMsJwCKpVZs80HRR-BVlTGaOt4Fi0A5u5U.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc7F_HrLqdQiL1wJ3sEvE_ncfTLx3g7ZAf3BlhVy_vdzyo_G8-vUSa25UIXxpPuJgERid01d2Qc3mdKrDkAw4JjcdzuamJYknunHwY8e2KHo9atOl5v3Ix2tlCx74IAYoN4Tsx/s1600/DE-2rrP8qnMsJwCKpVZs80HRR-BVlTGaOt4Fi0A5u5U.jpg" height="261" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>A tua paixão pela música vai muito além da simples condição de ouvinte e coleccionador. Fala-nos do teu passado musical, especialmente da tua carreira nos Inhuman? Como tudo começou, como te tornaste vocalista?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tornei-me vocalista dos Inhuman por acaso, já tinha sido teclista de uma banda de covers, vocalista de outra banda de heavy metal e surgiu o convite para fazer um som mais extremo, death metal, decidi tentar e correu bem.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXICJu8f-0fIF7eoPA5laRjlFQ8akMdERHD4l49i_vB7Sn-y7SKNxxbbgmm2JaD6z882FOw1JurWZgQ7HMerCUQus_LzeN-TjfAkkSwPLpDctrmAhoRbGkJ5hsQYnW53AgsW3u/s1600/GVZtwE9mWUL1RQisLd8AVVn8L-Yom8_ynknGPEokqx8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXICJu8f-0fIF7eoPA5laRjlFQ8akMdERHD4l49i_vB7Sn-y7SKNxxbbgmm2JaD6z882FOw1JurWZgQ7HMerCUQus_LzeN-TjfAkkSwPLpDctrmAhoRbGkJ5hsQYnW53AgsW3u/s1600/GVZtwE9mWUL1RQisLd8AVVn8L-Yom8_ynknGPEokqx8.jpg" height="295" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O que levou ao teu abandono dos Inhuman, numa época na qual a banda atravessava o seu momento de exposição mais visível e caminhava para a internacionalização?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Frustração, desmotivação, saturação e outros sentimentos semelhantes. Julgo que tanto eu como a banda tivemos pouca maturidade a lidar com alguns assuntos ligados ao mundo da música.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1rbNCKjwmNKWAf6-r4zbdtrnqgZt6ImC5XsjdjzIm0l4K-Cyr6DvZdJNppFhfrHIp6j_juMkUYJCEx9YwCj9H5wAO1p2nBoyZvJz4lX0Phn1_KV8xYqamKNEe5WZRp4nxiceQ/s1600/njuFEgeXZep4igwwG6DFVqVW1MyDh7maj7ZhgKvT9bY.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1rbNCKjwmNKWAf6-r4zbdtrnqgZt6ImC5XsjdjzIm0l4K-Cyr6DvZdJNppFhfrHIp6j_juMkUYJCEx9YwCj9H5wAO1p2nBoyZvJz4lX0Phn1_KV8xYqamKNEe5WZRp4nxiceQ/s1600/njuFEgeXZep4igwwG6DFVqVW1MyDh7maj7ZhgKvT9bY.jpg" height="256" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Consideras que o teu abandono dos Inhuman ditou o princípio do fim da banda?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não sei…Julgo não ser a melhor pessoa para responder a isso. Deixo essa análise para quem se manteve na banda e para quem foi seguindo o seu percurso.<br />
<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeEtQUKR0e8h8llzFpJwpVuRWRxOENGZYCdXpRpYFJKEBrKc6YkTFf4G6JJjlnXIDvYkQVDbEwjoSYtgA2Sn5s9ZsLPVOl1a7EMCBFpTCknrfeSlLhtt_9HEwgXIEz65j_uBNf/s1600/E_PJSPminTVE-Hx4zJhyhXlyqw7-ufykEly6VW3ceJw.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeEtQUKR0e8h8llzFpJwpVuRWRxOENGZYCdXpRpYFJKEBrKc6YkTFf4G6JJjlnXIDvYkQVDbEwjoSYtgA2Sn5s9ZsLPVOl1a7EMCBFpTCknrfeSlLhtt_9HEwgXIEz65j_uBNf/s1600/E_PJSPminTVE-Hx4zJhyhXlyqw7-ufykEly6VW3ceJw.jpg" height="400" width="333" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Após a tua saída dos Inhuman continuaste ligado activamente à música?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não activamente, fiz uma outra experiência numa banda pop a tocar teclas, mas nada de sério.<br />
<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Após a experiência Inhuman, ficou um amargo de boca em relação ao que poderiam ter alcançado, dado o enorme potencial da banda?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Claro que sim. Tanto ficou que ainda fizemos outra tentativa entre 2007 e 2010.<br />
<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Considerarias um eventual regresso dos Inhuman?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Regressei em 2007 e durante algum tempo as coisas iam funcionando, mas a banda cometeu erros que ditaram novamente o fim e hoje em dia é assunto encerrado para mim. Na altura eu tinha todo um novo conceito em mente que não foi possível colocar em prática.<br />
<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC0ORsZFvfE-J_Tsfm6x4O9JCI5hF468Umcw48LPhZWJZUJnUYt84UyIHtSJl1_zDQpIwroW5ZTjKvUegARv-fSEbdgZYApzb4e72Ex7bo9FW7rGlTCkBnV1MkM6zrUMyyf3EG/s1600/O0k3ZKgle80DsFrmdk2d1T2a8y9MnWAU7BbrJmOmy-I.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC0ORsZFvfE-J_Tsfm6x4O9JCI5hF468Umcw48LPhZWJZUJnUYt84UyIHtSJl1_zDQpIwroW5ZTjKvUegARv-fSEbdgZYApzb4e72Ex7bo9FW7rGlTCkBnV1MkM6zrUMyyf3EG/s1600/O0k3ZKgle80DsFrmdk2d1T2a8y9MnWAU7BbrJmOmy-I.jpg" height="262" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Enquanto músico, sentiste um pouco aquele estigma de os próprios músicos serem os que menos discos compram de outros artistas, apesar de apelarem a que as pessoas comprem os seus próprios discos? Da tua experiência e do teu contacto com outros músicos, sentes isso ou não passa mesmo de um mito urbano?</b></div>
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<br /></div>
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Senti, é realmente uma tendência que consegui verificar quando era músico e convivia mais com outros músicos. Não é um mito urbano, é real. Acho que por vezes há a predisposição de assumir por completo outro papel na música…deixar de ser fã e passar a ser ídolo, talvez não na conotação negativa que a palavra “ídolo” tem na maioria das vezes, mas trata-se mesmo de assumir outro papel. Os músicos tendem a ficar um pouco obstinados com a sua própria música e a esquecerem, ou mesmo desvalorizarem, a dos outros.<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuJ-bptxJ99IST16NdFKakqXacczTGe7-jsVjuLbw-Tj2CNTJOvHRcbRt4q1dxP4Xs6W2BCrxZb-UnciP-Dsk8_O3JNFh6V6gXdfCuLAxOBUHjRO26Cs8v8bjDdENJhxMDx0XL/s1600/EO8Th8DlwIwFLKCS41hkwDw8E2XtqiWMsMsQg3_HO1w.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuJ-bptxJ99IST16NdFKakqXacczTGe7-jsVjuLbw-Tj2CNTJOvHRcbRt4q1dxP4Xs6W2BCrxZb-UnciP-Dsk8_O3JNFh6V6gXdfCuLAxOBUHjRO26Cs8v8bjDdENJhxMDx0XL/s1600/EO8Th8DlwIwFLKCS41hkwDw8E2XtqiWMsMsQg3_HO1w.jpg" height="263" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-86848696921562738792014-06-09T13:03:00.001+01:002014-06-09T13:59:47.382+01:00Lembram-se dos Inhuman? E do Pedro Garcia? <div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjygUYI1o9i6pfjFSzO6ZzhcLMncIULhHDPsM0c5jhXiwuVTTQIMPuaifnyG_DV9a629w-5xZ3h48a7Kv3d1JzxD3s1LOSnZ-1uQIxHu3S86KM591x1oEt7H_oKl-etXBRQUCPJ/s1600/Foto1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjygUYI1o9i6pfjFSzO6ZzhcLMncIULhHDPsM0c5jhXiwuVTTQIMPuaifnyG_DV9a629w-5xZ3h48a7Kv3d1JzxD3s1LOSnZ-1uQIxHu3S86KM591x1oEt7H_oKl-etXBRQUCPJ/s1600/Foto1.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lembram-se dos Inhuman? Banda algarvia que na segunda metade da década de 90 editou dois discos que marcaram o metal português - «Strange Desire» e «Foreshadow» - e que, durante algum tempo, alimentaram a ideia de que teríamos aqui a próxima banda a seguir o trilho de internacionalização e de sucesso dos Moonspell? Pois bem, o Pedro Garcia foi o vocalista dessa banda e com ela gravou os dois álbuns atrás citados. Foi, por isso, com grande prazer – até porque sou um admirador confesso de Inhuman e da obra que deixaram – que cheguei à fala com o Pedro, não tanto com o objectivo de dissecar a carreira de Inhuman, mas mais para conhecer um outro lado do Pedro: o de coleccionador de discos e, acima de tudo, de apaixonado por música. Obviamente que acabei por não resistir à tentação e quis saber um pouco mais sobre a sua experiência com Inhuman, mas quanto a isso teremos mais novidades dentro de dias. Para já, vamos conhecer o fã e coleccionador Pedro Garcia. </div>
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<br />
<a name='more'></a><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Contando 41 anos de idade, são cerca de 25 anos aqueles que já contabiliza como coleccionador de discos e apaixonado essencialmente pelo Metal, <b>“preferencialmente Heavy, Thrash, Death e Black, mas não sou quadrado, ouço e gosto de outros tipos de música, praticamente tudo, menos NU-metal”</b>. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quanto ao seu primeiro disco, <b>“julgo que foi Iron Maiden “Iron Maiden” ou o “Live After Death”, ambos em vinil e editados pela Emi - Valentim de Carvalho, não tenho a certeza qual dos dois foi primeiro. Tive muitos discos que me ofereceram antes (que não eram de metal), mas foi um destes dois que comprei por iniciativa própria”</b><i>. </i>Já a mais recente aquisição terá sido a estreia auto intitulada dos suecos Vampire, isto porque, confessa, <b>“adoro esta banda, umas das grandes revelações dos últimos tempos”</b>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O arrependimento é parte inevitável de quem colecciona discos e o Pedro não constitui excepção em experimentar esse sentimento amargo. <b>“ Há um que me causa alguma mágoa, o vinil “Obsessed By Cruelty” dos Sodom, julgo que o comprei em 1989 e vendi-o cerca de 1 ou 2 anos depois a um amigo, porque na altura não estava muito virado para esse som mais primitivo, preferia os Sodom do “Agent Orange”</b><i>. </i><b>Hoje em dia sinto mesmo a falta dele e parece que é difícil encontrá-lo em bom estado e a bom preço”</b><i>. </i></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo tem um começo, sendo que a relação do Pedro com a música terá começado <b>“bastante cedo, a única memória que tenho é ter 3 anos e cantar uma música sobre um canguru numa festa com muitas pessoas”</b>. Quanto a influências e (dês)encaminhadores para estas andanças, <b>“não me lembro de qualquer influência até aos 9, 10 anos, embora tivesse sempre o gosto pela música. A partir daí lembro-me de ficar fascinado ao ouvir Iron Maiden e ver aquelas capas fantásticas dos discos em vinil na casa de um colega que tinha irmãos mais velhos”</b>. O vício pegou e <b>“quando comprei o primeiro disco, com 14 ou 15 anos, já estava incluído num grupo que ouvia metal. Como não tínhamos rendimentos e os discos eram caros, quando um comprava faziam-se cópias em cassette para todos. Desta forma, todos contribuíam para a causa e todos eram tinham acesso ao que se ia comprando. A título de exemplo, começou-se a comprar Iron Maiden, WASP, Helloween e Manowar. Depois Metallica, Megadeth, Slayer, Anthrax e Testament, evoluindo depois para Celtic Frost, Sodom, Venom, Bathory, Napalm Death e Morbid Angel. Foram sem dúvida bons tempos”</b>. </div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7Xzsyc7zuI9WvF_cmTRLckywqFWieEz3hsdncvTVd6tAnUipqY8klejCdSAGH8YW5pNy5SNdWlNrwVGAPd0hiYM1aihkmiwmcQP_JvjRJzg6km78IMl-1Ci9Uloez1WZb5cw_/s1600/Foto2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7Xzsyc7zuI9WvF_cmTRLckywqFWieEz3hsdncvTVd6tAnUipqY8klejCdSAGH8YW5pNy5SNdWlNrwVGAPd0hiYM1aihkmiwmcQP_JvjRJzg6km78IMl-1Ci9Uloez1WZb5cw_/s1600/Foto2.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os anos passam mas a paixão continua. Quem o diz é o Pedro. <b>“O entusiasmo é o mesmo. Os rituais não. A música que gostava era pouco acessível na altura e explico porquê. Nos anos 80 havia 2 ou 3 lojas de discos em Portimão, onde eu morava (Silves), não havia nenhuma. Nessas 2 ou 3 lojas havia alguns discos de metal, mas nada que se pudesse comparar com lojas em Lisboa ou no Porto. Obviamente não existiam lojas online, nem nada semelhante e havia poucos felizardos que tinham família em Lisboa ou no estrangeiro para lhes trazerem grandes preciosidades. A melhor coisa que havia era a Bimotor que tinha muitos discos de metal, ainda assim numa escala bastante mais reduzida do que a loja de Lisboa. Hoje em dia é tudo mais fácil, acessível e imediato, o que torna o processo de aquisição de um disco menos mágico”</b><i>. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Paixão muitas vezes incompreendida mas, gosto de acreditar, algo exclusiva, Pedro assume que <b>“tirando poucos amigos com o mesmo vício, que entendem e partilham a mesma paixão, para os restantes é um pouco estranho e sinto que me vêem como um homem que não cresceu, que supostamente devia ter mais juízo. Parece que isto dos discos é coisa de adolescente, um homem de 40 anos como eu é visto de outra forma se pescar, caçar, jogar futebol ou andar de bicicleta. São hobbies mais normais”</b>. Ainda assim, o ritual de comprar e de dissecar um disco continua, embora a magia, segundo o Pedro, já não seja a mesma. <b>“O ideal é chegar a casa e ouvi-lo, mas com dois filhos nem sempre é possível, por isso tento apenas isolar-me, o que nem sempre é fácil, abri-lo e vê-lo. Depois aguardar pelo momento mais propício para ouvi-lo. Actualmente a surpresa também já não existe, porque normalmente consegue-se ter acesso prévio aos ficheiros em mp3 e quando se compra já se sabe o que se vai ter, aquela magia do que estava para vir, já se foi”</b><i>. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas os cuidados com os discos, esses, são para manter, embora não de uma forma obsessiva. <b>“Julgo que tenho apenas cuidados normais, com CDs (praticamente só os uso no carro), agarrá-los sem tocar na superfície de leitura, limpá-los em caso extremo de sujidade com água e/ou álcool e manejá-los com cuidado a fim de preservar as caixas/capas. Com o vinil, escovar antes de ouvir e limpá-los com líquido de limpeza, ou álcool misturado com água em caso de sujidade, mantê-los em capas plásticas e manejar sempre com cuidado”. Já em termos de organização da colecção, </b><b>“está pouco organizada porque está distribuída por vários locais, mas em cada um deles procuro ter por ordem alfabética, ou por vezes faço conjuntos dos que compro mas ainda não tive tempo de ouvir”</b><i> </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De entre os cerca de 1000 discos que contabiliza no seu espólio pessoal, considerando todos os formatos, o Pedro admite que <b>“tenho alguns vinis que para mim são especiais, todos os dos Cathedral, os primeiros de Entombed, alguns de Morbid Angel, Celtic Frost e os de Bathory”</b>. E há sempre aquelas bandas/artistas que nos são especiais e das quais procuramos ter o máximo do que vai saindo, sendo que no caso do Pedro são os Iron Maiden, Cathedral, Inquisition, Entombed, Morbid Angel, entre outras. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9FaCsRijICKz_EYyT4zW8e6LIvwkJB9qINl4hHqW4G24wQCD6Twep-jEeQY0FLFWu4-Vwzr78GrHtBvDxI9G-HnxqXK4Mj7al6G0K-R258cC-P-vS42hhfDEAAYDljVmqx2Cd/s1600/Foto3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9FaCsRijICKz_EYyT4zW8e6LIvwkJB9qINl4hHqW4G24wQCD6Twep-jEeQY0FLFWu4-Vwzr78GrHtBvDxI9G-HnxqXK4Mj7al6G0K-R258cC-P-vS42hhfDEAAYDljVmqx2Cd/s1600/Foto3.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Confessa que já não compra tanto como antes, ainda assim, por mês entram em sua casa <b>“1 ou 2 discos, mas com a crise os números tendem a diminuir”</b>, normalmente provenientes do ebay, do discogs ou das próprias editoras. Em termos de aquisições marcantes, <b>“foi há muitos anos atrás quando troquei o “Harmony Corruption” dos Napalm Death pelo “Hammerheart” dos Bathory, ambos em vinil”</b>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quanto aos discos que, independentemente do género, o Pedro nos aconselha a ouvir antes de morrermos, <b>“é difícil e varia consoante o momento, mas deve ser qualquer coisa deste género, Pink Floyd “The Wall”, Radiohead “Ok Computer”, Iron Maiden “Powerslave”, Entombed “Clandestine”, Bathory “Hammerheart”, Morbid Angel “Altars Of Madness”, Testament “The Legacy”, Paradise Lost “Gothic”, Death “Spiritual Healing”, Celtic Frost “Morbid Tales”, mas ficam muitos de fora e acho que poderia até fazer outro top de álbuns ao vivo”</b><i>. </i>Mas, se numa situação extrema fosse obrigado a escolher um e apenas um disco da sua colecção para levar consigo, o Pedro não tem muitas dúvidas: <b>“talvez o vinil de Bathory “Hammerheart”. Gosto do disco, da capa e já passei muitos momentos da minha vida a ouvi-lo”</b><i>.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quanto a esta paixão que nos une, segundo o Pedro <b>“o coleccionismo de música é um gosto não só pela música, mas também pela obra na sua componente física, que inclui capas, fotografias, letras, notas. A mim, tudo isso me fascina e valorizo bastante o facto de hoje conseguir ir tendo algumas coisas que pareciam tão distantes na adolescência, desejos que foram atravessando os anos e que me são ainda tão actuais”</b><i>.</i> Nem mais !</div>
<div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-78624645769370094382014-06-04T23:59:00.002+01:002014-06-05T00:12:38.497+01:00O bom filho à casa torna...entrevista com João Oliveira<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb3BLnnd5-GzzR6Lkgxp6zrfskdFMuPAY0SfD0NxGK59Ewo0K71_W9Dzu9eudaNeWa4Jt0vKYIDmqsgzn9S9X090QpfzVEYK4MdFVgr7_yO0w5mqWRRw7Px2mFfU6oZEUMvkPk/s1600/foto_33rpm_cds.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb3BLnnd5-GzzR6Lkgxp6zrfskdFMuPAY0SfD0NxGK59Ewo0K71_W9Dzu9eudaNeWa4Jt0vKYIDmqsgzn9S9X090QpfzVEYK4MdFVgr7_yO0w5mqWRRw7Px2mFfU6oZEUMvkPk/s1600/foto_33rpm_cds.JPG" height="400" width="300" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b><span style="font-size: large;">Cartão do Melómano </span></b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-weight: bold;">Nome: </b>João Oliveira.</div>
<div style="font-weight: bold; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Idade: </b>40 anitos.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-weight: bold;">Coleccionador há: </b>A aquisição com a intenção de ser para coleção só tem expressão a partir de 2010. Até 2010 foi um acumular aleatório de música Metal em diversos formatos (vinil, CD, Cassete, VHS, DVD, BluRay). Por isso só me considero colecionador há 2 anos.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-weight: bold;">Coração de: </b>Metal. Mas o espectro vai desde o Rock ao mais brutal do Grindcore. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Primeiro Disco: </b>Iron Maiden, “Number of the Beast”, comprado no Centro Comercial OKAY na Amadora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-weight: bold;">Último Disco: </b>Candlemass, “Psalms For The Dead”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-weight: bold;">Sonho todos os dias com:</b> O único disco que me atormenta ainda não o ter é Bathory – “Bathory” (yellow goat), mas na versão original, não nesses 10 mil bootlegs que existem a circular (risos). </div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSa_QrZj2bSS6TGydJyhhEnZW1dTeYKXt4oYbeUXJRUsHRIFIqgZqGLRgQCxp39QyGmjhBtliJS1E1lpg3ae9wty4cAS0jYQO_ySYPTAF3u_ZwiL5a-ibYipkatJ9hJoMJVzzi/s1600/candlemass_ultimo_disco_comprado.jpg"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSa_QrZj2bSS6TGydJyhhEnZW1dTeYKXt4oYbeUXJRUsHRIFIqgZqGLRgQCxp39QyGmjhBtliJS1E1lpg3ae9wty4cAS0jYQO_ySYPTAF3u_ZwiL5a-ibYipkatJ9hJoMJVzzi/s1600/candlemass_ultimo_disco_comprado.jpg" width="396" /></a></div>
<br />
<span style="font-size: large;"><b>O Inicio</b></span><br />
<br />
<b>Qual o teu primeiro contacto com a música?</b><br />
<br />
Primeiro contacto que tenho memória foi em finais de 70, por motivos profissionais o meu pai passava horas ao volante a fazer viagens de norte a sul. Na altura ainda se ouvia cassetes de cartucho ;), e claro, de música tradicional portuguesa.<br />
<br />
<b>No início houve alguém que te influenciou ou foste tu próprio que ganhaste este gosto especial de ouvir música?</b><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
O gosto pela música nasce no inicio da juventude, claro que a influência surge dos amigos da escola, dos primos e familiares em casa, ou eu próprio também seria uma influência para todos eles com as descobertas que ía fazendo e, de certo modo, partilhando entre todos. Em 81-82 já não passava sem hard rock ... ;).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>E o teu primeiro disco, como foi essa memória e o que representou na altura?</b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O meu primeiro disco foi Iron Maiden-The Number Of The Beast. Na altura o único impacto que teve foi eu ficar sem almoços e lanches durante umas semanas. Estávamos na década de 80, os papás e as mamãs não tinham dinheiro para os filhotes gastarem em entretimento como hoje em dia, quem quisesse ter algo tinha que poupar dinheiro primeiro. Como o único dinheiro que via era o que me davam para os almoços e lanches na escola (e mais algum nos aniversários, Natal, etc), era com esse mesmo dinheiro que tinha que gerir as compras dos tão sagrados discos e fazer a viagem a Lisboa (quando não se fugia ao pica) às discotecas Motor, Palladium e à outra perto da saída do metro da Rotunda, a qual não me recordo do nome. Agora esse mesmo disco é guardado com um sentimento nostálgico indescritível.</div>
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<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisa3LVVowjtMID9BExuoIJsFGBuD_lB7Xv3VYqZ5mQpDq27Cbi54wW23xNY9JO6ib0O4Q8oUEHTqS75f8VXCD1EEREYHBG1b4NCHWUI-rpOlo6dxLScXvWQg08G-B3jRwnIRzs/s1600/iron_maiden_primeiro_disco_comprado.jpg"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisa3LVVowjtMID9BExuoIJsFGBuD_lB7Xv3VYqZ5mQpDq27Cbi54wW23xNY9JO6ib0O4Q8oUEHTqS75f8VXCD1EEREYHBG1b4NCHWUI-rpOlo6dxLScXvWQg08G-B3jRwnIRzs/s1600/iron_maiden_primeiro_disco_comprado.jpg" width="177" /></a></div>
<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;">A paixão</span></b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>O modo como vês e sentes a música mudou muito ao longo dos tempos?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Num modo geral não. Ao longo de todos estes anos nunca consegui viver sem música, apesar de durante mais de uma década o género musical mais ouvido não ter sido o que alimenta a minha maior paixão musical. Num modo mais especifico do Metal, sim, há evoluções musicais que puxam pela nossa adaptação à música. No entanto esta adaptação tem limites :).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Como é que as pessoas que te rodeiam e que conhecem esta tua paixão vêem o facto de teres tantos discos e itens relacionados com música?</b></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto que vêem o meu fanatismo da mesma forma que eu os vejo gastar dinheiro em viagens para se esticarem ao Sol numa qualquer praia a 5000km de Portugal, ou a comprar um qualquer carro topo de gama e ficarem empenhados mensalmente até aos pelinhos mais pequeninos :).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>Compras um disco e quando chegas a casa qual é o teu ritual</b>?</b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
A análise de tudo o que há para ver na capa, no booklet, no inner sleeve, toda a informação que há para absorver da edição que está nas mãos... e claro colocar o lindo do disco a debitar as frequências sonoras :)</div>
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<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjygBVlRTEFVaw59UDyU_EGy_e2IpDbH5n0iI0iK0et2t-Gf77UbDLAIsRcN3yBqZTqvp6f-yCfEczlJD-_wH3MraMkFoIGbHgbP29RnKZZYaalwL94c_0pfBXCNMHndEJTpqZf/s1600/helloween_dr_stein_EP_edicao_muito_curiosa.jpg"><img border="0" height="378" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjygBVlRTEFVaw59UDyU_EGy_e2IpDbH5n0iI0iK0et2t-Gf77UbDLAIsRcN3yBqZTqvp6f-yCfEczlJD-_wH3MraMkFoIGbHgbP29RnKZZYaalwL94c_0pfBXCNMHndEJTpqZf/s1600/helloween_dr_stein_EP_edicao_muito_curiosa.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Tens algum cuidado em especial que queiras partilhar sobre limpeza e conservação dos discos? </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Penso que os cuidados são os mesmos que todos utilizam. Manter os discos na vertical e mantê-los limpinhos no interior. Nada de dedinhos sobre as faixas, sempre o mínimo contacto possivel no ouro sagrado. Quanto à parte de mantê-los dentro de capas plásticas, aí sou um pouco desleixado, são raros os que estão nas capas plásticas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>De que forma organizas e arquivas a tua colecção?</b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Fisicamente está arquivada por ordem alfabética dos artistas/grupos. É a forma mais rápida que encontro para identificar o album que procuro. Nos últimos tempos tenho também tentado criar uma lista da minha colecção com recurso a uma base de dados online. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>Quantos discos tens no total, considerando todos os formatos físicos?</b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Para ser sincero não sei o número exacto. Nunca contei, nunca tentei contar, nunca tive interesse em medir a ........ :). Mas sem qualquer dúvida algo muito próximo das 4000 edições (vinil, cd, vhs, dvd, bluray e cassete).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>Qual é o item ou os itens que mais destacarias da tua colecção seja pelo afecto que representa, seja pelo próprio valor comercial ou em termos de raridade?</b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Há uns quantos itens que hoje em dia marcam-me emocionalmente porque fazem os marcos na história no meu envolvimento com o Heavy Metal. Incontornável claro, o primeiro disco que comprei (Iron Maiden-Number of the Beast). A primeira edição underground que comprei, (Thormenthor-Self Immolation demo-tape). O disco de Minotaur (Power of Darkness) comprado à banda quando eles passaram por cá num concerto no Poço do Bispo. A primeira contribuição para o mundo metálico (Dark Mist-Behind A Black Curtain demo-tape). Duas edições que considero de uma originalidade muito elevada (para a época claro): Helloween-Dr Stein (gimmick gatefold) e Possessed-Beyond the Gates.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTZqtInvlvCRMKJfqTKyC8JWAC0ilg8DKWdAXCIAJ8dbrrccEHTLm1aVP_PPdzAG1O3oCwIAAtw9z3c0GI_w8-aVMUUYZlt6FZT4o-jZwypA4F5bbg6cbLsoUMzx0wangH8TGh/s1600/thormenthor_primeira_edicao_underground.jpg"><img border="0" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTZqtInvlvCRMKJfqTKyC8JWAC0ilg8DKWdAXCIAJ8dbrrccEHTLm1aVP_PPdzAG1O3oCwIAAtw9z3c0GI_w8-aVMUUYZlt6FZT4o-jZwypA4F5bbg6cbLsoUMzx0wangH8TGh/s1600/thormenthor_primeira_edicao_underground.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<b>Alguma vez perdeste a cabeça a nível monetário na aquisição de um disco? Qual o valor que gastaste?</b></div>
<div>
Já ... muito dinheiro ... este (vê foto: Morbid Angel-Blessed Are The sick)<br />
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<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitdbXJPowlNyKOjgvP9uuS3-xJS5IFthDmsv8d4shIVfLlcz6cQoC_i8tQPSpgRQsrz8RzO-gRvxhL7qxySgdute4XrPAachhE2l7WL4lchUfd94USWUogFy6JDHIN8oT46EjH/s1600/morbid_angel_disco_mais_caro.jpg"><img border="0" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitdbXJPowlNyKOjgvP9uuS3-xJS5IFthDmsv8d4shIVfLlcz6cQoC_i8tQPSpgRQsrz8RzO-gRvxhL7qxySgdute4XrPAachhE2l7WL4lchUfd94USWUogFy6JDHIN8oT46EjH/s1600/morbid_angel_disco_mais_caro.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Tens alguma banda em particular que tentas ter, não só os álbuns oficiais, mas também singles, ep´s, maxis e bootlegs?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não tenho nenhuma banda em particular, no entanto tento conseguir face ao orçamento disponível as edições de bandas como Candlemass, Bolt Thrower, Amon Amarth, Pungent Stench, My Dying Bride, Paradise Lost, Morbid Angel, Therion.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Em média, quantos discos compras por mês?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depende das edições novas que saem, porque essas consomem mais recursos monetários que as edições antigas/usadas. Este ano de 2012 tem sido quase sempre edições/re-edições novas, porque tem saído muito boas edições. Quantitivamente apontaria para umas 25-30 edições (vinis) por mês.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUJQtd1aTiou8IebRK4ZgwjVbDajWpOQlolLwOXN4VsHWz3NNs0jaM4_RLj5moPXR7X7l3MBNURE_B4iaofIIvj2LkrQh54RV4_bx_hsDtFUXSGr-kvDCLRuW2qbghyB4SS9Py/s1600/helloween_part_1.jpg"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUJQtd1aTiou8IebRK4ZgwjVbDajWpOQlolLwOXN4VsHWz3NNs0jaM4_RLj5moPXR7X7l3MBNURE_B4iaofIIvj2LkrQh54RV4_bx_hsDtFUXSGr-kvDCLRuW2qbghyB4SS9Py/s1600/helloween_part_1.jpg" width="299" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>Onde costumas adquirir os teus discos?</b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Mailorder, pre-order directo das editoras/bandas. Ebay e amazon também fazem parte das "fontes". E volta e não volta faço uma visita ao Luis Lamelas ali nas Galerias S. Jorge (Amadora). :) </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>Qual o local mais improvável onde adquiriste discos?</b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estar de viagem de férias a Paris, ao passar num mercado saltou-me aos olhos um vinil. Acabei por comprar dois.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A(s) melhor (es) aquisição (ões) de sempre, aquele dia glorioso em que voltamos para casa ainda a nos beliscar se realmente aconteceu?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Qualquer aquisição tem sempre o seu momento especial. Ao longo deste anos claro que tenho tido muitos momentos de borboletas na barriga, quer na espera pela edição, quer quando chega às minhas mãos e começo a abrir a embalagem. Mas num passado muito recente a experiência passou pelo EP: Kreator-Phantom Antichrist EP. Dou comigo muitas vezes a idolatrar aqueles dois EPs :).</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPGLZNioyncS4SbVcQ1KVjOMyP3ds5WFpsW_1I7TywXu8gmJDPDNsqgUrEeSDTwRdpAOXYTjQBGjAcFRm1S27PsM1wG01J0P-TM3kGSPGQZsk7BMT88bA9hTa4W-70Ebe9vB6C/s1600/kreator_phantom_antichrist_EP.jpg"><img border="0" height="302" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPGLZNioyncS4SbVcQ1KVjOMyP3ds5WFpsW_1I7TywXu8gmJDPDNsqgUrEeSDTwRdpAOXYTjQBGjAcFRm1S27PsM1wG01J0P-TM3kGSPGQZsk7BMT88bA9hTa4W-70Ebe9vB6C/s1600/kreator_phantom_antichrist_EP.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>Qual é o teu Top dos melhores discos de sempre, aqueles que independentemente do género aconselhas todos a ouvir antes de morrermos pelo menos uma vez?</b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A minha paixão vive no Metal, logo abums mais antigos como Led Zeppelin dos Led Zeppelin, Machine Head dos Deep Purple, Paranoid dos Black Sabbath, 2112 dos Rush ou mesmo Dark Side of The Moon dos Pink Floyd e Incantations de Mike Oldfield são incontornaveis. Numa era mais recente já vincada no puro Heavy Metal, albuns como Aces of Spades-Motorhead, Black Metal-Venom, Powerslave-Iron Maiden são brutais e autênticos marcos históricos do Heavy Metal. Claro que depois podia criar uma lista interminável, pois existe muito boa música digna de ser ouvida pelo vasto expectro dos sub-géneros do Heavy Metal, exemplo; Pleasure to Kill-Kreator, Masters Of Puppets-Metallica, Reign in Blood-Slayer, Walls of Jericho-Helloween, Obsessed By Cruelty-Sodom, Left Hand Path-Entombed, Altars of Madness-Morbid Angel, Scum-Napalm Death, Gothic-Paradise Lost, The Angel and The Dark River-My Dying Bride, Bathory-Bathory, Under Funeral Moon-Darkthrone, The Principle Of Evil Made Flesh-Cradle Of Filth, Warmaster-Bolt Thrower, Heart Of The Ages-In The Woods, Always-The Gathering, enfim ... imensos :). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC9Yksn2uc6_kDIne2S2tZ7uhfx-6ulswrhGiY8xUVPFVi2DFfoByEGzVNHGVnTP31deQKh5Xemo_rQsehb-jMk2Kl8Fj4X8Ic88-CvGGEIWepY3edmobDkDCMK5VFuq5iEy63/s1600/morbid_angel.jpg"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC9Yksn2uc6_kDIne2S2tZ7uhfx-6ulswrhGiY8xUVPFVi2DFfoByEGzVNHGVnTP31deQKh5Xemo_rQsehb-jMk2Kl8Fj4X8Ic88-CvGGEIWepY3edmobDkDCMK5VFuq5iEy63/s1600/morbid_angel.jpg" width="339" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Sei que abrandaste durante uns anos este teu ímpeto colecionista. O que levou a essa pausa? O bichinho ficou por aí e acabou por falar mais alto…Parece algo que não controlamos, não achas?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De facto após a universidade, em finais de 90, ouve um ligeiro afastamento do mundo do Metal. As saídas com os amigos à noite, as sonoridades dos ambientes nocturnos, o manter dessa cultura musical electrónica levaram a um desligar do mundo do Metal. Entrei assim num periodo sabático em relação ao Metal que foi prolongado anos mais tarde com casamento, vida profissional muito activa e muitas outras condicionantes da vida. Fiquei assim durante praticamente uma década um pouco afastado activamente dos meandros do Metal e de armazenar edições. Mas sim, o gosto pelo Metal nunca saiu, já deve fazer parte da minha circulação sanguínea, foi como uma qualquer injecção que se apanha na infância, nunca mais saiu. lol</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>Durante a década de 90 estiveste ligado a uma importante distribuidora underground. Que memórias guardas desse tempo e o que achas que conseguiram mudar no metal em Portugal? O que mudou entretanto? </b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Heh. Estavamos no ano de 1993 quando eu e o Luis Simões (também tem uma colecção muito interessante :) ), na altura colegas de turma na universidade, decidimos fazer algo diferente das famosas listas tape-trading que existiam na altura. Já nessa época, 70% dos discos que comprava vinham de fora do país, e influenciado pelo catálogo da Nuclear Blast, decidi criar a JL - distro. Passado meia dúzia de meses, depois de notar que a distribuidora oficial da Osmose Productions para terras do uncle sam também se chamava JL, mudou-se o nome para Lusitanian Distro. Em 1995 com o lançamento da primeira edição criou-se o nome Lusitanian Music. Seguiram-se uns anos dos quais me orgulho bastante por de certa forma disponibilizar ao pessoal metálico do profundo interior de Portugal e ilhas imensos títulos a preços 30-40% mais reduzidos que nas lojas da altura. Nessa época pre-Musica Alternativa, raras eram as edições de topo de Death Metal que chegavam a Portugal. Também durante esses anos a contribuição foi muito intensa noutras áreas mais promocionais, com elaboração de booklets, flyers, bios, promo-sheets, promo-tapes, para editoras e bandas como por exemplo: Abstract Emotions, Solistitium Records, No Colour Records, Shiver Records, Desire, Det Hedenske Folk, Vargariket, Desire, In Tha Umbra, Funeral Cult e um infindável número de outras entidades ligadas ao underground metálico da época. Mais tarde surge talvez o maior legado que deixei (até hoje) no metal underground nacional, a edição de dois números da Hipocrene Mag. Foi a primeira tentativa em Portugal de fazer uma publicação com impressão em gráfica e a cores, com conteúdos da cena internacional e nacional, entrevistas sérias, com conteúdo em vez de expôr somente as bios das bandas ou entrevistas clichés e vazias. O objectivo era ser uma distribuição grátis. Claro que apesar da ajuda editorial no primeiro número do Daniel Marújo, e no segundo número do Luis Pedro (Entulho informativo), havia a componente financeira que era 100% suportada por mim. Esta componente ao terceiro número passou a ser incomportável, falta de apoios, foi a morte do projecto. Ficaram na gaveta (as quais ainda guardo religiosamente) entrevistas a Paradise Lost, Samael, My Dying Bride, Entombed, Necromantia e mais algumas.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYk9oEo-blqlaNaEkmrtnUeKnbCfB0FWEtHgR4hBxc6tezL5Rp2DY0Iw8xXbdLGFEMQcQD0IZvV-Hy9jMjgqEVE8zIMPM4iimBxwZYo9hUxzYi3vkAK4UDuTyJDstT7OLTZUI2/s1600/edicoes_hipocrene.jpg"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYk9oEo-blqlaNaEkmrtnUeKnbCfB0FWEtHgR4hBxc6tezL5Rp2DY0Iw8xXbdLGFEMQcQD0IZvV-Hy9jMjgqEVE8zIMPM4iimBxwZYo9hUxzYi3vkAK4UDuTyJDstT7OLTZUI2/s1600/edicoes_hipocrene.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>A tua colecção, apesar de maioritariamente estar focada no metal, abrange as suas mais diversas vertentes e revela-se bastante heterogénea. Há algum subgénero dentro do metal ao qual dediques uma atenção especial?</b></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
Posso dizer que há uns subgéneros aos quais não dedico em nada a minha atenção. Costumo chamar-lhe o metal dos pulinhos, dos riffs guitarra aos solavancos, não entra no meu crânio. Gosto muito do velho tradicional speed e thrash dos finais dos anos 80 e do muito bom Death Metal do inicio dos anos 90 (felizmente hoje em dia ainda há bandas a fazer muito boa musica). Adoro os sons melancólicos dos três deuses britânicos (Anathema, Paradise Lost e My Dying Bride). E não consigo dizer não, ao Black Metal, não como forma de estar ou radicalismos associados, mas ao Metal tocado por essas bandas, sejam elas Northern ou Southern, grind ou suicide ;).</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzACcPjVBG6f5Q-3o5g4zb7RGojZqgMHMXEPnuP5pMdlqBv7UoaqVxwY7SgL4_EMET4ptsom5Uim2QbnE_sdQZe5b_MDfjnYOB18CoR_KFVrm9mJyYZ91qy9bhdWCMELT0pIs9/s1600/paradise_lost.JPG"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzACcPjVBG6f5Q-3o5g4zb7RGojZqgMHMXEPnuP5pMdlqBv7UoaqVxwY7SgL4_EMET4ptsom5Uim2QbnE_sdQZe5b_MDfjnYOB18CoR_KFVrm9mJyYZ91qy9bhdWCMELT0pIs9/s1600/paradise_lost.JPG" width="327" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Focas-te igualmente muito em bandas e discos dos anos 90. Foi aí que cresceste enquanto ouvinte? </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fins anos 80 e inícios de anos 90, foram talvez os melhores anos do Speed / Thrash / Death metal. É aí que me sinto melhor sem dúvida. Bandas como Iron Maiden, Slayer, Metallica, Kreator, Candlemass, Running Wild, Helloween, Over Kill, Exodus, Carcass, Entombed, Bolt Thrower, Unleashed, Gorefest, Dismember, Pungent Stench, Benediction. Mas as raízes estão entranhadas desde 1982-83, foi na primeira metade de 80 que cresci a ouvir Metal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoi7tGa9or4B15BCasBLkUTcY3ASTPZpEMaJpNoIptRAx7sGw256RhzIDOlEdZF90RSxr9LVFU2eyN99IxUNuMDX44tvFOCnivs4jPLMIiI-tzX41K-xnSVCHhNOxknF7kWzzW/s1600/pungent_stench.jpg"><img border="0" height="304" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoi7tGa9or4B15BCasBLkUTcY3ASTPZpEMaJpNoIptRAx7sGw256RhzIDOlEdZF90RSxr9LVFU2eyN99IxUNuMDX44tvFOCnivs4jPLMIiI-tzX41K-xnSVCHhNOxknF7kWzzW/s1600/pungent_stench.jpg" width="400" /></a> </div>
<br />
<b><span style="font-size: large;">Preferências...</span></b><br />
<br />
<b>Vinil, CD ou Cassete?</b><br />
<br />
Vinil.<br />
<br />
<b>Vinil preto ou colorido?</b><br />
<br />
Preto.<br />
<br />
<b>Picture Disc ou 180gramas?</b><br />
<br />
180 gramas, mas os pictures-dics são mais lindos :)<br />
<br />
<b>Gatefold ou capa Simples?</b></div>
<div>
<b><br /></b>Gatefold sempre, o artwork é mais apetitoso.<br />
<br />
<b>Formato 12” , 10” ou 7”?</b></div>
<div>
<b><br /></b>12''. Mas os 7'' são mais sexys.<br />
<br />
<b>Jewelcase ou Digipack?</b><br />
<br />
Digipack.<br />
<br />
<b>Primeira prensagem ou reedição luxuosa?</b><br />
<br />
Ambas, cada qual tem o seu particular interesse. Apenas não gosto das reedição que não oferecem nada de novo.<br />
<br />
<b>Lojas físicas ou Internet?</b><br />
<br />
Internet.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwj8maKXhabF2LvpTe4geOp-fDoqbOGY9Jt5Dw0LF84sWrQqrCVqk3ACw0i_SefiTdAMtqteX3XeEn2EKBpU-dhKoKYe2GG0SwtbDNWiZfyTPBrqmMJlCM-ladN7zK4MLULQvR/s1600/possessed.jpg"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwj8maKXhabF2LvpTe4geOp-fDoqbOGY9Jt5Dw0LF84sWrQqrCVqk3ACw0i_SefiTdAMtqteX3XeEn2EKBpU-dhKoKYe2GG0SwtbDNWiZfyTPBrqmMJlCM-ladN7zK4MLULQvR/s1600/possessed.jpg" width="330" /></a> </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: large;">Saída de Áudio</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>E para ouvires os teus discos, que artilharia pesada utilizas?</b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não é muito pesada, excepto o amplificador (just kidding). Agora a sério, é tudo material muito antigo, à excepção do pre-amp que comprei no ano passado (o Cambridge audio que tinha não dava para usar usb ao PC). O leitor de CD tenho desde 1989 (à conta do CD Morbid Angel-Altars of Madness, pois trazia faixas bonus em relação vinil, manias dos finais dos anos 80):</div>
<div style="text-align: justify;">
Prato: Rega Planar 2 com célula Rega Elys</div>
<div style="text-align: justify;">
Pre-amp: Project Phono Box V</div>
<div style="text-align: justify;">
Amplificador: Pioneer VSX-405 MkII</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Leitor CD: Pioneer PD-S502</div>
<div style="text-align: justify;">
Leitor Cassete: Pioneer CT-W505R</div>
<div style="text-align: justify;">
Colunas: B&W 601 S3 + Subwoofer B&W 608</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>Tens o teu lado audiófilo ao nível do HI-Fi ou apenas gostas de ouvir musica desde que soe bem sem te preocupares muito com a busca do som ideal?</b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho um pouco de audiófilo comigo, mas não quando as sonoridades estão no campo do Metal. Estamos a falar de música que ela própria já contém distorção por natureza, algumas das produções são muito miseráveis (é um género musical muito pobre, no que respeita a aluguer de estúdios e condições de gravação / produção de albuns, etc), nada comparável a jazz ou clássica. Desde que ouça as frequências, baixas e altas, e não tenha os mids a parecerem uma grafonola da feira, já está perfeito ;).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>Há algum instrumento que te cative mais quando estás a ouvir musica?</b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
A bateria ...</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
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<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Tocas ou gostarias de aprender a tocar algum instrumento?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Arranho bateria ... infelizmente nunca desenvolvi o meu gosto, como muita pena, uma vez que adoro e dedico tanto à musica.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: large;">Ao vivo</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>Primeiro concerto?</b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O primeirinho ... foi com os meus primos no Dramático de Cascais na tour do Powerslave de Iron Maiden. Prenda de anos dos meus tios quase meia dúzia de dias de fazer 14 anitos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>Melhor concerto de sempre?</b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ora esta questão não é fácil. Sou tentado a invocar os primeiros concertos dos anos 80 no Dramático de Cascais, ou mesmo as Tardes Metálicas do Rock Rendez Vous que mostrou tantas bandas nacionais e internacionais ao pessoal na década de 80. Mas por uma questão de ser talvez o concerto que mais me tocou emocionalmente na altura, Paradise Lost no Belenenses em 1994.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
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<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Concerto de sonho?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Contento-me com pouco, bastava ter Amon Amarth + Bolt Thrower no mesmo cartaz.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>Que banda gostarias de ver ao vivo e que já não vai ser possível?</b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Type O'Negative.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Literatura</b></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>Tens por hábito comprar livros, revistas ou fanzines de música? Qual a tua publicação favorita?</b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje em dia a literatura anda escassa, no fundo a internet fornece-nos a informação de que vai acontecer, esta a acontecer e aconteceu quase em tempo real. Publicação favorita continua a ser a Metal Hammer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>O que lês neste momento e o que aconselhas?</b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Neste momento não leio nada de relevante, apenas duas revistas rock hard (Abril e Junho).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>Tenta definir o que te vai na alma por escrito sobre esta nossa paixão? (últimas palavras, tema livre fala do que quiseres)</b></b></div>
<b>
</b>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É de louvar a inciativa de criar um espaço como este. Sem dúvida um espaço a não perder de vista porque vai ser interessante vêr que afinal há mais pessoas que amam a música de uma forma verdadeiramente incansável e apaixonada, independentemente do estilo musical, da idade ou do formato fisico, apesar que o vinil será sempre eterno. </div>
<br />
<div style="text-align: center;">
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<br />
<br /></div>
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Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-36602451680892798112014-06-02T23:40:00.000+01:002014-06-04T00:20:03.500+01:00O lado extremo de João Caldeira<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglczVJQm5oU3OSC0yYhnCy9gs5zLMJteODaDZh8gDJC7IVmb-HOXYPTsx0JFllfDSTp4XZcjltBxwtWT3Y-4pF7xwNARKkr1cABdWhU00KH-rCcNWjCL2du-P965AddPfZN3Hf/s1600/Envio+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglczVJQm5oU3OSC0yYhnCy9gs5zLMJteODaDZh8gDJC7IVmb-HOXYPTsx0JFllfDSTp4XZcjltBxwtWT3Y-4pF7xwNARKkr1cABdWhU00KH-rCcNWjCL2du-P965AddPfZN3Hf/s1600/Envio+3.jpg" height="400" width="300" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Nome:</strong> João Caldeira<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Idade:</strong> 35<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Coleccionador há:</strong> Desde a juventude que gasto dinheiro em música, mas coleccionar mesmo só uns anos mais tarde é que comecei a olhar para isto de outra forma.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Coração de:</strong> Leão..(risos)…agora mais a sério, gosto sobretudo de música extrema, rótulo que costumo usar para descrever aquilo que mais ouço e mais me agrada que vai desde o Black-Metal, Death-Metal, Sludge e coisas assim, mas não me fico só por ai.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Primeiro Disco:</strong> Os primeiros álbuns que comprei em formato físico mesmo acho que foram o “World Demise” de Obituary o “Dirt” de Alice In Chains e o mcd “The Grotesque” de Benediction. Antes e depois era mais a febre do tape-trading, nessa altura chegava a receber duas a três TDK ou Sony por dia vindas de todo o pais e de fora de Portugal. Não dava para mais e no sítio onde moro era complicado encontrar material. Para além do mais, estamos a falar de um puto no secundário com uma mesada muito estranha, mas acredito que o tal bichinho nasceu aqui com certos sacrifícios que se faziam, alguns até incluíam gastar o dinheiro dos almoços da escola, para comprar as tapes. Estas coisas vistas com esta distância podem parecer parvas, mas era mesmo o que acontecia. Nos dias de hoje é tudo fácil e o pessoal deixou de ter aquele afeto pelas coisas e passou-se a consumir desenfreadamente, o que leva a que muita coisa não tenha aquele sentido “mistico” e até mesmo eu por vezes acabo por cair nessa armadilha e só passado uns tempos e que digo “epah isto merecia ter tido um pouco mais de atenção”.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Último Disco:</strong> Sonne Adam-“The Sun Dead “(7´) e The Great Old Ones-“Al Azif”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Sonho todos os dias com:</strong> Hum, não sou muito sonhador nesse sentido, existem álbuns que gostaria de ter, mas nos dias de hoje com a febre das primeiras edições e tanta pirataria nunca se sabe bem aquilo que se está a comprar por vezes..e depois existem sítios por esse mundo fora que se divertem a tentar enganar o pessoal, é triste mas existem cromos que tentam ganhar a vida assim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br />
<a name='more'></a><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>O INÍCIO…</strong><br />
<strong><br /></strong></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Qual o teu primeiro contacto com a música?</strong><br />
<strong><br /></strong></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
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Não sei bem, mas quando era puto adorava os riffs do “Summer of 69” e o “Run To You” do Bryan Adams. Ok pode parecer azeiteiro mas aquilo para mim na altura era o máximo dos máximos! Depois claro, a outra coisa marada que foi a explosão dos Europe..nunca tive nada deles mas cada vez que apanhava as musicas na radio ou tv ficava sempre com as orelhas no ar.</div>
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<br /></div>
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<strong>No inico houve alguém que te influenciou ou foste tu próprio que ganhaste este gosto especial de ouvir música?</strong></div>
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<br /></div>
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Na escola onde estudava também andava um rapaz com aspeto assim meio pró metal e achava aquilo curioso, a maneira de vestir e tal, mas lá no fundo nunca me aproximei muito, tentei descobrir as coisas por mim mesmo e o que raio eram aqueles “M” e “A´s” com aquela coisa meio seta no fim e as duas palavras magicas que o gajo escrevia tanto nos cadernos, uns tais de Iron Maiden. Não foi fácil encontrar o som total, mas lá descobri o que era aquilo e lá arranjei uma tape com material de Metallica, Slayer, Anthrax, Manowar e Maiden, que rodou e rodou até a fita se embrulhar toda..e pararam também as parvoíces de dizer que gostava de New Kids On The Block só por causa de uma paixoneta com uma miudita do secundário. A partir daqui tornou-se quase uma paranóia e queria saber mais e mais até que tudo mudou numa visita a Tomar a casa de um familiar. O vizinho estranho e filho do senhorio da casa desse meu familiar um pouco mais velho veio um dia até a casa com os pais e viu a minha t-shirt de Metallica, daquelas com estampado todo manhoso que se compravam nas feiras (sim feiras lol) e perguntou-me se gostava daquilo. Eu fiquei meio atrapalhado e disse que sim, que gostava de algumas coisas. Ele então responde que mais tarde me levava umas coisas para ouvir e ver e fiquei meio naquela..um misto de curiosidade e vergonha, mas quando o moço lá aparece passado um dia com alguns álbuns de Maiden, quase me vieram as lágrimas aos olhos! Primeiro porque fiquei com uma inveja tremenda, e segundo a personagem teve a delicadeza de me gravar alguns álbuns, só me pediu para lhe dar as tapes..algo que daquilo que me lembro devo ter obrigado a família a comprá-las. Ver a capa do “Live After Death” ali à frente com o Eddie e o resto das coisas…! Bem, a partir daqui tudo mudou…e piorou depois com as coisas que os senhores António Sérgio, Gustavo Vidal e Luís Filipe Barros mostravam na radio na altura, bem como alguns programas como o Purgatório Metálico da Covilhã, um outro de Abrantes que nem me recordo o nome, um outro de Almeirim que apanhava só na casa dos meus avos e que se chamava Fogo no Gelo ou algo assim. Depois vieram as fanzines e a troca de correspondência à pala de coisas como o velho Blitz ou revistas de teenagers da altura, que resultavam nesta troca de ideias. Ainda tenho algumas cartas desses tempos guardadas junto com os flyers que se recebiam. Á pala destas conversas escritas, acabei empurrado para o lado mais obscuro e tudo volta a mudar. Bandas que se ouviam até aqui deixavam de fazer quase qualquer sentido e apenas me interessava por coisas ainda mais estranhas, maléficas, caóticas mas que transportava consigo algo bem mais complexo que uma simples sonoridade musical…assim cresce o gosto por bandas de Death-Metal, Black-Metal e sempre com uma vontade louca de descobrir mais e mais e tentar estar a par daquilo que se estava a fazer tanto a nível nacional como lá fora, ideais que se mantêm até hoje com o mesmo fascínio e vontade de descobrir..!<br />
<br /></div>
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</div>
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<strong>E o teu primeiro disco, como foi essa memória e o que representou na altura?</strong></div>
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<br /></div>
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Não guardo memórias especiais.</div>
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<br /></div>
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<strong>Ainda tens esse disco?</strong></div>
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<br />
Dos que falei, e penso terem sido os primeiros à seria, ainda tenho o “Dirt” de Alice In Chains que continua a ser, na minha opinião, um dos álbuns mais perfeitos até hoje.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSPSJIww7Hm8Ahi8Mf0aJfwM4JURs3_ZU0jVqSAtpTDu3teEtcq4cvvkZL-_tjuv9Y0KFVAlWAGyfhFJq8mgUveYxI4kXovgCpy3puMYP-YrCfxZeUuPQrlXv2zmN7E0M_AbKD/s1600/Envio+4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSPSJIww7Hm8Ahi8Mf0aJfwM4JURs3_ZU0jVqSAtpTDu3teEtcq4cvvkZL-_tjuv9Y0KFVAlWAGyfhFJq8mgUveYxI4kXovgCpy3puMYP-YrCfxZeUuPQrlXv2zmN7E0M_AbKD/s1600/Envio+4.jpg" height="400" width="236" /></a></div>
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<strong><br /></strong>
<strong>A PAIXÃO…</strong></div>
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<br /></div>
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<strong>O modo como vês e sentes a música mudou muito ao longo dos tempos?</strong></div>
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<br />
A música continuo a vê-la da mesma forma como quando comecei, ou seja, sempre a tentar saber mais e mais, ouvir e tentar acompanhar o que vai saindo. Mas naturalmente que as coisas mudaram e hoje em dia é tudo fácil, por vezes até demais. Por falar nisso, e apesar de ser um bocado contra o bloqueio da partilha através da Internet ( que para mim não é mais que uma espécie de tape-trading, retocada aos nossos dias ainda mais numa Era da comunicação global), o fecho de alguns servidores veio trazer ligeiramente um pouco daquele sabor bem lixado de querer encontrar algo e não se conseguir. Ainda há dias andei à procura de um álbum antigo e aquilo que bem há pouco tempo era um trabalho de putos, transformou-se quase numa epopeia de contornos quase trágicos…(risos). Em relação à música propriamente dita, o que se está a passar agora é mais um ciclo dentro do circulo e um retrocesso àquilo que se fazia no passado. Basta ver aquilo que bandas como Ghost têm conseguido. Mas não só, existe também esta espécie de reanimação nuclear do velho Thrash, o Death-Metal está a seguir pelo mesmo rumo etc. e depois convém salientar o outro lado que é a sonoridade meio hibrida que algumas bandas tão bem conseguiram unir, como o caso do Post-Rock que veio dar uma nova dinâmica a estilos como o Sludge ou até mesmo o Black-Metal. Bandas boas continuam a existir e melhor, muitas delas não têm receio de arriscar, destruir ou polir as suas fórmulas…se resulta ou não estamos cá para tentar compreender. Toda a música vive de ciclos e fórmulas umas mais explícitas que outras, mas aquilo que ontem era uma idiotice, amanhã pode ser a next-big thing, bem como o contrário, e temos exemplos claros disso. O mais importante para mim é tentar encontrar algo que nos identifique com aquilo que ouvimos, nada mais interessa na minha opinião.</div>
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<br /></div>
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<strong>Como é que as pessoas que te rodeiam e que conhecem esta tua paixão vêem o facto de teres tantos discos e itens relacionados com música?</strong></div>
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<br /></div>
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Moro no interior e poucas pessoas conhecem a minha colecção, apenas família e amigos próximos. Nem ligo muito a isso, é algo como aquele programa da TSF “Pessoal e Intrasmissivel”, ninguém tem nada com isso, mas muita gente continua a ver-me meio de lado por gostar de me vestir de preto e tal. Alguns até devem julgar que pertenço a alguma seita apocalítica ou algo do género (risos), mas sinceramente don´t give a fuck, não devo explicações a ninguém e como também não gosto de julgar os outros, também gosto que me respeitem. Se não gostam sigam o seu caminho que eu sigo o meu.</div>
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<br /></div>
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<strong>Compras um disco e quando chegas a casa qual é o teu ritual?</strong></div>
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<br /></div>
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Nos dias de hoje, tirando alguns títulos, só compro aquilo que gosto, ao longo dos anos já apanhei alguns barretes brutais (ex: olá Kreator ou Paradise Lost ) para ter juizinho nestes tempos de crise, mas continuo a adorar abrir aqueles packs e depois ficar a olhar para o artwork da coisa, que é algo a que continuo a dar bastante importância ás vezes (não sou do tipo de comprar algo somente pela capa, embora já o tenha feito no passado ), e hoje em dia estranhamente as bandas começaram a aprumar-se mais no sentido estético da coisa ,o que me agrada bastante diga-se.</div>
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<br /></div>
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<strong>Tens algum cuidado em especial que queiras partilhar sobre limpeza e conservação dos discos?</strong> </div>
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<br /></div>
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O normal, não sou nenhum nerd da coisa, tento ter o cuidado necessário, empresto raramente, alguns até ainda têm os plásticos originais.</div>
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<br /></div>
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<strong>De que forma organizas e arquivas a tua colecção?</strong></div>
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<br /></div>
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Não tenho nenhum cuidado especial, já tentei organizar por estilos, mas depois fiquei sem vontade de continuar porque depois ao ouvir ou a consultar alguma coisa, acabava por me perder no meio…(risos). </div>
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<br /></div>
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<strong>Quantos discos tens no total, considerando todos os formatos físicos?</strong></div>
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<br /></div>
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Registados no site Discogs tenho quase mil, mas muitos ainda nem os coloquei lá ou então ainda não tem referência. É uma das desvantagens ou vantagens de ser possuir algumas bandas trve-underground da Tasmânia (risos),…mas na totalidade, incluindo tapes, seguramente passam dos 1500.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Qual é o item ou os itens que mais destacarias da tua colecção seja pelo afecto que representa, seja pelo próprio valor comercial ou em termos de raridade?</strong></div>
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<br /></div>
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Talvez o mais raro que tenho actualmente seja mesmo uma das 1000 originais copias do “The Awakening” dos suecos Merciless editado pela Deathlike Silence. Mas isto acaba por ser muito relativo, já que a desvalorização ou valorização por vezes ocorre quando um estilo está mais em alta e actualmente o Death sueco está ali a furar em todo lado e as coisas vão de Trap Them até Tribvlation. Depois existem álbuns que considero marcantes mas são muitos para nomear desde Neurosis, Deathspell Omega acabando em Tool.</div>
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<br /></div>
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<strong>Alguma vez perdeste a cabeça a nível monetário na aquisição de um disco? Qual o valor que gastaste?</strong></div>
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<br /></div>
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Já dei 60 euros por uma das primeiras edições em digipak de Darkspace, 50 euros por um ep de covers de Black Sabbath feito pelos THOU, custou-me dar 30 euros por uma edição toda fluorescente do Lateralus de Tool, mas hoje em dia vale o dobro nalguns sítios. Comprei uma vinil box de Deathspell Omega que foi cara como o raio, mas valeu a pena porque são bandas que gosto e de certa forma me identifico com aquilo que fazem. </div>
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<br /></div>
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<strong>Tens alguma banda em particular que tentas ter, não só os álbuns oficiais, mas também singles, ep´s, maxis e bootlegs?</strong></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ui, inúmeras! Aliás, tenho bastantes discografias completas…a ultima que completei foi a dos israelitas Sonne Adam e de Antediluvian do Canada.</div>
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<br /></div>
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<strong>Em média, quantos discos compras por mês?</strong></div>
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<br /></div>
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Atualmente ando meio de relações cortadas com algumas editoras, tento sempre comprar directamente às bandas. Bendita à hora em que foi criado o paypal e o bigcartel. Na minha opinião mais vale ajudar os músicos diretamente do que aquilo que está por detrás.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Onde costumas adquirir os teus discos?</strong></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sobretudo na net e fora de Portugal, por cá só mesmo material às bandas ou então em segunda mão, mas se dantes o pessoal era meio estupido e vendia assim naquela, hoje alguns já não vão nisso e inflacionam os preços..</div>
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<br /></div>
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<strong>Sei que resides numa pequena vila, no interior do país. É fácil ser colecionador de música por aí, principalmente de géneros tão específicos como aqueles que tens na tua colecção? Deduzo que o carteiro seja o teu melhor amigo (ou inimigo)…</strong></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não é fácil mas a net ajuda e claro, o Sr. Rodrigues já se tornou um habitué dos “pacotinhos” que vêm da Finlândia dos USA ou da Australia. Ele acha isso engraçado. </div>
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<br /></div>
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<strong>Qual o local mais improvável onde adquiriste discos?</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Hum…acho que nunca comprei álbuns em sítios estranhos.<br />
<br /></div>
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</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz938dkut9Bp-3Of5OyKSKsQG1nvxN5dDcEcLa4rvRcn4NLoaghVL5zwVNWNj5y0n0lP2SU00qRTuYwoGfNIgvX-Oy_0oRJJtuEfE1UdB3AdCVM-NpSpRU3R0Gf0dkL-TEugaL/s1600/Envio+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz938dkut9Bp-3Of5OyKSKsQG1nvxN5dDcEcLa4rvRcn4NLoaghVL5zwVNWNj5y0n0lP2SU00qRTuYwoGfNIgvX-Oy_0oRJJtuEfE1UdB3AdCVM-NpSpRU3R0Gf0dkL-TEugaL/s1600/Envio+2.jpg" height="400" width="337" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>A(s) melhor (es) aquisição (ões) de sempre, aquele dia glorioso em que voltamos para casa ainda a nos beliscar se realmente aconteceu?</strong></div>
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<br /></div>
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Falando de coisas que realmente gosto, talvez quando recebi o picture disc do “Dark Blood Rising” dos suecos Diabolicum aqui há uns anos, o vinil do “Maranatha” de Funeral Mist (que nos dias de hoje considero um dos álbuns mais marcantes de BM feitos até hoje), algumas edições de Neurosis limitadas, enfim inúmeras coisas..</div>
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<br /></div>
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<strong>Qual é o teu Top dos melhores discos de sempre, aqueles que independentemente do género aconselhas todos a ouvir antes de morrermos pelo menos uma vez?</strong></div>
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<br /></div>
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É complicado para mim fazer uma simples lista, ouço muita coisa e gosto de muita coisa para recomendar alguma, e depois depende também do estado de espirito. Mas essenciais mesmo vou deixar aqui alguns que considero mais marcantes nos dias de hoje dentro das sonoridades mais extremas e tentar não cair cliché da coisa do passado é que era: Começo pelos canadianos Mitochondrion, Portal e os neo-zelandeses Ulcerate que conseguiram transformar todas as regras de um estilo que aparentemente estava moribundo, confirmando aquilo que o senhor Schuldiner disse uma vez “you can´t kill Death-Metal, because it´s already dead”. Depois temos nos territórios mais negros, Watain que conseguiram pegar naquilo que os mestres Dissection deixaram e elevar as coisas a um novo patamar. Goste-se ou não, a banda continua ou parece continuar fiel ás suas raízes e ideias. Leviathan dos US que são sem duvida um dos projectos mais surreais alguma vez criados, depois Dodsengel e Cult of Erinyes também merecem alguma atenção e claro, Deathspell Omega e Blut aus Nord que á sua maneira conseguiram transformar e baralhar todo um universo aparentemente intocável para muitos e com resultados brilhantes, ou não fossem eles talvez os grandes responsáveis e donos das muitas influências de muito daquilo que se ouve em álbuns actualmente . Depois existe o lado mais cáustico aberto por bandas como Neurosis e que hoje tem dignos representantes como o caso de Amenra, os suiços Rorcal, os italianos Hierophant, o excelente regresso de Amebix ou até os nossos Process of Guilt..enfim muita coisa boa que se vai fazendo actualmente e que talvez daqui a uns anos estejam no mesmo pedestal daqueles álbuns que actualmente fazem parte e são incontestáveis dentro das sonoridades mais extremas..falei destes, mas certamente muitos outros nomes ficam de fora. Costumo dizer ás vezes “tentem descobrir por vocês mesmos os novos DMDS ou os Masters , que a velha formula continua bem viva basta procura-la, e ás vezes sabe bem”.</div>
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<br /></div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>PREFERÊNCIAS…</strong></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Vinil, CD ou Cassete?</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vinil e cd, a cassete coloquei um pouco de lado, mas estão de regresso pelos vistos.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Vinil preto ou colorido?</strong></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sem preferência</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Picture Disc ou 180gramas?</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Picture Disc.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Gatefold ou capa Simples?</strong></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Gatefold sem dúvida</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Formato 12” , 10” ou 7”?</strong></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sem preferência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Jewelcase ou Digipack?</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Digipack.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Primeira prensagem ou reedição luxuosa?</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hum, ambas, mas as primeiras sempre dão aquele toque especial.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Lojas físicas ou Internet?</strong></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ambas</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>SAÍDA DE ÁUDIO…</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>E para ouvires os teus discos, que artilharia pesada utilizas?</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma aparelhagem da Sanyo já com uns anitos (mas a bombar ainda) ligadas a umas colunas (caras como o raio) da Logitech.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Tens o teu lado audiófilo ao nível do HI-Fi ou apenas gostas de ouvir musica desde que soe bem sem te preocupares muito com a busca do som ideal?</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pleasure Is Pain</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Há algum instrumento que te cative mais quando estás a ouvir musica?</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Tocas ou gostarias de aprender a tocar algum instrumento?</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgG0YpSF9Por8urIPV31eXYoNZR4yLHMlC5hjhmKYwcEFxOebP7IyL5IlfS1mqswS1sx1fw2S4VmMGv-8aDgK9p6s8CP4_tsskpRx6pAD5MwHLJ9o62iOZl-Y8qwCxKf5xwzFOu/s1600/Envio+5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgG0YpSF9Por8urIPV31eXYoNZR4yLHMlC5hjhmKYwcEFxOebP7IyL5IlfS1mqswS1sx1fw2S4VmMGv-8aDgK9p6s8CP4_tsskpRx6pAD5MwHLJ9o62iOZl-Y8qwCxKf5xwzFOu/s1600/Envio+5.jpg" height="400" width="300" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong><br /></strong>
<strong>AO VIVO…</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Primeiro Concerto?</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Deicide/Suffocation/Konkhra Voz do Operário (ainda tenho o bilhete)..como dá para ver foi mesmo uma coisa em grande e foi a prenda dos meus pais por ter tirado a carta e código á primeira.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Melhor concerto de sempre?</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nem sei, mas o último que me tocou bem cá dentro foi Mayhem, em Corroios.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Concerto de sonho?</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Neurosis, sem dúvida ainda me faltam esses.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Que banda gostarias de ver ao vivo e que já não vai ser possível?</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hum.. talvez mesmo Death, Brutality ou Sepultura dos tempos do Arise, aqueles concertos eram míticos na altura, etc,etc<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>LITERATURA</strong> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Tens por hábito comprar livros, revistas ou fanzines de música? Qual a tua publicação favorita?</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Livros de alguns assuntos que goste como simbologia, religião ou aquelas coisas meio estranhas ligadas ao oculto. Revistas sou assinante da Terrorizer e da Zero Tolerance e compro a Loud! E zines já não compro nenhuma há uns tempos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>O que lês neste momento e o que aconselhas?</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De momento nada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Tenta definir o que te vai na alma por escrito sobre esta nossa paixão? (últimas palavras, tema livre fala do que quiseres)</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A musica é uma Arte e quando feita com alma iremos fazer parte dela…uma curta ramificação daquilo que realmente somos.</div>
<br /><div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-87398330357985506732013-10-19T00:30:00.001+01:002014-06-04T00:21:08.286+01:00Heterogeneidade Qualidade Personalidade<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">De gosto musical eclético e refinado, Gonçalo Cunha acolheu-nos calorosamente no seio de uma colecção na qual discos que constituíram a base de géneros musicais e se tornaram clássicos intemporais se cruzam com obras que em 2012 procuram ainda criar algo novo e original. Dono de uma mente aberta pouco comum, Gonçalo não renega as suas origens, mas recusa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>manter-se agarrado ao passado, procurando evoluir e adaptar o seu gosto musical a sonoridades desafiantes e inovadoras. Em discurso directo, esclarecido e apaixonado,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Gonçalo Cunha.</span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlbX9CmVBrUE-vkvvI3zIG46_kZ3nRs9YlaROjvE5crlCPNl_RlUZzoLNdKsIAQJk7F5eDmPXq2tLh2FBOQbUM-QXlnV856CcJRbLKmg-UFyeGpsT86MJ4FmQR3E6zUcCHReaO/s1600/M%C3%B3vel+Boxes.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlbX9CmVBrUE-vkvvI3zIG46_kZ3nRs9YlaROjvE5crlCPNl_RlUZzoLNdKsIAQJk7F5eDmPXq2tLh2FBOQbUM-QXlnV856CcJRbLKmg-UFyeGpsT86MJ4FmQR3E6zUcCHReaO/s400/M%C3%B3vel+Boxes.JPG" height="400" width="236" /></span></a></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<b><span style="font-family: inherit;">CARTÃO DO MELÓMANO<o:p></o:p></span></b></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Nome: </b>Gonçalo Cunha</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Idade:</b> Nasci 10 dias depois do Homem pisar a lua.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Coleccionador há: </b>Desde 1982. </span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Coração de: </b>Metal e derivados/Jazz-Rock/Electrónica/Prog/Avant-Garde/Etc.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Primeiro Disco: </b>Street Kids – “Trauma”</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Último Disco:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></b>Foram 4: últimos de Cynic, Jeff Loomis e OSI e um promo de David Bowie. Quando terminar esta entrevista já espero que sejam outros! (risos)</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Sonho todos os dias com: </b>Hum...difícil, porque são vários. Assim de repente, lembro-me da demo-CD de Virus “Demo 2000”, limitada a 72 cópias.<b><o:p></o:p></b></span></div>
</div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<b><span style="font-family: inherit;">O INÍCIO…<o:p></o:p></span></b></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Qual o teu primeiro contacto com a música?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Sempre se ouviu muita música em casa dos meus pais, portanto posso dizer desde sempre. Tendo consciência de algo que me tenha mesmo despertado e aguçado o apetite, diria que para aí em 76/77. Vantagens de ter irmãos mais velhos!<b><o:p></o:p></b></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">No inico houve alguém que te influenciou ou foste tu próprio que ganhaste este gosto especial de ouvir música?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Seguindo a lógica da minha resposta anterior, o meu irmão mais velho. Ainda me lembro concretamente do principal catalisador: o fabuloso álbum ao vivo dos Led Zeppelin – “The Song Remains The Same”.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">E o teu primeiro disco, como foi essa memória e o que representou na altura?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Lembro-me do 1º disco LP que comprei, mas antes disso ainda houve alguns 7 polegadas. Mas lembro-me de me sentir “importante”. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>De já jogar na 1ª divisão, por assim dizer! E claro, explorei a música, o artwork e as letras ao máximo. Ouvi-o incessantemente durante dias.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Ainda tens esse disco?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Não.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm5SRVU_S92T6jA5dZgKqvNB9765-lnhi3aVaCp0BQBKKsnQfD5KqQ6VHYf8nZFEggN1SjLUY3ggeDmqFylUQCrUisrlmobl2801lrjD5bRcaKEYVN1KZG7TWI0t0weOM9jKp1/s1600/Mastodon,+Led+Zeppelin+e+Metal+Church.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm5SRVU_S92T6jA5dZgKqvNB9765-lnhi3aVaCp0BQBKKsnQfD5KqQ6VHYf8nZFEggN1SjLUY3ggeDmqFylUQCrUisrlmobl2801lrjD5bRcaKEYVN1KZG7TWI0t0weOM9jKp1/s400/Mastodon,+Led+Zeppelin+e+Metal+Church.JPG" height="372" width="400" /></span></a></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">A PAIXÃO…<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">O modo como vês e sentes a música mudou muito ao longo dos tempos?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Sim. Acaba por ser inevitável. No início há aquela magia, o descobrir de um mundo novo, o explorar, como disse anteriormente, de todos os mais infímos detalhes da obra. Á medida que os anos vão passando e essa “ingenuidade” se desvanece, esse sentimento perde-se um pouco. O fácil acesso que temos à música hoje em dia, ao contrário do que acontecia quando comecei nestas lides, também pesa nessa equação. Aliando tudo isto aos problemas e falta de tempo da idade adulta, acaba por ser fatal. Mas ainda hoje, quando recebo um CD em casa, continua a haver aquele ritual de abrir a embalagem, o plástico (se vier selado), prescrutar todo o artwork, cheirar (risos) e, por fim, dedicar-lhe várias audições.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: inherit;">Actualmente és um dos moderadores do Fórum Metal Underground. Como encaras o crescimento e a importância que esse fórum tem vindo a assumir enquanto ponto de reunião da comunidade metaleira em Portugal?</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Cheguei ao fórum em 2007. Nestes 5 anos tenho reparado, com muita pena minha, no afastamente de muitos MUsers dinamizadores do espaço, sem desprimor para os utilizadores que chegaram entretanto ou os que continuam por lá. Não te consigo dizer ao certo a importância do fórum porque convivo muito pouco com o pessoal da “cena”, por assim dizer. Igualmente vou a poucos concertos, local por excelência onde se pode observar a dita comunidade. Estou um bocado limitado na minha análise.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: inherit;">Ao longo dos anos que tens estado ligado e acompanhado o fórum Metal Underground, sentes que a dita “geração MP3” tem vindo cada vez mais a apoderar-se desse espaço e que começa a ser raro encontrar por lá quem realmente estabeleça uma relação mais física e passional com a música?</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Absolutamente! É com muita pena que observo isso. Mas confesso que também não os posso censurar. É uma geração díspar da minha, com valores culturais inevitavelmente diferentes. Se tivesse nascido 20 anos mais tarde, em que tudo está à distância de um clique, provavelmente teria a mesma atitude. Quero acreditar que não, mas não poria as mãos no fogo! Obviamente que a situação económica em que vivemos, também potencia essa postura. A oferta também é muito grande, e tudo se descarta com a maior das facilidades. Felizmente que ainda há alguns sobreviventes que valorizam mais o ocupar de uma prateleira do que o ocupar de um disco de computador. Um grande bem-haja para essa raça em vias de extinção!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Como é que as pessoas que te rodeiam e que conhecem esta tua paixão vêem o facto de teres tantos discos e itens relacionados com música?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Por acaso não tenho sofrido a discriminação de ser o lunático que ainda “esbanja” dinheiro em música. Talvez porque os amigos que tenho são de longa data, da mesma geração que eu, e que se identificam com este relacionamente que tenho com a música. Mas também há aqueles não conseguem entender o conceito de continuar a pagar por algo que hoje se pode adquirir gratuitamente. Mas, tal como referi, para mim, uma obra discográfica é muito mais do que os sons que emanam dum par de colunas.</span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9gJ7UOLdIzxaJVz4-wbNCsyNw9RTsHC4ZGg3YQ5z_5O7L7P1aHbmegfeR5nul5HrEthnWMq-_oEGIgL_sYzuG5afVeIYFPH2PJaTh4lnuPYc-mqpxbpEPQexy9RXNOX7nijGY/s1600/Discos+obrigatorios+2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9gJ7UOLdIzxaJVz4-wbNCsyNw9RTsHC4ZGg3YQ5z_5O7L7P1aHbmegfeR5nul5HrEthnWMq-_oEGIgL_sYzuG5afVeIYFPH2PJaTh4lnuPYc-mqpxbpEPQexy9RXNOX7nijGY/s400/Discos+obrigatorios+2.JPG" height="250" width="400" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Compras um disco e quando chegas a casa qual é o teu ritual?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Já abordei esta questão mais acima mas acrescento que há sempre aquele sentimento de preenchimento. É saber que temos algo palpável, eterno, que ocupa volume, que tem cheiro. Confesso que sou um pouco maníaco-obsessivo com os meus CDs e vinis. Manuseio-os com o maior dos cuidados, retiro o plástico, recorto o autocolante (se tiver) e guardo-o, observo o artwork – leio tudo, desde as especificações técnicas até aos agradecimentos. No fundo, é uma peça de arte, não só pelo seu conteúdo sonoro, mas também pelo <i>packaging</i>. É como ter um quadro com uma bela moldura. Usando esta analogia e para aqueles que acham que somos loucos, observar um quadro num computador ou num museu são experiências completamente diferentes!</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Tens algum cuidado em especial que queiras partilhar sobre limpeza e conservação dos discos? </span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Sempre tive o máximo cuidado no manuseamento dos meus discos. Por ser da geração vinil e saber que poderiam sofrer danos irreversíveis se maltratados, sempre me habituei a não deixar dedadas, a arrumá-los nas suas respectivas <i>paper sleeves</i>, etc. Depois, transferi todos esses cuidados para os CDs, aquando da sua proliferação. O vinil que mantenho há mais anos (Iron Maiden – Live After Death), desde 1985, continua impecável. Sei disso porque ainda há dias o ouvi. O mesmo se passa com os CDs. Continuam tão brilhantes que por vezes uso-os como espelho quando faço a barba! Just kidding! No caso de comprar algum vinil em 2ª mão que não esteja em perfeitas condições, o método que uso é o lavar o vinil com água morna e com uma esponja bastante macia. Depois de bem seco, as diferenças são notórias. </span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">De que forma organizas e arquivas a tua colecção?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Tenho tudo arrumado por ordem alfabética e cronológica. Quando compro um CD começado pela letra A, por exemplo, é sempre uma trabalheira para arrumá-lo no respectivo sítio. Mas lá está, faz parte do ritual. Depois há também as listas em Word e Excel e o registar online no site www.discogs.com.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Quantos discos tens no total, considerando todos os formatos físicos?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Diria cerca de 1300/1400. Devido a problemas de espaço, de vez em quando dou uma volta pela discografia e vendo/troco algumas coisas que já pouco me dizem.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Qual é o item ou os itens que mais destacarias da tua colecção seja pelo afecto que representa, seja pelo próprio valor comercial ou em termos de raridade?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Um dos que me vem de imediato à cabeça, será o 1º Mini LP dos Mercyful Fate. O 1º Digipak que tive, a espectacular edição do “Arise” de Sepultura. Também tenho a edição desse álbum, versão Rough Mix, editada para coincidir com a actuação deles no Rock In Rio, em 1991. Alguns CDs nacionais, como o caso do “Vast” dos Disaffected e o “Abstract Divinity” dos Thormenthor, bem como o 7” “Dissolved In Absurd”, destes últimos. O “Blessing In Disguise” dos Metal Church, por ter sido o 1º CD que comprei, em 1989, e que ainda tenho. Uma box do “Crack The Skye”, dos Mastodon. Boxes de Metallica, Slayer, The Dillinger Escape Plan, Fear Factory, Jane’s Addiction, Porcupine Tree, The Prodigy, Nirvana, Pantera, Cynic...E é melhor ficar por aqui, porque todos eles têm o seu quê de preciosidade e valor sentimental.</span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_L6usFMk-iZbmuXQbmcF1DrOTjuBJcXFJw0c31kWEWEApWEtEt1h_R39_gJfEAkLeHvAaS4YU040J6pUceC8_XbqUc_aPW37UiSK8Mc4aHtVpLEfhR3fKG2jMcjYej9mgqVjD/s1600/Disaffected+e+Thormenthor.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_L6usFMk-iZbmuXQbmcF1DrOTjuBJcXFJw0c31kWEWEApWEtEt1h_R39_gJfEAkLeHvAaS4YU040J6pUceC8_XbqUc_aPW37UiSK8Mc4aHtVpLEfhR3fKG2jMcjYej9mgqVjD/s400/Disaffected+e+Thormenthor.JPG" height="400" width="367" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Alguma vez perdeste a cabeça a nível monetário na aquisição de um disco? Qual o valor que gastaste?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Sim, algumas vezes! Geralmente, os itens que ficam mais caros são as caixas de colecção. Como tento sempre adquirir a melhor edição possível, acaba por acontecer algumas vezes. Também tenho uma predilecção pelas edições japonesas, que atingem preços por vezes proibitivos. O CD “normal” mais caro que tenho é uma edição japonesa do “Chaosphere”, de Meshuggah.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Tens alguma banda em particular que tentas ter, não só os álbuns oficiais, mas também singles, ep´s, maxis e bootlegs?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Bootlegs estão fora de questão. Nunca me seduziram, sinceramente. Acho que tenho apenas um bootleg e devido ao facto de conter gravações oficiais. No geral, tento adquirir os Eps, singles, etc. de todas as bandas que gosto. Há muitas pérolas escondidas em lados B de singles ou em EPs. Este gosto começou em 1982, quando um vizinho meu me emprestou o single do “Run To The Hills”. Lembro-me de ouvir o lado B, que contém a Total Eclipse e de ter gostado mais do que o lado A! Lembro-me do meu vizinho me dizer que nunca tinha ouvido o lado B! </span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Em média, quantos discos compras por mês?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Depende do que vai saindo e do que vou encontrando. Posso-te dizer que a média deste ano até agora é de 7 discos por mês.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Onde costumas adquirir os teus discos?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Maioritariamente online. Diria que ronda os 90%. Lojas físicas (ainda existem?), na FNAC e muito esporadicamente na Carbono. Como faço a minha vida fora de Lisboa, pura e simplesmente não há lojas físicas por onde me movimento.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Qual o local mais improvável onde adquiriste discos?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Sinceramente, não estou a ver nenhum local improvável.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">A(s) melhor (es) aquisição (ões) de sempre, aquele dia glorioso em que voltamos para casa ainda a nos beliscar se realmente aconteceu?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Assim de repente, lembro-me de ter adquirido os picture discs “Tragic Serenades” (Celtic Frost) e “Live Undead” (Slayer), ambos por 500$00, na Feira da Ladra e ambos em <i>mint condition</i>! Fiquei verdadeiramente feliz pelo achado. Mas já me aconteceram mais situações do género ao longo desta vida de coleccionador.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYRgWXN2AxnCFCR-mZeChBKxJAjc2Vkdr-RmgSUrpZvcBYxPfrBpMiZoZmWq-Nlg8rEMcJutI09kskDGfB5aF0SREzxBwWxJ1tJjdMXQmMYq7ibgb-EO-vTjJof81X27iVxIsO/s1600/Mercyful+Fate+-+Mercyful+Fate.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYRgWXN2AxnCFCR-mZeChBKxJAjc2Vkdr-RmgSUrpZvcBYxPfrBpMiZoZmWq-Nlg8rEMcJutI09kskDGfB5aF0SREzxBwWxJ1tJjdMXQmMYq7ibgb-EO-vTjJof81X27iVxIsO/s400/Mercyful+Fate+-+Mercyful+Fate.JPG" height="392" width="400" /></span></a></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Qual é o teu Top dos melhores discos de sempre, aqueles que independentemente do género aconselhas todos a ouvir antes de morrermos pelo menos uma vez?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Mais uma pergunta dificílima! Escolho os seguintes, tanto pelo impacto que tiveram em mim, como pelo impacto que alguns deles tiveram igualmente na música num sentido mais lato. Tenho a certeza de que se fosse responder a esta questão amanhã, a escolha seria diferente. Mas aqui vai:</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Arcturus – La Masquerade Infernale;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Celtic Frost – Into The Pandemonium;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Coprofago – Unorthodox Creative Criteria;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Coroner – Grin;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Cynic – Focus;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Dødheimsgard – 666 International;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">David Bowie – Earthling;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">The Dillinger Escape Plan – Calculating Infinity;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Fântomas – S/T;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Fates Warning – The Spectre Within e Awaken The Guardian;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Fear Factory – Demanufacture;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Fredrik Thordendal’s Special Defects – Sol Niger Within;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Gojira – From Mars To Sirius;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="ES" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: ES;">Jane’s Addiction – Ritual De Lo Habitual;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">King Crimson – In The Court Of The Crimson King;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Led Zeppelin – The Song Remains The Same;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Massive Attack – 100<sup>th</sup> Window;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Mayhem – Grand Declaration Of War;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><st1:place w:st="on"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language: EN-GB;">Mekong</span></st1:place><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language: EN-GB;"> Delta – Dances Of Death e Wanderer On The Edge Of Time;</span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Meshuggah – Destroy Erase Improve;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Metallica – Master Of Puppets;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Naked City – <st1:place w:st="on"><st1:placename w:st="on">Torture</st1:placename> <st1:placetype w:st="on">Garden</st1:placetype></st1:place>;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Pink Floyd – The Dark Side Of The Moon e The Final Cut;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Porcupine Tree – Fear Of A Blank Planet;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Sepultura – Beneath The Remains;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Shining – Blackjazz;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Slayer – Reign In Blood e Hell Awaits;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">S.O.D. – Speak English Or Die;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Strapping Young Lad – City;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Supuration – The Cube;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Tiamat – Wildhoney;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Type O Negative – Bloody Kisses;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Virus – Carheart;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">Watchtower – Control And Resistance;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: inherit; mso-ansi-language: EN-GB;">The Young Gods – Only Heaven;</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language: EN-GB;"><span style="font-family: inherit;">Zu – Carboniferous.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF2a39bC3Etie6MkTAfvMN8cQ67-qiDGkWwaSv-oXbAJtI_cK7AX-yvRUTB3t2f_1CrSDxwujloALIx-cgaeXiY5Xro-c2-99ej6bz4D3728cPhD-lNpEsZywllDwuHCE9R_JG/s1600/Discos+obrigatorios+3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF2a39bC3Etie6MkTAfvMN8cQ67-qiDGkWwaSv-oXbAJtI_cK7AX-yvRUTB3t2f_1CrSDxwujloALIx-cgaeXiY5Xro-c2-99ej6bz4D3728cPhD-lNpEsZywllDwuHCE9R_JG/s400/Discos+obrigatorios+3.JPG" height="255" width="400" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language: EN-GB;"><o:p></o:p></span><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">PREFERÊNCIAS…<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Vinil, CD ou Cassete?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">CD. Sei que alguns puristas repudiarão esta minha opção, mas é tão mais cómodo! (risos)</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Vinil preto ou colorido?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Ambos!</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Picture Disc ou 180gramas?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Em termos de qualidade sonora, 180gr. Em termos de beleza visual, Picture Disc.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Gatefold ou capa Simples?<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Gatefold. Quanto mais, melhor!</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Formato 12” , 10” ou 7”?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Todos têm os seus encantos. Os 12” levam mais música, os 10” é aquele formato mais exótico, o 7” porque é catita!</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Jewelcase ou Digipack?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">De longe, Digipak! Também pode ser Digibook. Também me perco pelos promos em <i>cardboard sleeve</i>.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Primeira prensagem ou reedição luxuosa?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Reedição luxuosa. Houve algumas primeiras edições em CD que foram verdadeiras aberrações.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Lojas físicas ou Internet?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Infelizmente, Internet. Pelas razões que apontei mais acima.</span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7bC5NmA8-xordOddFi15Wn1xwn00EerO8p7MSzkbZspA8W0W295xFcREqJlk3hJD6mHz0RMpXzwaAEVv1z_AejZ3l9c1gAjSLpCDMM2Kn2S-dbOl9TBrp_GCsolh4dmLp_xn1/s1600/Discos+obrigatorios+4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7bC5NmA8-xordOddFi15Wn1xwn00EerO8p7MSzkbZspA8W0W295xFcREqJlk3hJD6mHz0RMpXzwaAEVv1z_AejZ3l9c1gAjSLpCDMM2Kn2S-dbOl9TBrp_GCsolh4dmLp_xn1/s400/Discos+obrigatorios+4.JPG" height="311" width="400" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Saída de Áudio<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">E para ouvires os teus discos, que artilharia pesada utilizas?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Prato Rega Planar II, Leitor de CDs Rega Planet, colunas Mission, amplificador da Technics, auscultadores da Senheiser. Ainda tenho deck mas está guardado. É um Aiwa.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Tens o teu lado audiófilo ao nível do HI-Fi ou apenas gostas de ouvir musica desde que soe bem sem te preocupares muito com a busca do som ideal?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Procurei adquirir equipamento razoável mas não me preocupo muito com essas questões mais técnicas.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Há algum instrumento que te cative mais quando estás a ouvir musica?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Gosto imenso de bateria. Talvez por eu ser completamente descordenado, admiro muito o trabalho de um bom baterista. Curiosamente, ao que ligo menos é à voz.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Tocas ou gostarias de aprender a tocar algum instrumento?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Já tive a minha fase em que tinha a mania que cantava. Quanto a instrumentos, nunca me consegui adaptar a nenhum. Acho que me falta o gene da destreza. Felizmente, tenho o da audição.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">AO VIVO…<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Primeiro Concerto?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Acho que foi Tarantula, no mítico Rock Rendez Vous, em 1986. O primeiro concerto internacional foi Iron Maiden, no Dramático de Cascais, no mesmo ano. Foi uma experiência mágica. Eu e os meus amigos andámos a falar desse concerto durante meses e meses. Até ir ao segundo, que foi Motörhead, Girlschool e Destruction. Os Destruction ainda consideram esse concerto como um dos top 3 da sua carreira.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Melhor concerto de sempre?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Díficil. Mais uma vez, não me consigo abster de divagar para além de O tal concerto. O 1º de Iron Maiden por ter sido isso mesmo, o 1º. O de Slayer no Dramático de Cascais, na tour do “Divine Intervention”. Ir ver a Barcelona, em 1990, a Clash Of The Titans Tour (Slayer/Megadeth/Testament/Suicidal Tendencies), com mais 3 amigos, e pela aventura que foi. Um deles ficou logo na fronteira, por não levar identificação. Os outros dois por pouco não ficaram, por não terem levado a caderneta militar. Outros tempos. Tiamat no Pavilhão Carlos Lopes, em 1995. Death na Incrível Almadense, em 1995. Nirvana no Dramático, em 1994. Faith No More no Campo Pequeno, em 1993. Meshuggah no Vagos, em 2010. Zu, na Galeria Zé dos Bois. Mas aquele que mantém até hoje o lugar mais alto do pódio foi o concerto de Naked City na Aula Magna, em 1990 (?). Mesmo sabendo ao que ia, não estava preparado para ver algo tão bombástico, à falta de melhor adjectivo. Simplesmente genial!</span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjuE5M_E1Ljwmg7t-_A3xCwitSop7sO0b7rXIZ1I2gZdGXQWYgW4IRgAq1vSLs4-A-3PLGu3xeGqQ7DKTLuylYLAUfSOcKwt_3AnoG-XxOxdsMLNAV7WZYNGX9WBvzVsQkWCUp/s1600/Bilhete+Iron+Maiden+1986.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjuE5M_E1Ljwmg7t-_A3xCwitSop7sO0b7rXIZ1I2gZdGXQWYgW4IRgAq1vSLs4-A-3PLGu3xeGqQ7DKTLuylYLAUfSOcKwt_3AnoG-XxOxdsMLNAV7WZYNGX9WBvzVsQkWCUp/s400/Bilhete+Iron+Maiden+1986.JPG" height="400" width="177" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Concerto de sonho?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Essa é fácil, mas é mesmo um sonho: ver o Fredrik Thordendal tocar o seu álbum a solo na íntegra. Mais exequível será ver os Shining (NOR). Alguém que os traga cá, por favor!</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Que banda gostarias de ver ao vivo e que já não vai ser possível?<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="FR" style="mso-ansi-language: FR;"><span style="font-family: inherit;">Celtic Frost.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: inherit;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">LITERATURA…<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Tens por hábito comprar livros, revistas ou fanzines de música? Qual a tua publicação favorita?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Não tenho esse hábito nem nunca tive. Uma das poucas revistas que comprava há muitos anos era a Metal Forces.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">O que lês neste momento e o que aconselhas?</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Only Death Is Real”, uma biografia dos Hellhammer e primeiros tempos dos Celtic Frost. Já comprei este livro há bastante tempo mas só agora tive tempo para lhe pegar.</span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuitZLmaIHVznETUtWe-ST7BlP0zuvBEOkJgTRkG0YLAM-kCLIkEe5oEdhY8jbRv_ygddvS34fWGF9xLAXKPj9whaEDJV5eJZyUf1j8o9pyTkVlWq2uGkmesO520NKLq2-JR1c/s1600/M%C3%B3veis+CDs.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuitZLmaIHVznETUtWe-ST7BlP0zuvBEOkJgTRkG0YLAM-kCLIkEe5oEdhY8jbRv_ygddvS34fWGF9xLAXKPj9whaEDJV5eJZyUf1j8o9pyTkVlWq2uGkmesO520NKLq2-JR1c/s400/M%C3%B3veis+CDs.JPG" height="343" width="400" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Tenta definir o que te vai na alma por escrito sobre esta nossa paixão? (últimas palavras, tema livre fala do que quiseres)<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Sou péssimo a descrever estados de alma. (risos) Prefiro agradecer o facto de me terem dado a oportunidade de falar um pouco da minha humilde colecção e desta paixão que nos é comum. Endereço aqui também votos aos “sacadores” profissionais que, pelo menos, de vez em quando, comprem material às bandas. É o seu meio de subsistência e se quereremos que continuem a divulgar a sua arte, há que apoiá-los de alguma maneira! Depois não se admirem que as bandas dêem por terminadas as suas carreiras. Pela parte que me toca, não consigo vislumbrar o dia em que esta minha paixão se desvaneça. E ainda bem...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Remato, dizendo que se tiverem interesse em ver mais fotos das minhas rodelas, poderão fazê-lo neste tópico do fórum MetalUnderground.pt: http://www.metalunderground.pt/viewtopic.php?f=2&t=219</span></div>
</div>
<div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-68494367934852811782013-10-12T01:36:00.002+01:002014-09-23T10:19:04.088+01:00O regresso ao vício!<div style="text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ4BykVPF5LyO4IAJGqf3Kr6_BJfdGQvPJaaGSa0ypVKBXKOI4UIVAD9RUXNneN3pQN4IgG5YbElV6HfPJVc06YQ_joCFpIWHP1QaQG4e5wmrMICQyMrMUo-L-_YRGA0e_KVzl/s1600/P1090454.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ4BykVPF5LyO4IAJGqf3Kr6_BJfdGQvPJaaGSa0ypVKBXKOI4UIVAD9RUXNneN3pQN4IgG5YbElV6HfPJVc06YQ_joCFpIWHP1QaQG4e5wmrMICQyMrMUo-L-_YRGA0e_KVzl/s400/P1090454.JPG" height="263" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
É um vício, admito! É um vício ouvir música, é um vício
viver a música, é um vício sentir a música, é um vício falar sobre música, é um
vício partilhar este vício. Mas é um vício bom! </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Os mais atentos já terão reparado que o blog 33rpm – do qual
eu era uma das partes - cessou recentemente, prematuramente e abruptamente as
suas funções. Não vale a pena entrar em explicações ou justificações. Acabou,
tal como tudo na vida acaba, sem dramas, sem arrependimentos, sem
ressentimentos. No entanto, é impossível ignorar as sementes lançadas por esse
projecto diferente em Portugal. Abriu-se espaço a novas ideias, a novos
conceitos. Muito se fez, muito ficou por explorar. Seria quase criminoso deixar
cair por terra parte dessas ideias, parte desse trabalho desenvolvido que tão
bem acolhido foi desse lado. E é precisamente pelo respeito a quem nos seguia,
a quem conosco colaborou e nos abriu as portas das suas casas e, em última
análise, pelo respeito aos meus princípios que reabro este espaço.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O Opuskulo é um projecto antigo. É o meu projecto, o meu
espaço, aquele que iniciei há mais de dez anos, que sofreu várias mutações, que
cresceu, que formou uma identidade, que deixou a sua humilde marca. Em 2009
entraria num processo de hibernação, num término que nunca foi oficializado e
assim se manteve até hoje. Confesso que ponderei começar algo de raíz com
aquilo que havia sido criado para o 33rpm, mas a ideia de recuperar parte dos
conteúdos do Opuskulo e juntar a estes parte dos conteúdos do 3rpm, honrando o
passado e formando aí as bases para algo com futuro acabou por ganhar força e
expressão. <br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Dou-vos as boas vindas à nova casa do Opuskulo, um espaço
que pretende continuar a dar visibilidade a quem merece e com quem me
identifico. Sim, mais do que um espaço de divulgação musical e artística, de celebração
dos discos, dos vícios e das paixões, este é um espaço que não obedece a
qualquer imposição editorial ou obrigação de qualquer ordem. Basicamente, focar-se-á
na honestidade, na espontaneidade e na dedicação àquilo em que acredito e aos
nossos interesses comuns. <br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Reconheço que este novo espaço está longe de ser bonito,
está longe de ser visualmente atractivo, está longe de estar terminado ou de
ser perfeito, mas é o resultado daquilo que faço com o afinco e a
disponibilidade possíveis. O tempo encarregar-se-á de o aperfeiçoar.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Inicialmente recuperei todas as entrevistas publicadas na
versão digital do Opuskulo, salvaguardando os devidos desfasamentos temporais,
sendo interessante ler hoje o que se escreveu há vários anos. A rubrica
Colecionadores é a grande herança do 33rpm e surge aqui já com uma nova
entrevista, num novo formato. Fica a garantia que, tão brevemente quanto possível,
todas as entrevistas publicadas por mim no 33rpm serão integralmente repostas
no Opuskulo, pelo respeito que estas merecem. Outras rubricas estão abertas e,
a seu tempo, irão perceber as suas finalidades. Para já quero apenas apresentar
o espaço, recolher opiniões, sugestões e reclamações e continuar a seguir no
sentido da honestidade, da liberdade de pensamento e da firmeza e clareza de
princípios. Conto convosco!<br />
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Ricardo Agostinho <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgffAgyj2AhL5B8uUAa5YrEXtcnaQ3LBjS7s9pPFIdKqWdPz11hzeQa-1SXs7fWde3xOYZwXX4qJuWORDUxdMUEXT25cSndIFfzoMZFLdzv2v3frt1aUqhZ_BvGtzHHxo5FOIjP/s1600/P1090446.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgffAgyj2AhL5B8uUAa5YrEXtcnaQ3LBjS7s9pPFIdKqWdPz11hzeQa-1SXs7fWde3xOYZwXX4qJuWORDUxdMUEXT25cSndIFfzoMZFLdzv2v3frt1aUqhZ_BvGtzHHxo5FOIjP/s400/P1090446.JPG" height="326" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-66217782385460658662013-10-12T00:01:00.000+01:002014-06-04T00:21:55.206+01:00Queijos, vacas, relógios e....discos! <div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: inherit; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Chama-se Ivo Seabra, é português e vive na Suiça. Nada de novo e, aparentemente, algo que volta a ser cada vez mais frequente. Radicado no país do chocolate e dos relógios há cerca de dez anos, o nosso entrevistado antecipou o convite que os nossos governantes amavelmente dirigiram aos jovens no sentido destes procurarem uma vida melhor lá fora e encontra-se hoje perfeitamente estabilizado e integrado na Suiça, inclusive no que à sua grande paixão diz respeito: a música, o metal e os discos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Foi sobre essa paixão que o Ivo acedeu falar com o Opuskulo, oferecendo-nos uma interessante perspectiva sobre como é ser colecionador e fã de música num contexto diferente do nosso. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb6ByBHCWTPNJYOF9i1b9R_D4APMg8PSFh7JrZ4BySR19waX-kJSGcFF8jldsnhAiHK0ZIr18txEGPhnU57s1v_6PBUqXUWPR7yHSpTIwbdorAdiBvFxGHRTJ9EhV-pAVjRzag/s1600/DSC07996.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb6ByBHCWTPNJYOF9i1b9R_D4APMg8PSFh7JrZ4BySR19waX-kJSGcFF8jldsnhAiHK0ZIr18txEGPhnU57s1v_6PBUqXUWPR7yHSpTIwbdorAdiBvFxGHRTJ9EhV-pAVjRzag/s400/DSC07996.JPG" height="267" width="400" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Dos seus 36 anos de vida, Ivo conta com 22 de dedicação aos discos e de encantamento pela música, especialmente pelo Metal e seus derivados. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Devo dizer que fiz uma evolução dita normal, visto ter começado a ouvir hard rock e depois ter procurado sempre coisas mais extremas e pesadas.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O thrash, o death e o doom são sem duvida os géneros que prefiro. Mas gosto de tudo dentro do rock</i>”, explica-nos. O seu primeiro disco “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">terá sido uma cassete daquelas compilações das melhores musicas do ano, tipo hit parade… pode parecer foleiro mas tinha a “Living on a Prayer” dos Bon Jovi e fiquei logo agarrado! Mas o primeiro disco a sério e comprado com o meu dinheiro, foi o “Rust in Peace” dos Megadeth</i>”. A entrada mais recente na sua colecção terá sido o excelente e recomendável “</span><span style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Surgical Steel”, o regresso dos Carcass, em 2LP Red<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>juntamente com o Captive Bolt Pistol 7" Blue, também dos britânicos. </span></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxl4QRNb4H0EeJWkVsOcjbTdQDLPhtaz8cxzhfj6oUoJM5vTt5esXppJYTRouJa9eN25Kqxj1BG2iyGQlxfj-Xicr3LcBdWVuZV2xeV9r8HfB86S05vxXXjJii3ZgllSsUu3zx/s1600/DSC07984.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxl4QRNb4H0EeJWkVsOcjbTdQDLPhtaz8cxzhfj6oUoJM5vTt5esXppJYTRouJa9eN25Kqxj1BG2iyGQlxfj-Xicr3LcBdWVuZV2xeV9r8HfB86S05vxXXjJii3ZgllSsUu3zx/s400/DSC07984.JPG" height="268" width="400" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Uma colecção nunca está terminada, sendo que entre os títulos que Ivo procura com mais afinco encontram-se o <span style="color: black;">“Abstract Divinity” dos Thormenthor ou o “</span>Slaughtersun”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dos Dawn. “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ás vezes fico mesmo com vontade de os comprar, mas os preços praticados desmotivam-me sempre</i>”, confessa entre risos. Em vinil aponta o “The Sham Mirrors” dos Arcturus ou o “Swansong” dos Carcass, referindo que “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">este ultimo ainda o ano passado o tive na mão, numa feira de discos mas não me apeteceu pagar 50€…. claro que mais tarde arrependi-me!</i>”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir3JLZg9i8ecESycZpQkB4WACPEZzjGLsSi5vLiifoN-D1YJ2zEAserBvTlskKQKYFyK5rEkkzl4myCrb1PMXxdcDONVWN9BoTkqX_DP5ey99XXrz3qQa8A8riE8GMuNMtJX12/s1600/DSC07981.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir3JLZg9i8ecESycZpQkB4WACPEZzjGLsSi5vLiifoN-D1YJ2zEAserBvTlskKQKYFyK5rEkkzl4myCrb1PMXxdcDONVWN9BoTkqX_DP5ey99XXrz3qQa8A8riE8GMuNMtJX12/s400/DSC07981.JPG" height="400" width="285" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Voltando atrás no tempo, pedi ao Ivo que me falasse sobre o seu contacto com a música, sendo que não teve problemas em admitir que este foi muito mau! </span><span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">“</span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">O meu pai era vendedor ambulante e nas feiras e festas eu levava com aquela musica pimba todo o dia! Conheço todos os grandes êxitos da musica popular portuguesa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dos anos '80 de trás para a frente</span></i><span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">”, explica. O bichinho estava instalado e a paixão foi-se desenvolvendo naturalmente, sendo que Ivo recorda com visível nostalgia o grande orgulho que sentiu ao ter comprado o seu primeiro disco, com o seu próprio dinheiro. “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ouvi vezes sem conta, li e reli as letras até a exaustão!! Aliás, aprendi a falar inglês com os meus primeiros discos de Megadeth e Slayer</i>”, revela. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCYhASqjhpjYyhzmk5RxG8qCB1n3z3Gk2hTJjBvW-mqe0JmOdhYOcLzfzWvOqnvvzUl5FDj-aG9sIF970mFG73x1nEEAxqCctBJeeWfVszdnzDZcwCBKZ14yAphsReYjYf9Mjw/s1600/DSC07953.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCYhASqjhpjYyhzmk5RxG8qCB1n3z3Gk2hTJjBvW-mqe0JmOdhYOcLzfzWvOqnvvzUl5FDj-aG9sIF970mFG73x1nEEAxqCctBJeeWfVszdnzDZcwCBKZ14yAphsReYjYf9Mjw/s400/DSC07953.JPG" height="342" width="400" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: inherit;">Perfeitamente compreendida por muitos como nós, mas totalmente descabida para tantos outros, Ivo revela que, quanto à sua paixão pelos discos “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">a maior <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>parte das pessoas desconhece que tenho tantos discos e os que sabem não compreendem lá muito bem. Ainda no outro dia tentei explicar a um colega de trabalho o porquê de comprar vinil nos tempos que correm, mas ele só falava em como era mais prático ter um Ipod com 160 gigas e acabei por desistir… O mais importante é que a família apoia bastante! Felizmente a minha esposa ouve o mesmo tipo de musica. Torna-se tudo muito mais fácil, custa-me a acreditar que outra pessoa percebesse<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>esta "loucura"… Se bem que me diz bastantes vezes que eu exagero!!!</i>”. <o:p></o:p></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">A relação de Ivo com os seus discos não esconde grandes segredos ou preciosismos. O ritual resume-se a “ <i style="mso-bidi-font-style: normal;">abrir o disco se for novo ou limpá-lo, se for usado, abrir uma boa cerveja e ouvir o disco com toda a atenção que ele merece. Nem sempre é possível por falta de tempo e por vezes chego a casa com uma dezena de discos e não dá para ouvir tudo</i>”. Para além do ritual, Ivo confessa que </span><span style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">o comum a quase todos os discos é trocar as inner sleeves por capas anti-estaticas e proteger os discos com capas de plástico. Isso é mesmo o mínimo a fazer para quem quer preservar os discos em bom estado o máximo de tempo possível. Uma escovinha para o pó é outra coisa essencial</i>”. Quanto à organização da colecção, diz ter <span style="color: black;">discos espalhados em vários moveis! “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Há alguns meses comprei um móvel da Ikea para desenrascar, mas também já está quase cheio. Os discos de vinil agora estão mais ou menos por estilos… Hard Rock, Black Metal, Thrash, etc... Os cds de metal por ordem alfabética, os outros espalhados em vários cantos da casa</i>”. A dispersão dos discos faz com que o nosso entrevistado não tenha a noção exacta daquilo que detém, embora aponte para cerca de 2200. Revela que “<em>quando comecei a comprar discos o vinil estava em fase de desaparecer e durante muitos anos só comprei cds, mas nos últimos 5 anos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>voltei ao bom caminho</em>”. <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9jSuU8UJQVlJKtVD34bbBIydGGq6PxoLiQzQJDXT1yAycZqar3skeWjYFicsL1ldK4aKoN2PAah57mMUlyQgdwncfebpwNscCb0BaADXMSUD95ouprEVoiSe996TjW-fblrM9/s400/DSC07957.JPG" height="346" width="400" /></span></div>
<span style="font-family: inherit; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">
</span><span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: inherit; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">No meio de tantos e bons discos, Ivo guarda algumas preciosidades que considera essenciais, destacando a “The Wooden Box”, de Enslaved, a todos os niveis. “<em>Primeiro, porque foi uma prenda de Natal do meu melhor amigo. Segundo, porque adoro a banda e terceiro pelo valor da dita cuja!!! Mas existem outros discos que eu que gostava de destacar, simplesmente porque fazem parte dos meus discos preferidos:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Candlemass – “Epicus Doomicus Mettalicus”, Satyricon – “Volcano”, Carcass – “Heartwork”, Mercyful Fate – “Don't Break the Oath”, Katatonia – “The Dead End Kings” edição limitada com 2x10" + cd + Dvd, entre outros. Também tenho bastante orgulho da minha colecção de álbuns de metal português apesar de não ser super-completa</em>”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Ivo assume já ter perdido a cabeça algumas (poucas) vezes no ímpeto de comprar discos. “<em>Normalmente recuso pagar muito por um só disco mas quando compro em quantidade perco facilmente </em></span><span style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><em>o controlo.<span style="color: black;"> Numa feira de discos aqui na Suíça, eu e a minha esposa gastamos 800chf( 650 €) em 3h e se tivesse mais dinheiro comigo, mais tinha gasto. (In)Felizmente não havia multibanco no edifício onde faziam a feira. Ultimamente dei 50 € por um cd dos Ogre – “Dawn of The Proto-Man” no discogs e nem foi para mim….</span></em></span><span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Fã assumido de metal, Ivo esclarece que não nutre um fascínio obsessivo por nenhuma em particular. “<em>Existem muitas bandas que eu adoro mas acho parvo comprar edições sem grande interesse auditivo só para encher prateleiras! Eu acabo por ser mais um comprador de ocasião, se encontrar a bom preço e achar interessante compro, senão dificilmente vou procurar ep's ou bootlegs na internet</em>”. Ainda assim, revela que compra muitos discos e que “<em>só neste ultimo mês comprei uns 30 LPs e uns 24 cds! Ás vezes as coisas descontrolam-se um bocado</em>”, assume! <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_wl5zAd7BIfIdIhSoDrvJD53imL7V_ilMBRl4PNZOIWKxBNxUGUxiCMe6uvAhow3ike9fItYEPuzVgfEzj3sceTZ7t5UMtUQmAkznuCC4pWmXHqWInFoCdjqS0ga5yANDu-jF/s1600/DSC08014.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_wl5zAd7BIfIdIhSoDrvJD53imL7V_ilMBRl4PNZOIWKxBNxUGUxiCMe6uvAhow3ike9fItYEPuzVgfEzj3sceTZ7t5UMtUQmAkznuCC4pWmXHqWInFoCdjqS0ga5yANDu-jF/s400/DSC08014.JPG" height="400" width="398" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">A busca de discos passa por visitar “<em>uma vez por semana nas várias lojas de usados (cash converters<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e outros), feiras de rua (no verão), as lojas de discos da cidade. Mas cada vez mais compro na internet, sobretudo no discogs e lojas virtuais. Sinais dos tempos</em>”. Estando na Suiça, até que ponto é diferente a realidade para quem partilha desta paixão pelos discos? “<em>Aqui em Genebra existe uma única loja/bar de metal, mas os preços são exorbitantes! As outras lojas (3 ou 4) acabam por ter o mesmo problema e ainda menos escolha… A Suíça alemã tem muito mais lojas e muito mais escolha, sendo uma das minhas alternativas preferidas para comprar uns discos. A loja da Adipocere em França que fica a cerca de 100km daqui , tem um catalogo imenso… mas evito lá ir porque rebento sempre com a carteira. </em></span><span style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><em>O "regresso" do vinil está a ajudar bastante as lojas e como o poder de compra aqui é grande, os estragos da internet notam-se menos que noutros países, mas muitas lojas já fecharam… <span style="color: black;">As compras na internet</span> a partir de 50 CHF (40 €) pagam uma taxa ao entrar na Suíça e já me aconteceu pagar cerca de 50 € de taxa numa encomenda da Nuclear Blast. Agora envio sempre para a casa de amigos em França, as despesas de envio ficam mais baratas e no caso da Season of Mist de graça a partir de um valor 50 €</em>”, explica-nos de forma clara. </span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqtEa9Hs-yYgN2m1YuBdQD_s2o_JVbihXdYKWE743WtUNP_yZjVCWt0mZ6VQ9ekKRXcZ3waKJznIbL1ODYvpQcJwfepusra0dpJ9yTGQNF-UP4BVSrzmAgHr0mY-12QkWkEyq8/s1600/mephisto_001754.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqtEa9Hs-yYgN2m1YuBdQD_s2o_JVbihXdYKWE743WtUNP_yZjVCWt0mZ6VQ9ekKRXcZ3waKJznIbL1ODYvpQcJwfepusra0dpJ9yTGQNF-UP4BVSrzmAgHr0mY-12QkWkEyq8/s400/mephisto_001754.jpg" height="365" width="400" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: inherit;">Comparando à realidade portuguesa, quais as vantagens de ser um colecionador na Suiça? Ivo resolve aguçar-nos a nossa inveja e confessa que “<span style="color: black;"><em>a nível monetário a vantagem (poder de compra) é evidente, a maior parte do pessoal não anda a contar trocos para ir a um concerto e se quer um disco compra-o sem problemas. Depois é claro que há muitos mais discos em circulação, e que se torna mais fácil arranjar certos álbuns antigos</em>”. Quanto ao acesso a concertos, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>assume que “</span><em>torna-se muito mais fácil ir aos grandes festivais de Verão.<span style="color: black;"> A maior parte das digressões passam por Zurich</span> (cerca de 300 km de Genebra</em><span style="color: black;"><em>),<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Basileia (300km) ou Lyon (150km) . E melhor ainda, nos últimos 3 anos começaram a apostar de novo em concertos aqui na região. Em Lausana, por exemplo, organizam o Inferno festival (suisse edtion) e este ano o cartaz foi excelente: My Dying Bride, Aura Noir, Dark Funeral, Primordial, Samael (plays passage)!! e mesmo aqui em Genebra passaram grandes bandas como Nasum, Entombed, Red Fang, Exodus, Suffocation,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Septic Flesh, Vista Chino e muitos outros. Um dos momentos altos no entanto, foi Orange Goblin num club em Friburgo com capacidade para 200 pessoas em que estava tudo em delírio e até um anão andava lá no meio!!!<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas a maior diferença é mesmo o dinheiro, as pessoas aqui vão aos concertos mesmo que nem conheçam as bandas e às vezes só para beberem uns copos…. Por vezes o ambiente ressente-se um bocado! O publico Português é bem mais acolhedor!</em>”, admite <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Voltando à caça aos discos, Ivo vai tendo os seus dias gloriosos, sendo que “</span><span style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><em>já comprei coisas muito baratas como o “Mental Vortex” dos Coroner em cd por 60 centimos e o “Grin” também em Cd por 3 euros. O “Considered Dead” dos Gorguts por 1 euro! O primeiro LP de Bolt Thrower como novo por 8 euros,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o “Tresholds” de Nocturnus por 3 euros e muitos mais. Ultimamente arranjei dois Cds de Loudblast por 80 centimos cada, mais alguns de My Dying Bride, Ulver e Anathema por 1 euro. A melhor compra no entanto foi o LP de Pink Floyd –“The Dark Side Of The Moon” ( Mobile Fidelity Sound Lab) por 80 centimos</em>”. <o:p></o:p></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: inherit;">Preços e achados realmente fantásticos. Mas quanto custa verdadeiramente um disco na Suiça? “<span style="color: black;"> <em>Um vinil novo custa a volta de 35Chf - 29 euros e um Cd 25 chf - 20 euros. Nas lojas grandes tipo Media Markt arranjam-se bons cds a partir de 8€ e muitas novidades por 15€. Nas feiras de rua há um bocado de tudo… sobretudo chungaria! Já encontrei muita coisinha boa, mas sinceramente é preciso paciência e insistir no meio do lixo (Mariahs Careys e Britneys Spears).<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Agora a Meca para quem gosta de metal é o Metal Börse em Zolfingen, uma vez por ano as melhores lojas e alguns privados juntam-se e fazem provavelmente a melhor feira de discos da Suíça</em>”. <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6mAzqAgTvAD-TxFj4ds9JbqOehPtQjKy8eQZ3GbXPXsYEdyZb6ev4j2Qv_HMEIRHcHUxOVOgqICp4brAqkrVUHIAyOydrD0bMF9j0DPtUodAwJUYFloviR8S9kgLgQh5cXkBI/s1600/mephisto_001784.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6mAzqAgTvAD-TxFj4ds9JbqOehPtQjKy8eQZ3GbXPXsYEdyZb6ev4j2Qv_HMEIRHcHUxOVOgqICp4brAqkrVUHIAyOydrD0bMF9j0DPtUodAwJUYFloviR8S9kgLgQh5cXkBI/s400/mephisto_001784.jpg" height="400" width="272" /></span></a></div>
<span style="color: black; font-family: inherit; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: inherit;">Pergunta difícil para quem anda nestas lides, Ivo tenta apontar aqueles que considera os seus discos favoritos e de alguma forma especiais para si. Eis a lista: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><em>Megadeth – “Rust In Peace”, Slayer – “Reign In Blood”, Judas Priest – “Painkiller”, Venom – “Black Metal”, Rainbow – “Rising”, Deicide- “Deicide”, My Dying Bride – “Turn Loose The Swans”, Kreator – “Coma Of Souls”, Candlemass – “Epicus Doomicus Mettalicus”, Morbid Angel – “Covenant”, Heavenwood – “Diva”, Moonspell – “Wolfheart”, Arcturus – “La Masquerade Infernale”, Saint Vitus – “V”,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pentagram – “Relentless”, Carcass – “Heartwork”, Death – “Leprosy” / “Scream Bloody Gore” / “Spiritual Healing” / “Symbolic”, Annihilator – “Alice In Hell”, Ministry – “Psalm 69”, Mercyful Fate – “Don't Break The Oath”, Vader – “Black To The Blind” e tantos outros….</em></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: inherit; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Inseparável dos seus discos, Ivo confessa que quando partiu para a Suiça, inicialmente, levou uns vinte discos essenciais para o seu bem estar físico e psicológico! No entanto, os restantes não tardaram muita a fazerem a viagem Gaia-Genebra. E se num eventual regresso a Portugal já só sobrasse espaço para trazer ou os discos ou os electrodomésticos, qual seria a opção de Ivo? “<em>Os discos, sem dúvida! A única coisa que não é descartável cá em casa são os discos,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>meia dúzia de filmes e alguns livros. Tudo o resto podia ficar para trás sem qualquer problema de consciência.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ah, e esqueci-me das Living Dead Dolls da minha esposa… ela mata-me</em>”!</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0WOn7V83CZsfXb63GBb37mOCFvzzn4_6oJ3GXEJJqs8tph4DpfZ8ozt9l7tavXDwyZCQ9v8Y278O14GbtnwZ_Q5iS8SaYML1BKPfoMef8M3fqORuOATzVFKf0QzQaUcw5BTJD/s1600/DSC08045.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0WOn7V83CZsfXb63GBb37mOCFvzzn4_6oJ3GXEJJqs8tph4DpfZ8ozt9l7tavXDwyZCQ9v8Y278O14GbtnwZ_Q5iS8SaYML1BKPfoMef8M3fqORuOATzVFKf0QzQaUcw5BTJD/s400/DSC08045.JPG" height="353" width="400" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Como gostamos de perguntas difíceis, numa situação de extrema na qual o nosso entrevistado fosse obrigado a escolher um e apenas um disco da sua colecção para levar consigo, qual seria o eleito? “<em>Actualmente seria Candlemass – “Epicus Doomicus Metalicus”, apesar de isso estar sempre a mudar… Nos últimos tempos tenho dedicado bastante atenção à discografia da banda, </em></span><span style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><em>foi fantástico vê-los este ano no</em><span style="color: black;"><em> Metaldays, onde foram a ultima banda e onde fecharam o festival com a Solitude! Genial!! Mesmo quando até nem gosto muito do actual vocalista</em>”. <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: inherit;">Sem ligar demasiado a preciosismos audiófilos, Ivo revela que “<em>neste momento tenho um gira-discos Denon bastante básico ligado a um sistema home video JVC e colunas JVC. Curiosamente até acaba por ter um som bastante razoável. Está planeado comprar um bom amplificador e umas colunas nos próximos dois meses… Mas comigo isso pode demorar um ano ou dois….</em> “. <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="color: black; font-family: inherit; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Pai de um rapaz de 12 anos, será que o bichinho já passou de pai para filho? “<em>Sim, ele já está agarrado!</em>”, admite. “<em>Cá em casa sempre ouvimos este tipo de musica e quando alguma banda lhe chamava a atenção, perguntava o nome e pedia para ouvir mais!<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Já tem os cds dos grupos preferidos e pode mexer à vontade nos meus discos porque sei que ele tem cuidado. Agora anda "apaixonado" por Carach Angren (banda que vimos ao vivo recentemente) e Satyricon ( que vamos ver no mês de Dezembro). <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aliás, ele já começa a ser um veterano dos concertos,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>já viu mais e melhores bandas que muita gente grande:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Judas Priest, Ozzy, Megadeth 2x, Eluveitie, Katatonia, Rob Zombie, Aura Noir, Septic Flesh, Candlemass, o </em></span><span style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><em>Metalcamp 2012 e Metaldays <span style="color: black;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>2013!! </span>Somos uma verdadeira metal family!!"</em>, confessa entre risos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ69CGoH4PiS7a7Po2vQqjaJY0bTMa9x8BMXB3ggSKCxTTyNvlO7iSOf8yYRGrN6J5IlMWtPPAUOgIXG3J36DOi9m00qyWRKdtGNecwbA0DVlPtS7QBN5sdp9nEENE05it-qyL/s1600/DSC08015.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ69CGoH4PiS7a7Po2vQqjaJY0bTMa9x8BMXB3ggSKCxTTyNvlO7iSOf8yYRGrN6J5IlMWtPPAUOgIXG3J36DOi9m00qyWRKdtGNecwbA0DVlPtS7QBN5sdp9nEENE05it-qyL/s400/DSC08015.JPG" height="235" width="400" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13pt; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<span style="color: black; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: inherit;">Para finalizar a nossa conversa, deixei espaço ao Ivo para explanar aquilo que lhe vai na alma quanto à paixão que partilhamos. “<em>Fico triste quando vejo a forma como as pessoas tratam a musica nos tempos que correm, com a revolução tecnológica mp3 e afins em que a musica é descartável, sem alma e em que a qualidade sonora regrediu. Será verdadeiramente fantástico termos discografias completas de bandas que não gostamos no disco rígido e que nunca na vida vamos ouvir!? Mas pior ainda (na minha opinião) pagar para descarregar um álbum ou uma musica? Sem ter algo de palpável e de real nas mãos? Mas não quero ser negativo, a internet pode ser um instrumento fantástico de promoção para as bandas e para nós colecionadores. Acho que cada vez faz mais sentido ter esta paixão, este vicio saudável e ir contra a corrente. Cá fica o desabafo…”.</em> E fica muito bem, caro Ivo! <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-39766417858279624782009-01-28T00:15:00.004+00:002013-10-09T00:31:02.507+01:00em entrevista...CRYSTALLINE DARKNESS<div align="justify">
De forma discreta mas extremamente sólida, parece estar a emergir em Portugal uma nova vertente da música extrema que tanto deve ao black metal como ao funeral doom, tudo envolto numa profunda angústia e palpável desespero do qual emana uma certa portugalidade. De entre os vários nomes que têm vindo a apresentar trabalhos bastante interessantes dentro deste espectro nos últimos meses, os CRYSTALLINE DARKNESS são um dos mais interessantes. A banda liderada por Demoniac mostra na estreia «Melancólica Nostalgia» uma apurada sensibilidade no momento de transformar em música todo um rol de sentimentos que o músico nos ajudou a descobrir na entrevista gentilmente cedida ao Opuskulo. Aqui fica o resultado.</div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-A-5lmU0D_m4lxtG3MYA2Tw8ED6ZBdPCAyFJWrXpZB1GzdGJq8-OuJO2bCcDazxM9psFB_uHeimJblDWwWprh7dnGqqEMOXvzSr7aIYwX8XpOfYwupjqICQUE6ZJ-S_ZuVh0I/s1600-h/Logo-Crystalline_Darkness.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296132189192441474" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-A-5lmU0D_m4lxtG3MYA2Tw8ED6ZBdPCAyFJWrXpZB1GzdGJq8-OuJO2bCcDazxM9psFB_uHeimJblDWwWprh7dnGqqEMOXvzSr7aIYwX8XpOfYwupjqICQUE6ZJ-S_ZuVh0I/s320/Logo-Crystalline_Darkness.jpg" style="display: block; height: 283px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /></a><br />
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<strong>Como estão a correr as coisas com «Melancólica Nostalgia»? As reacções excederam as tuas expectativas, tendo em conta que se trata de um trabalho de estreia?</strong><br />
Saudações Ricardo. Creio que a resposta tende a ser mais positiva que negativa. Acho que para uma banda de black metal portuguesa que ousou em ser sincera num forro bastante pessoal/intimo misturando ambientes que nem sequer considero metal, a resposta foi inesperadamente boa. Dos comentários com que me deparei sobre a demo, foram maioritariamente positivos, tendo alguns nos associado a algo mais que black metal (comparação com Mão Morta, por causa da voz) e terem dado algum valor ao facto de eu fazer vocalizações em português e usar alguns contornos pouco típicos face ao nosso black metal nacional. Eu nunca sequer pensei numa resposta face a este trabalho, visto que não é algo com que eu me preocupe nem o mesmo existe para agradar ou vencer por este underground fora. É apenas como um manifesto de dedicação ao underground que eu decido publicar os nossos trabalhos.<br />
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<strong>Os temas presentes em «Melancólica Nostalgia» foram criados há cerca de dois anos. O que podemos esperar das novas criações de Crystalline Darkness? Seguem a mesma linha?</strong><br />
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Nesta banda não existem leis. Dito isto espero que seja claro para todos que farei com C.D. o que sair dos meus momentos de introspecção e de angústia. Não existe nenhum caminho, tanto posso fazer temas mais trabalhados e experimentais, como posso fazer algo primitivo a favor da emoção do improviso. Passado quase 1 ano do lançamento da nossa 1ª demo, deparo-me com algumas mudanças perante as novas músicas. As novas músicas têm uma participação vincada do Funeriis na bateria, dado que na primeira demo foi maioritariamente de improviso. Existem músicas que sofreram alterações por terem sido ensaiadas com os membros de sessão. Os nossos membros de sessão, não são mais que amigos chegados da banda, logo o ambiente da banda é respeitado e existe o espaço para a mudança. Crystalline Darkness é algo muito pessoal para mim, mas tenho aprendido a partilhar alguns momentos com os restantes membros da banda, sejam eles de sessão ou não. Odeio a mecanização de emoções e momentos, logo quanto mais natural for a reprodução do nosso som em palco, mais honesta será a nossa prestação. Para mim isso é tudo o que importa. Devo dizer que o facto de a banda ter começado a ficar activa em sala de ensaio e em palcos portugueses, mudou muito a minha prespectiva de como continuar a fazer música para C.D., descobri que posso ter mais tipos de musicas, sem serem aquelas que assombram a minha alma. Tenho desenvolvido as minhas capacidades musicais (a todos os níveis) e capacidade de comunicação com este mundo (que não é nada como o meu), ao ter ensaios regulares, jamais irei esquecer isto e esta catarse fez-me acreditar que bandas como Leviathan(US) / Burzum / One-man-bands, com “irmãos” poderiam alcançar outros terrenos que os mesmos jamais sonhariam. Sinto-me afurtunado por ter encontrado o Funeriis, Effrenus, Zametrião e o J. para partilhar a minha alma, a minha musica. Claramente não é algo fácil de arranjar e neste momento quero cair nesta ilusão, pois está a abrir-me alguns caminhos.<br />
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<strong>Em termos de sentimento e inspiração, «Melancólica Nostalgia» evoca uma marcada portugalidade, especialmente ao nível da melancolia da nossa cultura. Concordas? Onde bebes inspiração para a criação dos teus temas? </strong><br />
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Os temas da 1ª demo (tal como muitos dos meus temas), nascem de momentos de grande dor/sofrimento. Eu gosto bastante de arte e para mim a melhor forma de arte é aquela que vem moldada do sofrimento. Quando sofremos não existem máscaras, não existem escudos que escondam o que realmente somos. Eu sinto-me bastante confortável na lama em que me encontro, faz-me sorrir perante a minha incerteza. Acho que o povo português é um povo sofredor. Carregamos na alma a dor que exprimimos no nosso fado. Somos por natureza tão fatalistas e desorganizados que estamos destinados a ter visões nos nossos momentos de queda diários. Portanto tenho que concordar contigo, Crystalline Darkness é uma banda muito portuguesa, com um espírito bastante antigo – claramente moldado por esta onda de depressão, claustrofobia, dor e caos que abafa o Séc.XXI. Estamos em queda ascendente e não pretendemos parar.<br />
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<strong>Concordas se eu disser que está a formar-se em Portugal um movimento de black metal muito próprio e inspirado nessa dita melancolia e desespero da alma lusa? Para além de C.D., nomes como Inverno Eterno, Nox Inferi, D.O.R., Ars Diavoli, entre outros, têm aparecido com trabalhos extremamente interessantes.</strong><br />
Sim, o nosso underground anda cada vez mais interessante. Talvez por estarmos a aprender a soltarmo-nos. Somos pequenos, somos frágeis e vivemos num país miserável. Está na altura de marcarmos de novo a música com o nosso espírito, que eu considero quase único no planeta. Acho que passados quase 20 anos de black metal em Portugal estamos realmente a mostrar o nosso black metal lusitano. Falando por mim, tenho andado estarrecido com trabalhos de Inverno Eterno, Pestilência, Morte Incandescente, Black Howling, Cripta Oculta, Onirik, Flagellum Dei entre alguns mais. Só tenho pena de não existir uma união neste país referente ao black metal. Continuo a achar os concertos bastante ignorados juntamente com os lançamentos (especialmente demos). Por mim tudo bem, mas compreendo bastante o lado das editoras/distribuidoras. Felizmente não é só o Black Metal a desenvolver-se em Portugal, vejo grandes mudanças no mundo do Doom e noutros mundos fora do Metal (como o Rock experimental/psicadélico).<br />
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<strong>Achas que esse movimento tem potencial para afirmar-se e consolidar-se internacionalmente?</strong><br />
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Como em todo o lado existem bandas muito boas, boas, más e muito más. O unico factor que temos contra nós é a localização e a nossa fama de estarmos constantemente banhados em temperaturas tropicais de norte a sul do país (como se isso fosse sinal do quer que fosse). Acho que temos potencial para desenvolver, mas ao mesmo tempo temos bandas que já se encontram bastante confortáveis no antro onde se deparam. É preciso saber respeitar isso. No nosso caso, apenas queremos mais meios para investir noutros tipos de lançamentos e a possibilidade de cuspir ódio em palco(algo que surpreendentemente achei terapeutico), o resto é me igual. Duvido que algum dia tenha a possibilidade de viver da minha musica honesta e despida de preconceitos. Considero isso uma utopia banida por esta sociedade de parolos, que para sobreviverem vendem-se ao próximo.<br />
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<img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296132315477627778" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi83ZD86ZW_IJX2mTmEDCAvaoMUeGasWTz77z3C94fNgkn_MeHa2b6GhShIHp3Bou_yMpYg2BF-dmPikYkWAzBnlZeXjk4PI57pCyvAJ9fFHzSjrRGdqfX_0Z2CiJka2AIT2c1l/s320/demoniac_Lucia_costa.jpg" style="display: block; height: 320px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 303px;" /><br />
<strong>Gravaste recentemente um split com Pestilência. Fala-nos desse trabalho. O que propões com ele e como o podemos obter?</strong><br />
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Este lançamento que se avizinha, denomiado “Delírios” (split com Pestilência/Crystalline Darkness) será um misto da 1ª demo e o nosso lado mais experimental. Algo que nos saiu naturalmente, mas claramente diferente em alguns aspectos do material exposto anteriormente. O split será lançado pela Mistress Dance Records em tape limitado a 500 cópias e em vinil (está previsto para meados de 2009). Encaro este split como um processo de amadurecimento para o material que temos adiado em gravar para a nossa 2ª demo, que por sinal será bastante vasta (principalmente por eu querer que ela marque uma fase de mudança que aconteceu durante este ano 2008). Uma mudança que se avizinha no material futuro de Crystalline Darkness é a presença do Effrenus (de Pestilência) no baixo. O Effrenus foi o baixista de sessão no nosso concerto de estreia, eu mesmo dei-lhe carta branca para ele improvisar as linhas de baixo no material da 1ª demo, o que deu outra dimensão ao material. Com o passar do tempo, eu e o Funeriis achamos que ele seria essêncial para C.D. e dado ele ser quase como um irmão para mim, foi uma escolha mais que natural. Contudo não pretendo deixar de compor ocasionalmente algumas linhas baixo. É conforme o momento em que as musicas são criadas, existem músicas de C.D. que têm uma estrutura muito dependente do baixo e eu respeito sempre aqueles momentos espontâneos de “visão” (como eu lhes chamo). Para quem espera alguma coisa de nós, nunca espere nada. Resumindo, este split é bastante especial. São duas bandas que partilham os mesmos membros em palco (de sessão e não só). São bandas que ao fim ao cabo, estão a crescer por caminhos diferentes, mas estão muito mais próximas que as pessoas possam pensar. O resultado é realmente o produto dos nossos delírios. Tendo tocado semanalmente os temas de Pestilência do split, no baixo, sinto-me bastante próximo destas composições, duvido que muitos entendam sequer a temática que abordamos. Este split é tão experimental (musicalmente), que arrisco a dizer que a nossa sinceridade será sufocada pela cegueira de muitos. Para obterem este split basta entrarem em contacto com a Mistress Dance Records (<a href="mailto:mistressdancerec@gmail.com">mistressdancerec@gmail.com</a>) ou (como para qualquer lançamento da banda) para crystallinedarkness@gmail.com</div>
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<strong>Ao contrário de outras bandas do género, os C.D. acedem em dar entrevistas e divulgar o seu trabalho. Que importância dás a imprensa na divulgação do teu trabalho e como encaras essa atitude de um certo isolamento de algumas bandas?</strong><br />
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Eu só tenho que ter respeito, por aqueles que decidem afastar-se do ruído caótico, da sociedade em que nos encontramos. Por vezes ao expor os meus sentimentos de tal forma na minha música e a mesma ser de “fácil acesso”, sinto-me um bocado sufocado por opiniões que nada me dizem. Hoje em dia pouco nos serve conseguirmos ignorar o ruído de outras pessoas, pois as mesmas já não se contentam em gritar, as mesmas acabam por colidir connosco no nosso dia a dia e temos que acartar com o peso delas. O dito peso existencial. Contudo faço isso, dado que acho quase impossivel uma banda ser clandestina nos dias de hoje, eventualmente acaba por cair na boca de alguém. Já que vou ser exposto, prefiro ser eu a liderar a minha exposição e aproveito a mesma para vincar o meu sufoco, perante os que me sufocam. Muitos levam a nossa atitude a mal e acham que queremos ser alguém por isso. Claramente que me estou nas tintas para isso, apenas quero fazer a minha musica em paz e ter a capacidade de a ter em contentores analógicos que respeito.<br />
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<strong>Apesar de todas as vantagens que a tecnologia nos trouxe, o movimento underground digno desse nome parece estar a recuperar fôlego e adeptos. Sentes isso? Como explicas esse facto?</strong><br />
Acho que quem realmente ama arte, não se contenta com uma simples fotocópia. Hoje em dia existem maiores auto-estradas de divulgação de informação. Eu encaro isso como algo bom. Todos os dias ouço bandas que muito possivelmente jamais iria conhecer se esta auto-estrada não existisse. Claramente o ser humano encontrou uma maneira de estragar a honestidade desta acção e usa isto como desculpa para não gastar dinheiro (limitando este aos bolsos de outros manipuladores). Dizes que tem mais adeptos? Óptimo. É sinal que o underground está a vencer a doença, mas duvido muito que sobreviva ao desinteresse monetário de muitos no mesmo, por muito mais tempo. Senti isso ao ter lançado a minha 1ª demo, dado 500 cópias serem estipuladas a circularem durante 5 anos no underground mundial. Tudo na vida tem o seu equilibrio, creio que é essa a razão de ainda estarmos todos aqui. Daí não estar muito preocupado, pelo menos não muito mais do que estou enojado.<br />
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<strong>Formatos como a demo tape ou o vinil são cada vez mais procurados e transformados em objectos de culto. Achas que funcionam um pouco como uma contra corrente em oposição ao cd e, principalmente, mp3?</strong><br />
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Eu considero o vinyl e a demo tape culto, por preservarem uma aura imperfeita do que é a musica e do quanto essa imperfeição molda o nosso dia a dia e amor para com a musica que nos alimenta. Quem lidou com cassetes ou vinis, sabe a atenção que tem de ter ao ouvir um lançamento desses e o amor que é necessário ter para com esse lançamento para o ouvirmos com calma durante muitos anos. Muitos veneram o CD e o mp3 pela sua versatibilidade e acabam por viver apenas disso, só posso sentir pena deles pois jamais entenderão o que é amar um album até determinado ponto. Não sou eu que falo, é o meu corpo, que é humano e a maneira como ele reage ao dia-a-dia do facilitismo. Todos sabemos que o que é fácil demais perde o interesse facilmente. Contudo também gosto de balancear as correntes da seguinte forma: Quando não estou muito atento (trabalhar, conduzir, teclar no meu computador) prefiro ouvir CDs e MP3’s...os álbuns que realmente amo, procuro sempre a versão analógica e rendo-me ao meu masoquismo de os querer absorver sempre que quiser neste formato. Infelizmente não consigo arranjar tudo o que quero, daí entender o crescimento do MP3. Acho que o MP3 teve um impacto tremendo no underground. O melhor exemplo disso é sobre as Les Legions Noire que por bem ou por mal acabaram por cair na boca do mundo. Eu sinto-me bastante grato por isto, dado ser quase impossível alguém da minha geração ter uma cópia original das LLN. Claramente isto tem as suas desvantagens. Eu mesmo me sinto enojado com a ignorância em torno desta legião. Creio que os mesmos preferiam ser náufragos do tempo e ignorados pelos humanos. É o dito equilíbrio que falei em cima, daí andar a aprender a respeita-lo.<br />
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<strong>Colocarias alguma vez a hipótese de editar um trabalho de C.D. em formato mp3 para download?</strong><br />
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Unica e exclusivamente não. Já acabei por partilhar uma faixa da 1ª demo para uma compilação (da Irmandade Metálica), mas não passou disso. Jamais seria capaz de criar algo, apenas para existir virtualmente. É esta a razão principal pela qual eu exponho o material de C.D., tanto eu como o Funeriis, Effrenus temos algum orgulho/contentamento (egocêntrico) em ver esse mesmo material exposto nas nossas estantes. Acho que a musica foi feita para ser acompanhada de uma capa/booklet, uma visão ilustrativa da aura da banda, naquela gravação. Uma das razões da mesma é o efeito que ela tem na pessoa que o segura. O valor aumenta. Não existe preço para o que temos nas nossas colecções. Enquanto o preço da minha colecção de MP3 é hipotético e claramente será comido pelo tempo. Ao menos os meus vinis e cassetes irão ser pó, pó esse que eu toquei e senti e passei alguns momentos a ler , re-ler e absorver a sua energia. Esta é a magia do underground, pena poucos entenderem isso.<br />
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<img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296132583868963682" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe1wdPO7Hog72mG4zJXthVBsqmK6E1P850I8Nxj0bkbwG0khM8OAvIHfcS1ieDVoQQNXeZlB5ygJ59-oIUWkCNqzsVe_SrP4qMZ0DwQiygeIQZoqdc1cYbcGNU80_dofDVHFQW/s320/J_rmi.jpg" style="display: block; height: 320px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 240px;" /><br />
<strong>Em estúdio são apenas dois elementos, como é a vossa formação ao vivo? Trabalhas com músicos contratados?</strong><br />
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De momento somos três na fase criativa:<br />
Demoniac – Composições, Guitarras, Baixo, Vozes, Letras, Percussão e etc...<br />
Effrenus – Baixo, Percussão<br />
Funeriis – Percussão, Bateria acústica.<br />
Line-up ao vivo:<br />
Demoniac – Vozes<br />
Effrenus – Baixo<br />
J. – Guitarra<br />
Funeriis – Bateria<br />
Zametrião – (não existe nome para o que ele é, digamos que ele não precisa de estar presente para existir em palco connosco).<br />
O J. e o Zametrião, são amigos próximos da banda, estão connosco unica e exclusivamente para nos apoiar na nossa visão e darem-me espaço para me exprimir (sentiria-me demasiado preso a tocar um instrumento em palco).<br />
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<strong>O que podemos esperar de um concerto de C.D.? É fácil recriar em palco toda a angústia da vossa música?</strong><br />
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Crystalline Darkness em palco é a materialização do nosso ódio e claustrofobia sonora. Creio que para nós é bastante simples recriar, pois recusamo-nos a recriar exactamente o que gravamos. Como disse anteriormente a honestidade é uma ferramenta muito usada pela banda e a mecanização de emoções não tem lugar no nosso palco. Respeitamos a estrutura da musica, mas muitos factores mudam em palco, começando pela liberdade do Funeriis na bateria, o Effrenus a improvisar no baixo e a minha voz perdida no meio de tanta catarse emocional. Esta é a razão pela qual eu adorei o nosso 1º concerto e decidi continuar a dar concertos com Crystalline Darkness. Dado a visão que eu tenho em cima do palco é perfeita para eu me banhar na minha própria musica. Estou rodeado de estranhos que nada me dizem e vejo nas suas pequenas variações genéticas faciais, semelhanças com as faces que me assombram e me tornaram no que sou hoje. O meu ódio está todo ali, pois eles estão ali e irónicamente não estamos ali por ninguém a não ser por nós próprios, mas jamais estariamos sem a presença de terceiros( o dito equilíbrio da vida, por mim referido em cima).<br />
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<strong>As letras em português são outra característica que define muitas das novas e excelentes bandas de depressive black metal que têm aparecido por cá ultimamente. Achas esse um factor indissociável da vossa música?</strong><br />
Eu tento ao máximo fugir a rótulos. Acho que uma banda deve ter rótulos por lançamento, não rótulos que simbolizem o que fizeram/fazem/irão fazer. Acho isso algo que corta as asas à verdadeira arte que é fazer musica. Eu escrevo em português, porque é a língua que me vai na alma e no coração. Ao escrever em inglês posso estar sujeito a algumas camadas de mim, que não desejo deparar-me com mais tarde (camadas humanas dispensáveis). Contudo não meto de lado a possibilidade de escrever em inglês, é uma língua que tem o seu dito magnetismo... magnetismo esse que me fez criar o nome Crystalline Darkness. O ambiente de C.D. é depressivo, mas não só, muitos irão descobrir isso neste split com Pestilência.<br />
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<strong>O que podemos esperar de C.D. após este split? Há algo mais na manga para breve?</strong><br />
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Sem contar com os 20m usados neste split, temos por volta de 90-100m de música para gravar e lançar. Cada grupo de musicas é distinto o suficiente para encaixar em diversos lançamentos. Temos planos para os expôr em 2009, mas naturalmente não temos grande controlo sobre isso, especialmente querendo ter algum tempo para mim, para recuperar do desgaste emocional dos concertos e das horas criativas que tive com C.D. este ano, que não foram poucas. Estamos aqui para ficar, enquanto eu respirar o meu corpo irá sentir-se sufocado pela sociedade que o rodeia e fascinado por este ódio em viver (irónico não é ?), logo C.D irá existir até eu morrer. Como já referi agora como esta mudança da actividade da banda (ao vivo, ensaios) a banda irá ganhar ainda outra dimensão e estou curioso para a sentir, é para isso que aqui estou, para sentir......nada mais!<br />
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“Let yourself rot in this fake twilight of happiness”<div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-64991217678550880962009-01-08T12:04:00.005+00:002013-10-09T00:31:42.009+01:00em entrevista...THERIOMORPHIC<div align="justify">
Referência incontornável do panorama death metal português, os THERIOMORPHIC chegam ao sempre complicado segundo álbum com uma vitalidade e força invejáveis. «The Beast Brigade» apresenta-se como um disco mais negro comparativamente à estreia «Enter the Mighty Theriomorphic» sem, no entanto, perder em qualidade e tenacidade. Jó, o eterno líder da banda e uma figura emblemática do nosso underground, continua às rédeas desta besta de peso, melodia e agressividade, revelando-se igualmente um afável interlocutor com o qual o Opuskulo tem o máximo prazer partilhar algumas ideias. </div>
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<img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288893864560980914" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJZKGwJi-uKNTPCuy926h7aQiX3bam4HivsiAL1n_zmEdosfQxC9XrcQWLzHtEe6v_ko8Hm9V_ZHdF7cIEjOi3TmkhFp5WaPNpra_uU5z3Rmsosj7EcSG1Q0yBRJtmQa1VwUTZ/s320/logo+theriom.jpg" style="display: block; height: 145px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /><strong>«The Beast Brigade» surge como um todo mais negro e obscuro quando comparado com o vosso álbum de estreia. Concordas? Alguma razão especial para isso?</strong><br />
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Concordo, mas é algo que surgiu naturalmente. Tanto em termos de letras, como de música, aquilo que vivemos e o que nos rodeia têm a sua influência, porque a música é uma forma de libertarmos o que vai dentro de nós. Vivemos tempos difíceis e isso fez com que o álbum saísse assim. Também a parte gráfica contribuiu para isso, penso eu. As ilustrações dão uma obscuridade que não se sentiria só com a música. Desta vez, houve um acompanhamento maior nesse aspecto, porque fui trocando ideias com o Micky e explicando o que pretendia. Ele já gostava de Theriomorphic e apresentou a sua visão das criaturas do primeiro álbum. Enviei-lhe algumas letras, inicialmente, para ele fazer os primeiros esboços e depois os temas, quando já estavam gravados, e ele fez algumas das ilustrações depois de já conhecer a música. No final, acho que foi uma excelente combinação.<br />
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<strong>Contam com alguns convidados neste disco. Podes elucidar-nos melhor da importância dessas participações?</strong></div>
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Estávamos a preparar temas para o álbum com o Cláudio, quando, a dada altura, tivemos que pensar em sair do local onde ensaiávamos, e onde ele já tocava antes com os Sannedrin. As coisas não estavam a funcionar bem, devido à disponibilidade de cada um e à distância a que a maior parte de nós estava. Como ele tinha despesas com aquele local e era complicado estar a pagar outro, esteve para sair da banda. Concordou em gravar o álbum, que tinha mesmo que avançar, para não estarmos a perder meses recomeçando tudo com outra pessoa. Dois dos temas, “Dark Sky Above” e “The Necroid”, já tocávamos desde 2005 e, quando ele entrou, a preocupação maior foi com temas ainda incompletos, ou que estavam a sofrer pequenas adaptações, e esses dois foram ficando de parte. Até à gravação também não conseguimos arranjar forma de ele os aprender. Como seria trabalhoso e moroso fazê-lo na altura de gravar, lembrámo-nos de convidar o Sid para os gravar. Foram os primeiros temas que escrevemos com ele. O primeiro álbum estava composto, excepto os solos e alguns arranjos da sua autoria, e sabíamos que ele gostaria de deixar algo em que tivesse participado criativamente. “A Final Journey” é um tema mais antigo que não tocávamos desde 2001, ou coisa parecida. Nesse caso, nem o Sid o sabia tocar. O Zé era para gravar as guitarras todas, mas lembrámo-nos de convidar o Hugo, o nosso produtor e um óptimo guitarrista, para o gravar e ainda mais dois leads, noutros dois temas gravados com o Cláudio. O Hugo tinha-se disponibilizado para gravar guitarras, caso o Cláudio não participasse na gravação, e foi uma forma de ele também deixar o seu cunho neste álbum. No fundo, éramos 3 membros naquela altura, e o próprio Cláudio também era praticamente um convidado, havia essa liberdade de convidar quem quiséssemos. Foi uma forma de simplificar o processo de gravação, porque o prazo era relativamente curto, mas também de agradecer ao Sid e ao Hugo por aquilo que já tinham feito por nós. Em relação a vozes, “A Final Journey” era um tema para o qual sempre tive uma pessoa em mente, desde há anos, mas acabou por não ser possível fazê-lo naquela altura. O W, dos Decayed, é um velho amigo, já se tinha falado em ele participar num tema, em concerto, e lembrei-me de o convidar. O Paulo, dos Shadowsphere, tinha estado a assistir a um ensaio, onde ainda fez umas vozes, por brincadeira, e o André sugeriu que ele participasse num tema do álbum, que acabou por ser “Flesh Denied”. Há outros dois temas em que participam ambos, mas são apenas 4 ou 5 palavras em cada, com as vozes deles em simultâneo. Tinha até mais umas ideias para vozes mas, com a rapidez com tudo teve que ser feito, acabámos por não ter tempo de pensar melhor nisso.<br />
<img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288893980724566290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCvj162gQ3dbi0dppVqKCHNoWkacFa-Y8QinQz6m3_jf_eL1RLcXmu3Dxy4Uxl38LihD07vsfFh7ovhQqcdoHs1Y8IUg1wuCZAqA4QJ5r_73NyZ_irNxbeIBL6i4FzYQMrXeIb/s320/theriomorphic.jpg" style="display: block; height: 244px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /><br />
<strong>De que forma as mudanças de formação verificadas ao longo destes últimos dois anos influenciaram o resultado final deste novo disco? Há uma efectiva participação dos restantes elementos no processo de composição dos Theriomorphic?</strong></div>
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No que toca ao resultado final, todos acabam por ter a sua influência, obviamente. O André, como baterista, não participa propriamente com riffs, embora haja um tema neste álbum em que um riff surgiu de uma parte de bateria, mas ajuda a moldar e estruturar os temas. Normalmente, trabalhamos os temas em conjunto, a partir de riffs isolados que vão surgindo a um ou outro membro. Eu tenho alguns riffs que me vão surgindo e o Zé, como sempre, contribui com grande parte das ideias. A maior parte dos temas foram feitos com o Sid ainda na banda, há alguns riffs dele e algumas partes mais orientadas para solos relativamente longos. Noutros, o Cláudio já participou e há temas com riffs de ambos, que estavam incompletos quando ele se juntou a nós. Aliás, a participação dele foi fundamental para completar esses temas, porque estávamos a ter alguma dificuldade em fazê-lo. O Sid tinha gostos muito diferentes e, se por um lado isso nos permitiu ter alguns resultados excelentes, por outro, também havia uma certa dificuldade em se encontrar o ponto de equilíbrio entre os gostos de todos. Sempre nos habituámos a ter uma maior sintonia na composição e era frequente fazer-se um tema em um ou dois ensaios, a partir de uma ideia que surgia. Com o Cláudio, senti que voltou a haver esse tipo de entrosamento em termos de gostos e as coisas pareceram voltar a sair mais fácil e espontaneamente. Durante as gravações, ele manifestou vontade de continuar a trabalhar connosco e de se tentar encontrar uma forma de conjugarmos os ensaios, e, embora já tivéssemos começado a abordar outros guitarristas, a sua permanência fazia todo o sentido. Vamos ver o que vem aí, já que acabámos por não compor ainda muita coisa com ele.<br />
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<strong>Apesar do sucesso do primeiro disco não surgem vinculados a nenhuma editora com alguma dimensão. Foi mera opção da banda ou simplesmente não surgiu qualquer oportunidade?</strong> </div>
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Opção, não foi. Sou eu que acabo por tratar de tudo o que envolve a banda e, como o tempo e a cabeça não dão para mais, é difícil andar em contacto com editoras. Tentámos algumas, mas com a dificuldade crescente que há em investir em CDs, e a quantidade de bandas que surgem de todos os lados, não é fácil. Acabou por surgir a possibilidade desta edição e resolvi avançar, para não estarmos indefinidamente à espera de algo melhor, que poderia nem aparecer, ou levar mais alguns meses.<br />
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<strong>Há algum plano para uma edição internacional do disco? Que reacções vos chegam lá de fora?</strong></div>
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Para já, ainda não há planos. Gostaria, pelo menos, de conseguir alguém interessado em editar este ou o primeiro álbum em vinil. As reacções de fora, neste momento, ainda só são relativas ao “Enter The Mighty Theriomorphic”, estou a enviar algum material e a negociar umas trocas com alguma editoras, dentro das minhas limitações, mas as críticas ainda não começaram a aparecer. Penso que em breve haverá uma divulgação mais intensa, com alguma ajuda que devo ter. Só então poderei comentar. Se forem reacções tão boas como algumas relativas ao anterior, será óptimo.<br />
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<strong>Voltam a trabalhar com o Hugo Camarinha na produção. É um voto de confiança em mais um produtor português, o que não deixa de ser importante…</strong><strong></strong><br />
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Sim, é um bom profissional e um velho amigo, o que para nós foi fundamental. Acho que deveria haver mais gente a pensar em trabalhar com ele. Vale a pena, não só pela qualidade do resultado, mas pelo rigor que impõe. E isso sobressai, não só nos nossos álbuns, mas também nos dois últimos de Decayed, no de Bleeding Display e, mais recentemente, nos EPs de Undersave e Sannedrin. Está na moda gravar com o Daniel Cardoso, que é um excelente produtor e por quem tenho grande estima, mas penso que algumas bandas vão mais à procura do nome dele, para ostentar na publicidade, tipo selo de garantia, do que daquilo que realmente pretendem ter, em termos de sonoridade e identidade. Acabam por não se aperceber que há outros bons profissionais cá em Portugal, com quem se pode obter um resultado com qualidade superior e sem o risco de se repetir o que já aconteceu antes noutros estúdios, em que começam a surgir várias bandas com produções semelhantes, porque, por vezes, elas próprias não têm uma ideia bem definida de como querem soar.<br />
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<strong>Em termos de conceito por onde se move «The Beast Brigade»?</strong></div>
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Pelos mesmos trilhos que toda a música que fazemos. Há uma certa ligação entre os três primeiros temas do álbum, “Rise Of The Theriomorphic”, “Dark Sky Above” e “The Beast Brigade (part I)”, que também estão relacionados com a própria banda, em certo aspectos. No entanto, isso surgiu naturalmente nas alturas em que foram compostos, não houve qualquer intencionalidade. Na altura de definir o alinhamento é que se tornou mais óbvio que deveria haver uma sequência com eles. A haver um conceito, é proveniente de uma mesma forma de ver o mundo que nos rodeia, por isso há sempre uma certa relação entre todos os temas, não só os deste álbum e do primeiro, mas também todos os outros que fizémos e os que ainda faremos.<br />
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<strong>Quem compõe a «Beast Brigade»?</strong></div>
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Eu, ou tu, ou todos aqueles que se identifiquem com ela, de alguma forma. Acaba por ser um seguimento do tema “Theriomorphic”, do primeiro disco, onde se exalta a existência do Homem como produto de uma evolução e não de uma criação divina. É o Homem sem deuses ou religiões, livre de preconceitos, com o (perigoso) poder de decidir o seu destino e, até, o do nosso planeta e de todos os outros seres vivos.<br />
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<strong>Como encaras o actual estado do movimento underground português? Achas que finalmente estão reunidas as condições para que as bandas portuguesas evoluam em termos de reconhecimento e de qualidade?</strong></div>
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Acho que ainda não, sinceramente. Parte tudo da necessidade de haver um verdadeiro movimento em que as bandas se apoiem umas às outras, remando no mesmo sentido. Há sempre bandas que têm problemas com outras, seja por não tocarem o mesmo género, ou porque não se gosta do que determinada banda toca, ou por questões mesmo mesquinhas, em que é mais fácil dizerem todos mal uns dos outros sem perceberem que, na verdade, isso nem é benéfico para eles mesmos. Enquanto não houver a noção de que tem que haver um respeito e um interesse comuns, não sairemos do mesmo buraco onde estamos há anos. É um facto que a nossa posição geográfica e a falta de apoios neste país são grandes obstáculos, mas julgo que um esforço conjunto poderia fazer muito por mudar o rumo das coisas. Simplesmente, ninguém está verdadeiramente interessado em lutar por essa mudança. As poucas bandas que se conseguem alhear disso e conseguem lançar por editoras lá de fora, continuam a ser casos esporádicos, nada que indique que realmente haja um despertar de atenções para o bom Metal que se faz em Portugal. Se virmos, que apesar das várias iniciativas por todo o país, é sempre uma festa quando se tem mais de 50 ou 100 pessoas a ver um concerto, mesmo com algumas bandas estrangeiras, e que quando vêm cá os Metallica saem milhares da toca, incluindo os que não gostam deles, facilmente se percebe que não há, de facto, um movimento digno desse nome. Quando se vê que bandas portuguesas, abrindo ou não concertos de bandas estrangeiras, tocam para salas praticamente vazias porque para muita gente o que realmente importa é o preço e a quantidade de cerveja que se bebe, mais se percebe que realmente estamos muito longe de lá chegar.<br />
<img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288894481354257794" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTt1yOcYY8yXK34uC-Xk5zoqY3EitYW2IKHrtK_BEF7tnO6LHUK1GZ6Lv1acTSZ0VJnfREtvih2vpm9BRMFgvThYUCfgv1RMOALnrWnjvt9uxbDwdDCZrlJPqWfGtYTThyphenhyphennENS/s320/theriomorphic1.jpg" style="display: block; height: 240px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /><strong>Funcionando como uma contra corrente ao advento tecnológico que a Internet possibilitou, começa a sentir-se um certo regresso a formatos tradicionais como a demo tape ou o vinil. Sentes isso? Qual a tua opinião? Como encaras a relação Internet/Música/Underground?</strong></div>
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</strong>É uma relação um pouco perigosa. Claro que poderá ser um instrumento muito útil de divulgação, quando usado de forma responsável. O que se nota é que, para muita gente, é apenas uma forma de sugar quantidades enormes de álbuns à borla, e poucos percebem que também é preciso contribuir para que as bandas e editoras tenham condições de continuar a gravar e editar. No concerto de apresentação, vendemos 11 discos. No dia seguinte, sem haver ainda a possibilidade de se encontrar o disco à venda sem ser através de nós, e sem ter havido cópias promocionais que alguém pudesse ter disponibilizado na Internet, o álbum estava em vários blogs, com links para download, inclusivé da Rússia, Chile e outros países do género. Atendendo a que lá constavam links para o site ou o myspace da banda, poderia haver quem facilmente nos contactasse para adquirir o CD, se o quisesse, mas o facto é que os únicos contactos foram de pessoas que já conheciam a banda anteriormente e que já aguardavam pela edição para o poderem comprar. O espertalhão ou espertalhões que espalharam o álbum, sem o nosso conhecimento ou consentimento, poderão aliviar as suas consciências dizendo que agora o nosso reconhecimento lá fora será muito maior, mas eu não sinto grande orgulho em saber que esse “reconhecimento” se traduz em alguns megabytes de espaço em disco ocupados em vários computadores, mundo fora, quando grande parte das pessoas provavelmente nunca o ouviu, alguns ouviram um ou dois temas sem prestar qualquer atenção e só muito poucos podem realmente dizer que conhecem o álbum. E desses poucos, nenhuns manifestaram interesse em saber como adquirir uma cópia original, até agora, por isso continuo a preferir aqueles que o compraram, alguns praticamente sem o terem ouvido, do que os que ouvem sem o comprar. Há quem tente comparar com o tape-trading que se fazia há uns anos, mas nessa altura, havia investimento nas cassetes, nos portes de correio, e quando se conseguia encontrar os discos originais fazia-se o possível para os comprar. E acho que havia maior preocupação em se ouvir e em conhecer as bandas. Agora, até isso é cada vez menor, interessa é sacar tudo e mais alguma coisa, sem se ouvir ou conhecer quase nada. Por isso é que as bandas dão importância ao merchandise, ao vinil e às cassetes. Porque não se podem sacar de borla da net. Mesmo no caso das cassetes e do vinil, que se podem passar para mp3, é algo que requer mais trabalho, mais tempo e nem todos o sabem fazer, logo, não se espalha tão facilmente. Eu também já tinha pensado em editar o álbum em vinil e cassete, sem ser tanto por causa desta questão da Internet, mas mais porque são formatos menos vulgares e que para algumas pessoas ainda despertam interesse, principalmente por coleccionismo. Enquanto não havia previsões para a edição em CD, pareceu-me ser uma forma interessante de lançar o álbum e eventualmente chegar a algumas pessoas a quem o CD poderá passar ao lado. A edição em cassete concretizou-se através da Praise Unholy Records, como lançamento de estreia da editora. Apesar de não ser uma edição profissional, tem os temas todos e é mais barata, por isso também desperta algum interesse. Até houve quem comprasse as duas versões, em CD e cassete. Também estou a pensar numa edição do primeiro álbum em cassete, vamos ver se isso acontece para breve...<br />
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<strong>Quais os planos para os Theriomorphic a curto prazo? Digressão nacional?</strong><br />
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Uma digressão, é sempre algo subjectivo. Na prática, acabam por ser vários concertos isolados, porque também não há condições para se fazer uma verdadeira digressão. O que acontece é que, quando alguns desses concertos calham em datas mais próximas, o alinhamento dos temas mantém-se ou não sofre grandes alterações. Nem sequer são concertos planeados em conjunto, vão surgindo convites e, dentro da disponibilidade de todos, vamos aceitando os que se justificam ou quando pensamos ter condições para fazer algo bem feito. Por agora, estamos a tentar aproveitar essas oportunidades, visto que estivemos bastante tempo sem dar concertos, primeiro, para podermos acabar de escrever e gravar o álbum e, depois, para não tocarmos sem haver uma ideia de quando ele poderia estar editado. Não faria muito sentido darmos concertos sem essa edição e, relativamente pouco tempo depois, voltarmos a tocar nos mesmos locais, para o divulgar. Tendo em conta que o álbum já foi gravado há um ano, talvez seja altura de também pensarmos em começar a preparar o próximo, até porque isso não é coisa que se faça em apenas 2 ou 3 meses. Não tem havido oportunidade, porque acabamos por andar sempre todos um pouco ocupados com diversas coisas, mas já tenho algumas ideias em relação ao que gostaria de fazer e, também, alguns títulos e riffs em mente. </div>
<br /><div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-22968197828071624982008-12-04T14:29:00.004+00:002013-10-10T00:16:46.664+01:00em entrevista...CRONAXIA<div align="justify"><br /></div><div align="justify"><strong>Banda com largos anos de carreira no panorama de peso nacional, os CRONAXIA só agora editam o seu EP de estreia, «The Solution Above Continuity», uma demonstração de peso e técnica, resultando num dos trabalhos mais interessantes ao nível do death metal brutal e complexo "made in Portugal". O Opuskulo chegou à fala com a banda e fica aqui o resultado. </strong></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5275945118047476386" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 112px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7HtJrYKPd34H-aotQmZCn5yDMjpu3Az8vSGBob8pkzNQwGNpiKCSrjkuA4hHWGQr2dKFvNAlFEofEtRauoEC3B-mEBJxIuVye6UEjJCxGJeVLdAg1TpNXdgS81zKDjS1vlTJX/s320/logo.jpg" border="0" /> <p align="justify"><strong>É caso para dizer finalmente! O que vos ocorre ao verem o primeiro trabalho de Cronaxia editado após mais de dez anos de carreira?<br /></strong><br />Vitória! Faça às adversidades que a banda passou, sabe bem termos o nosso primeiro trabalho gravado, após 11 anos de trabalho e mudanças de formação, compensou termos persistido até aos dias de hoje e termos finalmente uma amostra do que temos vindo a fazer ao longo dos anos.<br /><br /><strong>Apesar de contarem já com uma carreira longa, os Cronaxia têm vindo a passar um pouco ao lado da cena de peso nacional. Encontras alguma razão concreta para isso?</strong><br /><br />Sim, é verdade, as razões principais têm a ver com alguns problemas pessoais e problemas de formação a nível de baixista e vocalista. Álem disso também demorou algum tempo a compor os nossos temas e a executá-los de forma coesa para apresentar tanto em gravação como ao vivo.<br /><br /><strong>Como está a ser recebido «The Solution Above Continuity»?</strong><br /><br />Apesar do ainda recente lançamento do nosso EP, temos tido já algum feedback, tanto da parte da imprensa, de entidades relacionadas com eventos como de ouvintes. As críticas têm sido tanto boas como menos boas. Estamos ainda na fase em que as críticas vão chegando aos poucos, e dentro de algum tempo já teremos uma melhor percepção da aceitação do nosso trabalho.<br /><br /><strong>Desta vez é mesmo para continuar ou teremos de esperar mais dez anos para uma nova aparição dos Cronaxia?</strong><br /><br />Embora nunca tenhamos tocado regularmente ao vivo nem editado nada anteriormente, a banda nunca parou ao longo de todos estes anos, além dos temas que tocamos ao vivo continuamos a compor temas novos com intenção de gravar o nosso próximo registo em formato álbum.<br /><br /><strong>Em termos de sonoridade baseiam-se no brutal death metal técnico e arrastado. Achas que o interesse em torno desse estilo tem vindo a esmorecer ao longo dos anos?</strong><br /><br />Sem dúvida, nós notamos que actualmente tem vindo a esmorecer um pouco o interesse neste estilo musical, e nós estamos a sentir um pouco isso, Temos um pouco a sensação que aparecemos na altura errada, mas contudo pensamos que tem a ver com uma questão de ciclos, o que não nos impede que sigamos o nosso caminho.<br /></p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5275945261474545490" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzi_y-xM9zIKLgZWUUKMI_DwIMYB8w0DZOtYzQxXJrUeiJSKxvX_vG-QocRV2_wQLXynoWsxkf_9AbtijdWUMczfAXKQLIZOiDnti310mJwzY0yr3RIokm9ieZ-UQwwLn6b6l8/s320/cronaxia.jpg" border="0" /> <p align="justify"><br /><strong>Em Portugal assistiu-se a um desaparecimento de inúmeras bandas que se movimentavam dentro desse género. Achas que relaciona-se tudo com uma questão de hypes sazonais?<br /></strong><br />Sim, como referimos anteriormente estamos a atravessar uma época em que este estilo musical não está nos melhores dias no nosso país, mas isso não significa que o panorama do Death Metal não melhore futuramente.<br /><br /><strong>Em termos de imaginário parecem entrar pelo mundo da ficção científica. Podes elucidar-nos melhor acerca disso?</strong><br /><br />Em primeiro lugar é uma temática que nos agrada e achamos interessante incorporá-la na nossa música, o que nos proporciona uma grande margem de exploração a nível de temas. No que diz respeito a temas e em particular no nosso EP, abordamos a continuidade do tempo e a eternidade, bem como a evolução e manipulação da mente humana e também formas de perpetuar o legado cientifico e tecnológico das espécies.<br /><br /><strong>Apesar de todas as facilidades que a Internet oferece, parece haver um interesse renovado em alimentar o movimento mais underground, reflectindo-se na compra de discos, demo tapes e vinis. Sentem isso em relação aos Cronaxia? O pessoal compra o vosso disco?</strong><br /><br />Como referimos anteriormente o nosso EP foi lançado recentemente, as vendas ainda não foram significativas, mas também apostamos mais na venda de discos nos nossos concertos.<br /><br /><strong>O que podemos esperar dos Cronaxia em breve? Concertos, novo disco, editora…?</strong><br /><br />Os nossos planos para o futuro consistem em continuar a tocar ao vivo para promover o nosso recente lançamento, e estamos também a trabalhar em novas músicas e conceitos, que irão constar num futuro longa duração para o qual procuramos uma editora.</p><div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-11285076584822887662008-11-22T12:06:00.002+00:002013-10-10T00:16:46.661+01:00em entrevista...THE LAST OF THEM<div align="justify"><strong>Das cinzas de bandas tão distintas como Sonic Flower, In Dementia ou Downthroat nascem os THE LAST OF THEM que, segundo o nosso entrevistado, constituem o reduto do metal aveirense. «Slow Motion Chaos» é o EP de apresentação da banda sobre o qual já aqui falámos e que serve de mote para a conversa com o baterista PN.</strong></div><br /><div align="justify"><strong></strong></div><br /><div align="justify"><strong></strong></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5271453283231866194" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 229px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIL4b-nvv5sVnQJWfaJ3Xgxs2jJ9_XoP3IDzle7BYN4GON_N_gK8SYMmUvbLt3PXPxU3D9zZz92ocr3nA7Ln98Ls_m36k1ATRJJu75iazst5uHTAEr9GGxWcfAgYnU4HeaeeYl/s320/TLOT-2008.jpg" border="0" /><br /><div align="justify"><strong>Como está a ser recebido «Slow Motion Chaos»? Está a exceder as vossas expectativas?</strong><br /><br />Até agora, as críticas e opiniões que recebemos sobre o EP têm sido positivas e motivadoras, ainda que todo o trabalho de promoção não esteja concluído…em relação às nossas expectativas penso que correu tudo bem, até porque nós nunca chegámos a traçar nenhum objectivo concreto com este lançamento, serviu apenas para apresentar a banda e mostrar o trabalho que tinha sido desenvolvido até aqui.<br /><br /><strong>Os The Last of Them têm na sua formação elementos de bandas tão díspares quanto os Sonic Flower, Downthroat ou InDementia. Como acabaram todos num projecto em comum?</strong><br /><br />Quase todos nós já éramos amigos ou conhecidos…Eu já tocava nos Downthroat quando me juntei ao Zé e ao Vitó nos Sonic Flower, após algumas alterações/experiências na formação acabaríamos por contactar o Rui e o Renan que faziam parte dos InDementia e que nós conhecíamos através do estúdio Covil em Águeda que é propriedade do Hugo e do Rui, onde na altura estávamos a começar as gravações do EP.<br /><br /><strong>O vosso EP de estreia revela uma banda a explorar sonoridades distintas, desde o black metal ao thrashcore, passando pelo death metal. Esta foi uma opção consciente ou faz parte de uma procura de cimentar a vossa personalidade?</strong><br /><br />Foi consciente e nós já sabíamos que haveria questões sobre esse assunto…desta vez decidimos aproveitar todas as músicas/malhas que nós gostássemos independentemente de soar a heavy, thrash ou death …perguntámos a nós mesmos qual era o nosso “estilo” e a resposta foi ´metal´, então não haveria barreiras/limites nos estilos e sub-estilos que se fazem dentro do metal. Iremos soar sempre diferente de tema para tema desde o rock ao black passando pelo metalcore…um pouco de tudo, isto também devido aos mais variados gostos pessoais de cada membro dos The Last of Them.<br /><br /><strong>Qual o significado da expressão The Last of Them como designação para a banda?</strong><br /><br />A ideia do nome surgiu numa conversa acerca do pessoal que se mantinha na “cena” há vários anos e aquele que por uma ou outra razão se tinha afastado do meio musical. Como nós somos dos poucos restantes que na nossa zona ainda anda aqui por amor à camisola e tal, falou-se, “ …somos os últimos a restar…” e foi mais ou menos daí que surgiu.<br /><br /><strong>Estando já calejados pela vossa passagem em anteriores bandas, como encaram a evolução das sonoridades ligadas ao metal ao longo dos últimos anos? Acham que é agora mais fácil gravar e editar um registo digno?</strong><br /><br />A evolução é normal dentro de qualquer estilo, depois há este ou aquele estilo que acaba por ficar mais “na moda” e, ou começa a saturar devido há grande procura/oferta de bandas num determinado estilo de música…o que depois vem penalizar as boas bandas que por vezes são metidas no mesmo “saco” só porque tocam este ou aquele tipo de metal…Não se compara…hoje em dia conseguem-se fazer coisas que há uns anos atrás eram impensáveis…Desde material sofisticado a pessoal já especializado e com bons estúdios, hoje encontra-se tudo aqui à mão de semear!<br /><br /><strong>Estão a trabalhar no sentido de fazer chegar o vosso trabalho além fronteiras ou esse ainda não é um objectivo premente da banda?</strong><br /><br />Por enquanto ainda não a 100%... já foram enviadas algumas cópias para editoras e zines estrangeiras mas a prioridade é darmo-nos a conhecer primeiro em Portugal…explorar o mercado nacional e ver-mos qual a reacção do público.<br /><br /><strong>O tema «New Addiction» foi usado por uma produtora norte-americana nos créditos finais da série «War of the Dead Z.E.R.O.». Como se deu esse convite?</strong><br /><br />O convite surgiu através do myspace da banda…o Mike DiSario, que é o realizador da série ouviu o tema, disse que tinha gostado muito e perguntou se nós estávamos interessados em pôr o “New Addiction” nos créditos finais do episódio 2 da série…nós dissemos que sim!<br /><br /><strong>Achas que o futuro do metal e da música em geral passa pela fusão de géneros? Estarão os géneros musicais ditos tradicionais condenados? Até que ponto poderá ir a procura de originalidade?</strong></div><br /><div align="justify"><strong></strong><br />Acho que já não há muita opção nessas fusões de estilos…Ainda aparece de vez em quando uma ou outra banda inovadora mas é cada vez mais difícil ser original nos dias que correm…Condenados…penso que não, pelo menos a curto prazo…acho que ainda há muito público a gostar dos tradicionais em vez dos chamados modernos e inovadores. A procura não irá ter fim…agora até que ponto é que será uma originalidade com pés e cabeça para andar e vencer…isso não sabemos.<br /><br /><strong>Já há planos para um álbum de estreia? O que podemos esperar?<br /></strong><br />Talvez para o ano… estamos a trabalhar em novos temas e queremos passar ao próximo passo…o álbum! Enquanto que no EP a grande maioria dos temas já tinham alguns anos e sofreram arranjos, o próximo trabalho será material mais recente e composto pela actual formação da banda. Vai haver sempre temas lentos, temas rápidos, uns mais melódicos outros mais brutais mas esse será sempre o fio condutor da banda…o “METAL”!!....</div><div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-28047405604481624032008-11-13T15:16:00.006+00:002013-10-10T00:16:46.666+01:00em entrevista... DANIEL CARDOSO<div> <strong>Produtor e músico de créditos firmados no panorama metálico nacional, Daniel Cardoso surge associado a nomes como Sirius, Heavenwood, Head Control System, Oblique Rain, entre muitos outros. Perante a sua crescente importância no actual momento da música independente portuguesa quisémos falar sobre os seus projectos, visões e ambições. </strong><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5268163797705595826" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk3aEaN9n4JYGg-yMFtbz5HrpX82xGbd6b_78Xgs44PqBsIMyYrXiCyJk_cn8o3asXYpRiL8EDf87RL0vv5uSHtbGIa_opE5vggSjxCNqNpZLBC7m32_V6ARysjA0vB5-wD29g/s320/dc1.png" border="0" /><strong>O teu trabalho vem provar que é possível construir um nome e uma reputação em Portugal na área da produção. Concordas?</strong><br /><br /><div align="justify">Não é inédito existir um nome sonante ou uma reputação na área da produção em Portugal. Creio no entanto que o meu nome e a minha reputação se estendem para fora dessa área. Para já aquilo que posso provar é que é possível fazer face à crise e ao caos da indústria musical actual se o trabalho que se apresenta for competente. Se estivéssemos há 10 anos atrás, os Ultrasoundstudios, com o nome que têm actualmente e o número de bandas com que temos trabalhado, já me teriam comprado um Porsche. Para já terei que esperar....</div><br /><div align="justify"><strong>O que te levou a investir na área da produção e num estúdio próprio? Foi um investimento ganho? </strong></div><strong><br /><div align="justify"></strong>Investi inicialmente como músico, ou seja, quis criar uma forma de poder exteriorizar a minha música da forma mais profissional possível sem ter que depender de ninguém. E o facto de ter uma margem de manobra financeira muito reduzida fez com que começasse com pouco e fosse ampliando gradualmente. Isso ensinou-me a obter os melhores resultados do mínimo material possível. Hoje em dia quem me diz "aquele estúdio tem material como o caraças" bem me pode dizer "esta cebola está podre" que para mim é igual. O material para mim é extremamente secundário. Produzi alguns trabalhos, que foram eventualmente editados, no meu próprio apartamento com quase nada. O reconhecimento que veio a partir daí fez-me investir num local dedicado com material melhor. Mas o rider técnico actual dos Ultrasoundstudios não impressiona ninguém. Quanto ao investimento, ainda o estou a pagar. Na verdade embora não pareça sou um péssimo gerente. Tenho muita tendência para a vida do rock n' roll...Não é fácil. Tenho mesmo que ser bom para ir aguentando o barco, é o que me vale.</div><br /><div align="justify"><strong>Achas que a tendência das bandas em escolherem determinado produtor para trabalharem pode conhecer ciclos? Lembro-me por exemplo que a determinada altura inúmeras bandas recorriam ao Peter Tagtren, ao Mika Jussila ou ao Waldemar Sorychta, entre outros, e que de um momento para o outro deixaram de ser tão solicitados. Isso preocupa-te?</strong></div><strong></strong><br /><div align="justify">Sim, pode ser cíclico. Mas sou muito pragmático em relação a e isso e acho que o fim de um ciclo que determina que o estúdio da moda agora é o X é apenas consequência de Y estar a fazer um melhor ou mais actual trabalho. De certa forma terei pena se um dia aparecer alguém a fazer um trabalho melhor que o meu mas será apenas culpa ou incapacidade minha. O melhor que posso fazer, é continuar a garantir que faço o melhor.</div><br /><div align="justify"><strong>Pretendes expandir o teu nome a nível internacional e atrair bandas ao nosso país para gravarem nos Ultrasound? Achas essa hipótese possível?</strong></div><strong></strong><br /><div align="justify">Esse processo de internacionalização já se iniciou no passado, essencialmente como músico. Em relação aos USS, tivemos este ano dois trabalhos para o estrangeiro, um para a Grécia outro para os Estados Unidos e vários pedidos de orçamento. É bem provável que vão surgindo mais. Projecção internacional não só é uma hipótese possível, como neste momento é uma realidade. </div><br /><div align="justify"><strong>Quanto à tua actividade como músico, tens colaborado com várias bandas. Fazes realmente parte de alguma como elemento permanente?</strong> </div><br /><div align="justify">Sim, faço parte Oblique Rain e, claro, de Head Control System. Sinto-me parte também de Heavenwood, embora não seja um membro oficial. Gosto muito do convívio, do ambiente e do som.</div><br /><div align="justify"><strong>Qual o trabalho mais aliciante que te passou pelas mãos enquanto produtor? E enquanto músico?</strong></div><br /><div align="justify">Head Control System enquanto ambos.</div><br /><div align="justify"><strong>Que bandas mais gostarias de produzir no teu estúdio? E com as quais sonhas tocar um dia?</strong></div><strong></strong><br /><div align="justify">Eu gosto de produzir tudo o que tiver qualidade. Mas gostava de trabalhar com mais estilos para além do metal. Além de ser extremamente didáctico é também bom para descansar os ouvidos de tanta pressão sonora. O mesmo diria como músico...Não sou um gajo do jazz, mas não me importava nada de fazer uma tour com algum artista pop bem mainstream. Só que estou tão enraizado neste submundo que não sei se iria respirar fora dele. Mas não tenho qualquer preconceito. Felizmente na música aquilo que não me compensar apenas pelo prazer, agora compensa-me financeiramente. É a vantagem ou desvantagem de ser um profissional do meio.</div><br /><br /><div align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5268163594038411506" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 213px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjD13ji0NfN9Wrri8ek9_ak1H6E-K6YJEFOe2yYxQ4ag5-5OIgJ9tr18AAvQ_a1MehS-a8iVerhvrT7byTd8ZJIA_HIWEnhtcWiZlImZVW0M9WgKZZruY8NTAWa5vdfpbptCb77/s320/dc.jpg" border="0" /><br /><strong>Achas que o Ultrasound veio um pouco ocupar o lugar dos Rec’n’Roll enquanto o principal estúdio de gravação de trabalhos ligados ao metal em Portugal?</strong></div><strong></strong><br /><div align="justify">Bem, eu cresci a ouvir falar no nome Rec n' Roll. Era um estúdio de referência na altura. Imaginar que dez anos depois possa haver miudos que cresçam a ver nos USS uma referência é animador. Espero não estar a ocupar o lugar de ninguém. Não estou aqui para competir com ninguém. estou aqui para fazer o melhor possível. Se isso for fazer melhor do que alguém, diria "azar".</div><br /><div align="justify"><strong>Estás ligado ao metal português e à música alternativa em geral há largos anos. Como tens visto a sua evolução? É hoje mais fácil editar um disco e obter algum reconhecimento?</strong></div><strong></strong><br /><div align="justify">Não, hoje tudo é mais difícil. Seja editar ou fazer-se notar no meio do turbilhão de bandas que existem actualmente. Na indústria está tudo muito negro. Mas as bandas estão a evoluir. Isso noto claramente. Fui surpreendido pela qualidade com que alguns trabalhos me vieram parar ás mãos. Surpreendente também é ver grande parte dos álbuns Ultrasound a conseguirem contratos discográficos com boas editoras, incluindo algumas internacionalizações. Suponho que apesar de tudo estejamos a fazer um bom trabalho.</div><br /><div align="justify"><strong>Como está a tua agenda enquanto produtor e músico para os próximos meses?</strong></div><br /><div align="justify">Está ocupada. É sinal que apesar da crise as pessoas procuram bons trabalhos, mesmo que tenham que arranjar forma de os pagar. Também não há espaço para falsas modéstias na minha agenda.</div><br /><div align="justify"><strong>Não resisto em tocar no assunto Sirius. Sendo tu um dos principais mentores dessa banda, o que se passou realmente para um final tão abrupto? Ficou alguma frustração no sentido de que poderiam ter construído uma carreira respeitosa a nível internacional? Todos os indícios levavam a que isso acontecesse…</strong></div><strong></strong><br /><div align="justify">Pois, não te posso esclarecer muito acerca disso. Eu sai da banda antes do seu fim, portanto nem eu sei ao certo o que se passou. Mas diria que simplesmente as pessoas que ficaram não souberam gerir as suas carreiras e aquilo que me foi dado a conhecer é que os elementos foram saindo a conta-gotas, o que já não era um processo estranho dentro do seio da banda. Mesmo com todo o tipo de transições na minha vida, fui o único elemento de SiriuS que se manteve realmente activo ao longo dos tempos ou cuja carreira musical foi realmente ascendente. Houve também Re:aktor mas tanto a banda como o seu criador estão desaparecidos em combate.</div><br /><div align="justify"><strong>A exemplo dos Heavenwood, existe a possibilidade de os Sirius regressarem com um novo disco?</strong></div><br /><div align="justify">Sim, pelo que percebi existe essa hipótese e fui eventualmente assediado nesse sentido por um dos elementos fundadores da banda. Mas se por um lado não é de todo impossível voltar a haver uma reunião de SiriuS, por outro lado dificilmente acontecerá comigo na banda. Estarei no entanto disponível para produzir o álbum ou ser contratado como membro de sessão. Há que dar currículo aos patrocinadores...</div><br /><div align="justify"><strong>Julgo que os teus gostos musicais tenham mudado bastante ao longo dos últimos anos. Que discos tens neste momento junto à aparelhagem ou no rádio do carro?</strong></div><br /><div align="justify">Ando menos de carro agora. Tenho um jipe que a beber pensa que é um camelo. Além disso estou com a carta apreendida. É a tal vida do rock...Em casa não oiço tanta música como antes, passo o dia a levar com música no estúdio, portanto vejo uns filmes, uns cartoons dementes ou então faço amor por trás. Mas se tiver que mencionar uma banda que ainda vou ouvindo, diria The Mars Volta. Gosto bastante, são mesmo diferentes.</div></div><div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-36143468232066448652008-10-09T22:03:00.003+01:002013-10-10T00:16:46.669+01:00em entrevista...ANONYMOUS SOULS<div align="justify">Com edição prevista para muito breve, «Agony» é o segundo álbum dos ANONYMOUS SOULS, sucedendo a um surpreendente «Condolences». O Opuskulo segue de perto a carreira desta banda e prepara algumas acções de promoção à mesma, sendo esta entrevista a, espera-se, primeira de muitas.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5255266557161764946" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX89SLs2IKrgpkkF6ckAvLX_wbQTo6ByFL1pIHMZ_dYdWjuBBA4hkQAILnfU0vvpeL2LzY_Djzis8PR1dtiNgmwC5xlVIn7GTAoj7obBist6xhbju0N-Ki029t0UrwFh3jlssL/s320/anonymousouls.jpg" border="0" /><br /><strong>Quais as expectativas para este segundo álbum?<br /></strong><br />É difícil criar expectativas altas quando se grava um álbum de Death/Trash Metal em Portugal. Principalmente quando não se tem editora, por isso quando começamos a gravar este segundo álbum, não tínhamos objectivos definidos nem expectativas criadas. Queríamos apenas registar os novos temas da banda, para que os nossos seguidores tivessem a oportunidade de os ouvir sempre quisessem. Á medida que o álbum começou a ganhar forma, começamos a ter uma melhor noção daquilo que tínhamos nas mãos e começamos a acreditar que com este álbum podemos levar a nossa música um pouco mais além. O nosso grande objectivo com o “AGONY” é o de chamar a atenção das editoras e entidades de agenciamento, para tentarmos conseguir um tipo de distribuição e divulgação que sozinhos nunca conseguiremos. Mas, enquanto não aparece alguém que acredite em nós, e como não somos de ficar parados à espera, vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance, e divulgar o álbum pelos nossos próprios meios.<br /><br /><strong>Sentiram o peso do sempre complicado segundo álbum?</strong><br /><br />Sim e não! Não, porque temos a perfeita noção que, musicalmente falando o “AGONY” apresenta uns ANONYMOUS SOULS com uma sonoridade evoluída. Sim, porque aquilo para nós é a evolução, pode não o ser para quem nos ouve. Existe sempre um nervoso miudinho relacionado com a incógnita em que consiste a aceitação dos ouvintes. No entanto essa preocupação não está constantemente presente nas nossas cabeças, estamos a preparar o álbum com um prazer imenso, e com plena confiança no nosso trabalho.<br /><br /><strong>Quais as grandes diferenças entre «Agony» e «Condolences»?</strong><br /><br />Imensas. Inúmeros factores determinam essas diferenças, começando pela experiencia vivida nos 3 anos entre o lançamento do “Condolences” e do “AGONY”. Muita coisa aconteceu, tivemos o muito bom e o muito mau. No entanto, o simples facto de termos um novo guitarrista que participou de forma muito activa na composição dos temas do “AGONY”, gera por si só uma enorme diferença em relação ao “Condolences”. Musicalmente falando, os traços que identificam a sonoridade da banda mantêm-se intactos, no entanto estamos mais técnicos. Exploramos muito mais os extremos entre a melodia e a agressividade. Os temas apresentam um nível de coerência que pensamos ser superior aos do “Condolences”.<br /><br /><strong>Como foi o processo de gravação do disco? Com quem trabalharam, em que estúdios, porquê?<br /></strong><br />Decidimos apostar em realizar o todo o trabalho no nosso próprio estúdio “DARKSTUDIOS”, em Sta. Maria da Feira. O processo de gravação e produção está a ser liderado pelo nosso teclista André Almeida. Foi uma decisão bastante discutida entre os elementos da banda, uma vez que as gravações do “Condolences” haviam sido feitas nos “Ultrasound Studios” com o experiente Daniel Cardoso. Gravar novamente com o Daniel Cardoso, ou com outro produtor experiente dar-nos-ia alguma segurança a nível da qualidade da produção, no entanto gravar nos nossos próprios estúdios dá-nos outra liberdade. Temos todo o tempo à nossa disposição, não existem pressões de horários ou orçamentos, estamos em família o que naturalmente nos deixa mais à vontade. E esse à vontade reflecte-se naquilo que se ouve no disco. O processo está a ser bastante demorado, até porque é a nossa primeira experiência de auto-produção e queremos que tudo esteja de acordo com as nossas exigências. Acreditamos que a produção do álbum estará ao melhor nível.<br /><br /><strong>O que esperam alcançar com este disco que ficou por alcançar com «Condolences»?<br /></strong><br />Como havíamos dito anteriormente, ver o nosso trabalho editado e distribuído é o nosso grande objectivo com este segundo álbum. Independentemente disso, vamos tentar dar a conhecer o nosso nome por todo o país.<br /><br /><strong>Para quando podemos esperar a edição do disco e como o poderemos adquirir?<br /></strong><br />Prevemos ter o álbum pronto em meados de Setembro. E nessa altura 4 temas vão estar no nosso myspace para serem ouvidos e disponíveis para download. Ao mesmo tempo, o álbum poderá ser encomendado por um valor simbólico no nosso myspace (www.myspace.com/anonymoussouls) ou através do nosso email (<a href="mailto:anonymoussouls@gmail.com">anonymoussouls@gmail.com</a>). O lançamento oficial está marcado para o dia 31 de Outubro (Halloween Night), no Cine-Teatro António Lamoso, em Sta. Maria da Feira, mas os concertos de divulgação arrancam em Setembro, pelo que poderão adquirir o álbum nos locais dos concertos. Numa fase mais avançada, depois de termos o álbum na mão, vamos tentar fazer com que esteja presente nas prateleiras de algumas lojas conhecidas e outras específicas de metal. </div><div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-80229684560787374292008-09-30T01:02:00.003+01:002013-10-10T00:16:46.673+01:00em entrevista...CORPUS CHRISTII<div align="justify"><strong>Paulatinamente os Corpus Christii souberam trilhar uma carreira impar dentro do black metal português e tornarem-se numa verdadeira instituição a nível nacional e num nome respeitável além fronteiras. Em vésperas de sair para o mercado o novo EP da banda, «Carving a Pyramid of Toughts», falámos com o líder inconstestável dos CC e sempre controverso , Nocturnus Horrendus. </strong><br /><br /></div><div align="justify"><strong></strong></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5251600004861933890" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitRy6IuS8WRE_wnTuKR1Sahl9w3KJuxBA_YBcRGXN_uDys4Vq7_ZQ4x44ArvUuSEapg03iP6uAQBtZjuywLcK472-lzRJWgF2J250-JLnO5eRFgidqIuv-Cd5rETEp2yf7Wo75/s320/Logos_CC_inverted_small.jpg" border="0" /><br /><div align="justify"><strong>Fala-nos do EP «Carving a Pyramid of Toughts» a editar muito em breve. Em que contexto se insere esse trabalho?</strong><br /><br />Este será o último capitulo da passada trilogia «Torment», o elemento fulcral para fechar esta longa jornada. Consiste em cinco temas, um do «Tormented Belief» que só esteve disponivel na versão vinyl do mesmo, depois dois temas nunca lançados da sessão do «The Torment Continues» e finalmente dois temas da sessão do «Rising». Tudo temas que não foram inseridos nos trabalhos por multiplas razões, não porque não as achava à altura, houve sim outras questões. Este material é muito importante e especial para mim, não poderia de forma alguma deixar “na gaveta”.<br /><br /><strong>O que podemos esperar deste trabalho? Sei que o artwork terá uma especial atenção. Será uma edição limitada?</strong><br /><br />O artwork está a cargo de um talentoso holandês da Ba´al Graphics, trabalhamos juntos neste trabalho e as coisas foram relativamente facéis. Eu já tinha uma ideia do que queria, tinha de ser simples e encher doze páginas tendo um seguimento de imagens já usadas nos trabalhos da trilogia. Este mCD não será limitado, pode sim vir a ser a versão vinyl caso seja feita. Não temos a certeza ainda. Haverá também novas tshirts referente a este novo trabalho e, essas sim, serão limitadas.<br /><br /><strong>Em termos conceptuais por onde anda «Carving a Pyramid of Toughts»? O título é bastante enigmático.</strong><br /><br />Este trabalho é basicamente um resumo do que foi feito nesta trilogia, nestes vários anos. A mudança, o sacrificio, o alcançar de um patamar acima do Homem. É-me difícil explicar e resumir estes últimos três álbuns e este mCD, é um culminar de emoções que vão além fronteiras. Cabe a cada um ouvir, ver, ler e simplesmente saborear estes complexos trabalhos.<br /><br /><strong>Este novo EP vai ainda ser editado pela Agonia Records, mas sei que assinaram recentemente um acordo com a Candlelight. Como surgiu essa oportunidade? Achas que é o reconhecer de uma carreira marcante no black metal português?</strong><br /><br />A Candlelight já tinha proposto um acordo ainda antes de ter saido o «Rising», mas na altura o acordo não foi nada satisfatório portanto decidi lançar eu mesmo, assim pelo menos sempre tinha garantido o underground. No entanto, com o desenrolar do último ano, de dificuldades monetárias e falta de tempo decidi que seria mesmo altura de tirar algum cargo dos meus ombros e passar a tarefa a uma editora professional. Chegámos a um acordo melhor, ao nivel do que tinhamos com a Undercover e seguimos em frente. Assim sendo eles vão reeditar o «Rising» e um ou dois novos álbuns. O acordo com a Agonia foi por acaso, tinha este mCD para lançar, na altura ainda não tinhamos assinado com a Candlelight e a Agonia insistiu em lançar algo nosso. Estava reticente visto que há muitos maus rumores deles mas decidi arriscar. Tanto que eles estão bastante empenhados neste lançamento e é isso que gosto de ver. E espero também que com eles não precise de ajudar na promoção e tudo mais como outrora fazia com outras editoras.<br /><br /><strong>Tradicionalmente a Candlelight é muito elitista em relação às bandas que assina. O seu catálogo é de extrema qualidade. Sentem que têm algo de especial em relação à maioria das bandas de black metal e que isso chamou a atenção da editora?</strong><br /><br />Acho que eles sabem o potencial da banda e de certeza que já ouviam falar da banda. Temos rolado lá fora, tocado em fests e algumas tours, as coisas têm corrido minimamente bem. Por acaso nunca tocámos na Inglaterra mas pode ser que isso mude agora com este “deal”. Gostaria de mencionar o seguinte, nunca lambemos as botas a ninguém, tudo alcançado pela banda foi devido à minha dedicação e esforço, à minha insistência. Puta que pariu os cromos que acham que alcançamos isto “á pala” de “ass licking”. Vocês são verdadeiramente patéticos e nunca passarão de nada. Fodam-se!<br /><br /><strong>Para quando a estreia pela Candlelight? Quando podemos esperar um próximo longa duração?</strong><br /><br />Ainda não me deram uma data para a reedição do «Rising» mas conto que seja em Outubro. No final do ano irei começar a trabalhar no próximo álbum mas não tenho qualquer ideia quando irá ser lançado. Não estou nada preocupado com isso de momento, vou demorar o tempo que for necessário, mas estou certo que um novo album saia em 2009. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5251600220143920562" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbliYN1Jsy6oLBTmSK0LIoOzxEr59fT2HgH6PNPdcguNWCdoWpvXc88OGmRK-3vE2rp0NCYvAfbGfYP4Jx_QKEhl02HkmUZw5HNZD2ACkYD-KIzkPyI699ZdnYQXlLySYKYgPu/s320/1138_photo.jpg" border="0" /> <p align="justify"><br /><strong>São neste momento considerados a principal banda de black metal portuguesa. Sentem o peso dessa responsabilidade ou é algo que te é indiferente?</strong><br /><br />É-me totalmente indiferente, e seja como for a maior das pessoas do meio não estão de acordo com o que dizes. Eu simplesmente faço aquilo que quero fazer e se tiver quem me apoie e lance o que gravo tudo bem, mas se amanhã ninguém acreditar no que faço e só possa lançar em tape seria também tudo bem por mim. Só quero permanecer a fazer o que mais gosto e que sinto que é a minha missão. Há aqui causas bem acima do que acho que quero e tudo mais, a Sua presença e influência é constante e determinante.<br /><br /><strong>Como encaras o que se vai fazendo por cá ao nível da música extrema? São cada vez mais as bandas portuguesas que conseguem um reconhecimento que há alguns anos seria impensável.</strong><br /><br /></p><div align="justify"><br />Isso deve-se ao facto que hoje em dia há boas bandas, há uns anos atrás nem por isso e também porque bandas como Decayed, C.C., Morte Incandescente, etc. abriram portas ao que se faz cá dentro. Não me tinha apercebido de tal coisa até começar a ouvir isto de pessoas lá fora. Com sorte as coisas continuarão a evoluir, a haver mais boas bandas e lançamentos mas nunca sairemos da “cepa torta” devido à “cromice” de certos individuos, que faz com que este meio seja simplesmente patético.<br /><br /><strong>Sei que és uma pessoa com uma mente bastante aberta a outras sonoridades e influências. Achas que isso acaba por reflectir-se em Corpus Christii?</strong><br /><br />Sem dúvida, é dificil uma pessoa deixar de parte certos riffs e melodias que ouve em certas bandas, especialmente num periodo no qual esteja a criar nova música. Já por isso mesmo é que quase não oiço (Black) Metal quando estou a trabalhar, evito haver influências mas é claro que inconscientemente isso pode sempre vir a acontecer. De momento tenho ouvido bastante Amália Rodrigues, Ladytron, Portishead e Warning, pouco Black Metal visto que ainda estou a terminar o novo de Morte Incandescente e o debut de The Hanged.</div><div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-64781670149844308492008-09-11T14:21:00.004+01:002013-10-10T00:18:48.291+01:00em entrevista...BURNING SUNSET<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLALuZlZsSi6SOA_3u4rP-jq7xI970TALML7M-4JY7H7K3iEMHy6wnqHg-bl576jU4jPDS96CU6nUUVyErqgIjRf_JDYDd0Kh8GswF3FH1CrE403lyuKwzBoKVfnWKn0JB1-7T/s1600-h/untitled.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5244755587451571826" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLALuZlZsSi6SOA_3u4rP-jq7xI970TALML7M-4JY7H7K3iEMHy6wnqHg-bl576jU4jPDS96CU6nUUVyErqgIjRf_JDYDd0Kh8GswF3FH1CrE403lyuKwzBoKVfnWKn0JB1-7T/s320/untitled.bmp" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><div align="justify"><strong>Satisfeitos com as reacções que «Bruma» tem vindo a receber? Na generalidade parece-me que tem sido muito bem recebido…<br /></strong><br />Estamos contentes, sim. Tem sido bem recebido e as críticas têm surgido com um cariz construtivo bastante interessante. Não se têm remetido à ilustração normal de uma crítica, mas têm apontado sempre pormenores a melhorar para um novo passo. O que só significa que a nossa música marca de alguma forma e as pessoas sentem que há potencial para construir algo mais forte no futuro.<br /><br /><strong>Um dos motivos de maior interesse na vossa sonoridade é a inclusão de guitarra portuguesa. Essa é uma componente a explorar futuramente? Prevêem alargar o leque de instrumentos a incluir na vossa sonoridade?</strong><br /><br />A guitarra portuguesa é algo que tráz um brilho diferente à nossa música. Não é inovador, pois os Thragedium ou os Dwelling já exploraram a sonoridade no meio, mas não com a densidade e a agressividade do death metal como nós procuramos. Sem dúvida que é algo para explorar futuramente, seja experimentalmente ou como um reforço melódico, dado que tem um traço único que pode distinguir qualquer sonoridade portuguesa dos demais. Em relação a outros instrumentos a incluir, esperamos mais tarde colocar, de forma gradual. No início tinhamos só o violino e brincavamos com o cavaquinho, depois entrou a guitarra portuguesa e só um ano mais tarde, o violoncelo. Agora temos várias ideias e pequenos apontamentos, que esperamos ser concretizados, como o saxofone, trompete, voz feminina ou um segundo baixo. Vamos ver para onde nos levam as novas composições. </div><div align="justify"><br /> </div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5244755011088418098" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjovg4CYCWiHAlU858VvhWDoZV_42ozhbWHZQgty-IUYtY3QZEfMjWE3yl0VvXRSxFFxhoswMM1mzNUZFb-5wk0wOcKvh9H9S_abKZAjR8zzUclKoaQ5YHO8zs-677ZTuz1vMSw/s320/l_c41ce531c6e10ea71c41d409305a14b3.jpg" border="0" /><br /><br /><strong>A vossa sonoridade indicia uma certa “portugalidade” que vos distingue de qualquer outra banda. Têm consciência disso?<br /></strong><br />Não existe uma consciência presente e premeditada aquando da composição, mas acontecem uma série de factores que provocam e finalizam essa sensação de portugalidade. O mais gritante é a utilização da guitarra portuguesa, que na sua associação directa ao fado, remete-nos para um universo único da alma lusitana. Mas não passa disso, pois não trabalhamos como os Ava Inferi, que instrumentalmente executam as cadências do fado ou os Process of Guilt, que exacerbam o sentido melancólico português com excelência. Nós somos, de certa forma, mais epidérmicos. Temos os instrumentos, como a guitarra, a língua e os temas do fado, (mar, tristeza, angústia), e procuramos dar-lhe uma nova roupagem, novas forma de o utilizar. Não é uma comparação directa, mas um expoente máximo, seria conseguir fazer o mesmo que os Naifa fazem na pop/electrónica, mas com o metal. A portugalidade está, talvez, anunciada, mas ainda não a atingimos.<br /><br /><strong>Que tipo de reacções têm recebido do estrangeiro?</strong><br /><br />As reacções têm sido bastante entusiastas. Há uma grande curiosidade referente ao idioma e aos instrumentos clássicos. Dada a guitarra portuguesa, que entendem ser algo como uma sítara, somos várias vezes comparados a bandas do Médio Oriente, ou simplesmente, com arranjos árabes, pois não reconhecem o instrumento e é mais fácil colocar a crítica em terrenos que dominam.<br /><br /><br /><strong>Acham que este tipo de bandas que incorporam na sua sonoridade elementos étnicos conseguem mais rapidamente ter uma maior visibilidade?<br /></strong><br />Isso não se reflecte em nós. Nós procuramos já há algum tempo mostrar o nosso trabalho e temos tido feedback em casos muito pontuais. É muito mais fácil tomar atenção a géneros cimentados, do que a novas bandas que procuram experimentar. Como Fernando Pessoa dizia: “primeiro estranha-se, depois entranha-se”.<br /><br /><strong>Já trabalham em novos temas? Que linha estão a seguir?</strong><br /><br />Sim, temos trabalhado novos temas e nos concertos temos apresentado as músicas que não estão incluídos no EP “ Bruma”. Agora vamos parar para descansar uns dos outros e deixar respirar as músicas para voltarmos a compôr sobre aquelas e experimentar novas ideias. A linha a seguir prende-se com a exploração mais orquestral dos instrumentos étnicos, a introdução de momentos mais directos, mais headbang, mas com a procura de manter a toada progressiva bem vincada.<br /><br /><strong>Podemos contar com um próximo trabalho dos Burning Sunset num formato mais profissional e com o apoio de uma editora ou continuarão por vossa conta e risco?</strong><br /><br />Não temos tido feedback positivo de editoras e isso só prova que temos muito trabalho pela frente. É necessário calo, robustez, experiência e realizar melhores escolhas. Vamos construíndo e vamos trabalhando ao nosso ritmo, tentando completar um novo EP ou um álbum. Nós costumamos dizer que só agora é que estamos prontos para gravar o EP que acabamos de apresentar, o que é absoluta verdade. Este foi um enorme processo de aprendizagem, quer a nível de produção, gravação e promoção. Agora que sabemos algumas regras, vamos aprofundar e esperar que surja a oportunidade de uma editora. Até lá, devagar e sempre, até concluir o novo trabalho.<br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5244753644843235298" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8eelIL7AVc_lFiQREk1efW5BW-Afswzt65utzo0GDe3nAaKFBIrow3_ckz94AznyePG4qdxtMxuX6hAcH0Gun7qv26dIq_MBWeDz2f0uuGPOJt77SfChnp_nrHtoPFebwGwa_/s320/l_b840b4d9b115e2ff56d34ae737379061.jpg" border="0" /><br /><div align="justify"><strong>Quais as maiores dificuldades que têm vindo a encontrar no vosso percurso enquanto banda no sentido de promover e desenvolver o vosso trabalho?<br /></strong><br />As maiores dificuldade prendem-se com a falta de apoios e de interesses na nossa zona de Aveiro. O provincianismo português, que diz que o que é nacional é pior do que vem de fora, acontece muito por cá, aliado ao elitismo pseudo-artístico, que é comandado pelas revistas que impõem o artista estrangeiro que tem que vir tocar a Aveiro. Não há espaços em Aveiro para tocar metal; tirando o Blindagem Metal Show (programa de rádio) que nos apoia, não há elementos da nossa cidade que se interesse. E é aí a dificuldade, é taco-a-taco que temos de sair da toca, para o resto do país. Depois é complicado fazer valer a edição de autor. Enquanto que nós entendemos que quem faz uma edição de autor, tem capacidade, valor e coragem para trabalhar, há quem veja a edição de autor como uma não capacidade para estar numa editora, logo falta de qualidade. É uma diferente perspectiva que discrimina logo determinadas bandas / artistas. Isto sob uma perspectiva artistica, pois a nível prático, não temos tido propriamente dificuldades em cumprir os objectivos a que nos propusemos enquanto banda. Temos tocado bastante ao vivo, as pessoas têm correspondido e gostam de nos ver e o EP tem recebido boas reviews.<br /><br /><br /><strong>Últimas palavras</strong></div><br /><div align="justify">Obrigado à Opuskulo pelo interesse no nosso trabalho. E à possibilidade de o apresentarmos. Ouçam os nossos temas em <a href="http://www.myspace.com/theburningsunset">www.myspace.com/theburningsunset</a>, contactem-nos para <a href="mailto:burningsunsetpt@hotmail.com">burningsunsetpt@hotmail.com</a> e obrigado a quem nos acompanha e nos tem dado força.</div></div><div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-59548751091032983432008-08-22T10:49:00.005+01:002013-10-10T00:18:48.288+01:00em entrevista...TODESBONDEN<div align="justify"><a name="o3xz3"></a><a name="o3xz2"></a>Apesar de concentrar grande parte da sua atenção no que se vai passando a nível nacional, o Opuskulo abre as suas portas a projectos internacionais que demonstrem vontade em trabalhar conosco. Foi o que aconteceu com os norte-americanos TODESBONDEN, uma banda que tem como figura de proa Laurie Ann Haus, bela e competente vocalista com um passado ligado aos Autumn Tears, Rain Fell Within entre outros nomes marcantes do gothic metal. «Sleep Now, Quiet Forest» marca a estreia do seu novo projecto, um híbrido entre o mais majestoso gothic metal e a envolvência da música folk. Foi este trabalho que serviu de base para uma interessante conversa com esta simpática senhora. </div><div align="justify"><br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5237280555072412722" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifbqQP87m1v75DyXsOdjDMvz72jap7iL7NjW-1TPkntsfXnEynXnwdnGSygc1XjPigG1vhyphenhypheno1NUu-p5NKJJUnUREmm7iYgbSRkUwoqheTlgbbL1LWMFzpPGmkI9bave_Sybfu5/s320/band_1_larger.jpg" border="0" /><br /><div align="justify"><strong>Sendo uma banda desconhecida para a maioria dos nossos leitores, podes explicar-nos melhor as vossas origens?<br /></strong><br />Todesbonden foi um conceito para um projecto que me surgiu em 1994 após ter ouvido o álbum «Sorrow» dos The 3rd and the Mortal, aliado também a uma série de outras influências, mas que por várias razões só em 2003 consegui pôr essa ideia em prática. Inicialmente era suposto ser um projecto a solo no qual eu iria compor toda a música. No entanto, após ter escrito grande parte do nosso EP de estreia com a ajuda do Jason Aaron e do Patrick Geddes, decidi incorporar mais elementos na banda de forma a conseguir pôr este projecto em palco. Com a incorporação do teclista James Lamb e do baixista Jason Ian-Vaughn Eckert verifiquei que seria bastante proveitoso tê-los a contribuir no processo de composição, sendo o resultado de um esforço conjunto que podem ouvir no nosso álbum de estreia.<br /><br /><strong>O formato ao vivo é então uma parte integrante dos Todesboden?</strong><br /><br />Sim, já tocámos ao vivo com esta formação. Na realidade essa foi uma das motivações pela qual esta banda foi formada. Despendemos imenso tempo a preparar os nossos concertos, mais até do que os nossos discos. Agora que o álbum foi editado queremos voltar à estrada após dois anos de hiato. Temos um concerto de apresentação do disco marcado para 18 de Outubro.<br /><a name="u70y"></a><a name="u70y0"></a><br /><strong>Todesbonden não é propriamente a típica banda norte-americana. Concordam se eu disser que em termos de sonoridade e influências são muito mais europeus do que norte-americanos?</strong></div><strong></strong><br /><div align="justify">Essa é uma questão que me tem sido colocada com frequência. Concordo que a nossa sonoridade tem muito de europeu, no entanto, em termos de influências não nos restringimos apenas à Europa, aí assemelhamo-nos muito mais à world music do que a qualquer outra coisa. De facto, não há muito de americano em Todesbonden, no entanto tenho andado a ler algumas coisas sobre a guerra civil americana e possivelmente poderei focar esse aspecto num próximo trabalho. </div><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5237281649734995634" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZCOWiwTc9U7zCa4IuW9rILp9Zrt1N57PSxIQtDr1T-Ho90Jh0L295_Hq4QHOn2XbBrvyVNHpjHtyEbNTokkiQhDFUKIFJu_OeaSerPOoKhGl4q4yuIyA-uykKp-mUKXDpFY4c/s320/band_3_larger.jpg" border="0" /><br /><a name="o3xz7"></a><a name="o3xz6"></a><a name="pryy0"></a><strong>Sendo assim, quais são as principais influências que marcam este trabalho? Liricamente parece ter uma forte ligação à natureza.</strong><strong></strong><br /><br /><div align="justify">Sim, tens razão. Eu expresso uma grande admiração pela natureza nas minhas letras e costumo recorrer a metáforas relacionadas com a natureza para expressar um determinado sentimento. No entanto este trabalho é muito mais do que isso, ele aborda toda uma série de assuntos que vão desde acontecimentos históricos a sentimentos muito íntimos. Musicalmente continuo a nutrir uma grande paixão pelo doom metal, no entanto nota-se uma forte influência da world music em Todesbonden, mais até do que aquela que inicialmente idealizava para este projecto. </div><br /><div align="justify"><strong>Essa influência da world music de que falas torna-se evidente pela utilização de diversos instrumentos tradicionais e referências étnicas na vossa música. De onde vêem essas influências?</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Este é o estilo de música que gosto de ouvir. Adoro música medieval, celta, folk e por aí fora. Sempre desejei fazer parte de uma banda que incorporasse essas influências noutras sonoridades que também ouço, como por exemplo o doom metal. Na realidade eu até gostava que a nossa música fosse ainda mais étnica do que aquilo que é. Mas tendo em conta que são várias pessoas a escrever e a dar opiniões, procuramos chegar a um consenso. Logo se verá para onde irá evoluir a nossa música.</div><br /><br /><br /><div align="justify"><strong>Podemos então esperar um segundo álbum de Todesboden?</strong> </div><br /><div align="justify">Sim, sem dúvida. Já idealizei algumas directrizes para um novo trabalho e pretendo que seja mais étnico, mais poderoso, mais apaixonado. Encontramo-nos já a escrever para um novo disco e o meu objectivo é que aproveitemos apenas o melhor do melhor. </div><div align="justify"><br /><a name="kbi50"></a><a name="o3xz11"></a><a name="o3xz10"></a><a name="khrw"></a><a name="o3xz9"></a><strong>O teu passado está ligado a bandas como Autumn Tears ou Rain Fell Within. Sentes que isso poderá ter uma influência positiva na promoção e visibilidade que Todesbonden poderá receber?<br /></strong><br />Sim, principalmente a minha relação aos Autumn Tears, já que a minha colaboração com os Rain Fell Within foi muito vaga. O meu nome tornou-se conhecido na cena e isso pode levar as pessoas a sentirem curiosidade sobre o meu novo projecto. No entanto, o meu objectivo com Todesbonden passa por chegar a uma audiência que ainda não me conhece e posso dizer que isso está a ser muito bem conseguido através do excelente trabalho de promoção que a nossa editora está a realizar.<br /><a name="d43c"></a><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5237280874393666802" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzxs-piuw59yXHREyb_h2IUCpDkcyhX-pbRwqmiuqToWP3X7P5v8jL_ZsR7B35V8ZLAeH8HBIzk5T819pAT89QgzJkweVEOiV18K6uR5b7DOl7SnMTS8YPtM5WlOnT4nrh723p/s320/band_2_larger.jpg" border="0" /><br /><strong>Alguma vez ponderaste mudares-te para a Europa, tendo em conta que a vossa editora é europeia e a vossa sonoridade tem muito mais tradição e visibilidade por cá?</strong></div><div align="justify"><br />A mudança para a Europa é uma conversa que tenho comigo própria diversas vezes. No entanto, as razões que me levam a considerar essa hipótese não estão relacionadas com a minha carreira musical. A crise económica que se vive nos EUA, aliada a questões políticas e sociais têm vindo a contribuir para me sentir cada vez mais desconfortável neste país. Irei permanecer por aqui mais uns anos para ver qual o caminho que as coisas levarão e tomar uma decisão final. Há outras coisas que me prendem aos EUA, por exemplo a minha família, os meus companheiros na banda, a minha casa, etc. É complicado de um momento para o outro atirares tudo para trás das costas e começares tudo de novo noutro sítio qualquer. Das vezes que já estive na Europa senti-me como uma outsider devido à barreira linguística e, acima de tudo, por ser norte-americana, e esse é um sentimento com o qual eu não sei se conseguiria lidar a longo termo. No entanto, apesar de tudo isso, a mudança para a Europa é uma opção que considero. Não faço ideia se isso seria benéfico para a minha carreira musical. </div><div align="justify"><br /><a name="kbi510"></a><a name="c01m0"></a><a name="o3xz19"></a><a name="o3xz18"></a><a name="o3xz17"></a><a name="kbi514"></a><a name="kbi513"></a><a name="kbi512"></a><a name="kbi511"></a><a name="u0t30"></a><strong>O que achas da indústria musical norte-americana actualmente? Há por aí mais tesouros como os Todesbonden bem guardados?</strong></div><strong></strong><br /><div align="justify">Se me fizesses essa questão há seis anos atrás estaria em condições de te dar uma resposta mais concreta. Ao longo dos últimos anos tenho andado menos atenta ao que se vai passando na cena norte-americana, mas pelo que vejo através do nosso myspace há boas bandas nos EUA a praticar gothic metal, embora num registo muito diferente do nosso.<a name="kwql2"></a><a name="kwql1"></a><a name="o3xz27"></a><a name="o3xz26"></a><a name="u9lu"></a><a name="o3xz25"></a><a name="dh4j"></a><br /><br /><a name="o3xz31"></a><a name="o3xz30"></a><a name="dh4j0"></a><a name="o3xz29"></a><a name="kbi518"></a><a name="kbi517"></a><a name="kbi516"></a><a name="kbi515"></a><br /><a name="kbi519"></a><a name="o3xz35"></a><a name="o3xz34"></a><a name="mrae"></a><a name="o3xz33"></a>Contacto: <a href="http://www.todesbonden.net/">http://www.todesbonden.net/</a><a name="vi8u"></a></div><div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-79309420264361416902008-08-13T15:15:00.004+01:002013-10-10T00:18:48.303+01:00em entrevista...KATABATIC<div align="justify"> <strong>O post-rock instrumental tem vindo a conhecer no nosso país um desenvolvimento assinalável, sendo de realçar as diversas edições que surgiram dentro deste espectro recentemente. «Vago», a estreia dos KATABATIC, foi uma das que causou maior supresa pela qualidade e sensibilidade da sua música. O Opuskulo não quis deixar passar a oportunidade de conhecer melhor esta promissora banda.</strong><br /><br /><div align="justify"><strong></strong></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5234007620776920706" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBIlM_krG8zj0v7Nv_OBjwdhoFE4vHK7kTISKwDGnPzQC_H5RcCwdcij3OjOJM-5Jc0K5-a8reFPbC76AUOJaWP-HJDc8JYZe5rUDxrt2MgRi3QL83D34ZYX9jxQxTu_KxuOZO/s320/katabatic1.jpg" border="0" /><br /><div align="justify"><strong>Que tal as reacções a «Vago»? Superaram as vossas expectativas?</strong></div><br /><div align="justify">A partir do momento em que ficou disponível no myspace e também nos concertos, começámos a obter várias reacções e comentários positivos. Um pouco por todo o mundo o EP foi sendo “distribuído” e fomos estabelecendo diversos contactos entre editoras (Japão, Estados Unidos, Alemanha), promotores (Porto, Espanha), bandas e público - foi uma grande ajuda para uns primeiros passos mais consistentes. Podemos dizer que foi um bom suporte para comunicar a nossa primeira experiência de gravação mais a sério. Queríamos mostrar o que fazíamos em estúdio até então, depois de muito tempo de procura por uma sonoridade própria.</div><br /><div align="justify"><strong>A vossa sonoridade pode ser definida como envolvente e contemplativa. Concordam? Quais as principais influências para a criação desta sonoridade?</strong></div><br /><div align="justify">Sim, concordamos. Grande parte das músicas têm drones e algo de psicadélico na repetição de riffs e criação de ambientes... Percebemos facilmente como esses adjectivos possam descrever a nossa música. É difícil indicar especificamente aquilo que nos influencia na composição das músicas. Acho que as nossas influências acabam por ser uma reunião de várias experiências, aquilo que vemos, ouvimos ou sentimos. Acho também que somos bastante influenciados pelo próprio processo criativo, ou seja, pelo feeling que um riff inicial dita ou pelas ideias de estrutura que sugere.</div><br /><div align="justify"><strong>O pos-rock instrumental no qual se inserem parece estar a conhecer um impressionante reconhecimento nos últimos anos. Os Katabatic são um fruto desse “hype” que se vive em torno do estilo ou a vossa existência e ideais enquanto banda já estavam definidos mesmo antes deste estilo conhecer uma maior divulgação?</strong></div><br /><div align="justify">Falar em hype é muito subjectivo, porque são os media que utilizam o hype para comercializar, massificar e lucrar com música - só por isso se definem obrigatoriamente “estilos de música”. Pensamos que as bandas ao seguirem esse caminho estão a condenar a sua existência a regras pré-estabelecidas e a dogmas desnecessários e não a fazer música como veículo artístico. Os Katabatic nunca fizeram nada forçado, nunca tivemos de criar para sobreviver ou sustentar “máquinas” comerciais. Fazemos aquilo que gostamos e que na altura nos inspira. Estivemos muito tempo a construir a nossa identidade e fazemo-lo de uma forma descomprometida, o que nos garante definirmos o nosso próprio espaço e espectro sonoro. Não queremos que isto seja entendido como algo pretensioso ou aspiracional, apenas nos divertimos com aquilo que fazemos sem qualquer necessidade de seguirmos um movimento ou hype. O nosso primeiro concerto com esta formação foi em 2003 e nessa altura este movimento era quase inexistente em Portugal. Bandas como os lemur ou bypass, com quem tocámos nesse concerto, são duas das poucas bandas com quem nos conseguiamos associar um pouco estilisticamente há alguns anos atrás.</div><br /><div align="justify"><strong>Em Portugal parece estar a assistir-se a um enorme interesse em torno deste estilo. Prova disso são as várias bandas que têm editado trabalhos nos últimos meses. Como encaram isso?</strong></div><br /><div align="justify">Para nós é positivo porque eventualmente surgirão também mais oportunidades de concertos e de promoção da banda em geral. É sempre bom saber que há mais pessoas que partilham dos mesmos interesses musicais que nós. </div><br /><br /><div align="justify"></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5234007522665894162" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6cSH1LeMK6VQ0dv5x94_t-u6LKbO0WPgvp3l34Y7C2ookKqXpIcu9aRnUlcMCj0KoWIrTKdPcqLdDB0ojL4lCs7uyTTl8lxrnDeH9UenMMxgHbxd-nAlh6Wyt02qB7eYUTPRE/s320/katabatic.jpg" border="0" /><br /><div align="justify"><strong>Encaram o trabalho de bandas como Riding Pânico ou Catacombe como concorrência ou como um estimulo à troca de ideias e ao crescimento do estilo?</strong></div><br /><div align="justify">Conhecemos os Riding Pânico nos Black Seep Studios, onde viemos também a conhecer mais bandas e mais pessoas que partilhavam pontos de vista parecidos com os nossos quanto à forma de sentir e pensar a música. Há muito de familiar naquele local. Quando começámos a ensaiar ali rapidamente nos apercebemos que era um espaço diferente, onde conseguiamos trocar ideias com facilidade e isso é algo que nos estimula bastante para crescer como banda. A nossa relação com os Riding Pânico só pode ser interpretada nesta perspectiva de apoio e amizade. Catacombe conhecemos via myspace e também temos mantido contacto para futuras colaborações. Na verdade acho que nós nem temos muito a dizer sobre o estilo... No nosso ponto de vista é sempre bom estarmos rodeados de pessoas que estão a construir coisas diferentes. Isso dá-nos a oportunidade de assimilar universos distintos e inovadores. Estamos mais interessados em desenvolver a nossa “voz” e em diversos desafios criativos que nem têm de estar necessariamente ligados à música. </div><br /><div align="justify"><strong>Ponderariam a inclusão de um vocalista na vossa sonoridade? Conseguem imaginar como soaria?</strong></div><br /><div align="justify">Talvez sim, talvez não... O futuro o dirá mas não é algo em que pensemos actualmente. Algumas das nossas músicas têm vocalizações.Conseguimos imaginar como soaria porque já tivemos uma voz feminina na banda. Chegámos a dar um concerto onde tocámos alguns temas instrumentais e outros com voz.<br /><br /><strong>Podemos contar com uma edição dita mais profissional dos Katabatic para breve?</strong></div><br /><div align="justify">Sim, no entanto não temos ainda uma data definida. É bastante provável que tenhamos novidades ainda este ano, mas podemos adiantar que ainda não será um albúm.</div><br /><div align="justify"><strong>Como encaram o estado actual da música alternativa nacional? Parece que nunca conheceu um momento tão profícuo, na minha opinião. Concordam? Acham que poderão beneficiar deste momento?</strong></div><br /><div align="justify">A nossa opinião é que a música alternativa nacional tem vindo a melhorar progressivamente e isso é em grande parte um reflexo da qualidade das gravações que se têm feito e também da própria originalidade das várias bandas incluidas neste nicho.Sendo estes dois factores muito importantes e influentes em quem procura ouvir música nova, achamos que também nós podemos beneficiar deste momento.<br /></div><br /><div align="justify"><strong>O que podemos esperar dos Katabatic em breve?</strong></div><br /><div align="justify">Para além das datas agendadas para Setembro (razão pela qual não podemos deixar de agradecer ao André da Amplificasom que tem feito um esforço enorme para que as coisas aconteçam) pensamos em gravar outra edição com novos temas que temos vindo a desenvolver e que iremos tocar nesses próximos concertos. Talvez menos leve vs pesado e mais dos espaços intermédios.</div><br /><div align="justify"><strong>Últimas palavras…</strong></div><br /><div align="justify">Temos algumas datas de concertos marcadas - visitem o nosso profile no myspace (myspace.com/katabatic) para saberem os detalhes e apareçam se puderem. Muito obrigado pelo teu interesse e apoio! </div></div><div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13723096.post-70311825441992281832008-07-21T20:10:00.004+01:002013-10-10T00:18:48.298+01:00em entrevista...DAWNRIDER<div align="justify">O stoner doom metal português tem um nome: DAWNRIDER. Este é o ano de afirmação de uma banda que tem na persistência e na honestidade as suas melhores armas, sendo «Alpha Chapter» o resultado de árduos anos de trabalho em prol de uma causa digna. F.J. Dias, o carismático vocalista dos Dawnrider e figura emblemática do underground luso acedeu a conversar conosoco.<br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5225547134596463346" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRx4etRVWFemm9W-QCR4F55KhOyTaplfJk93u7hDLPHQixh1r5oiOyV5FuNHXZ9NhUAoTG0qTqhPG6xCLPcgvIOnY1tDkHEyPSQxJfUh8tcGlXbsaDTTD6cwJl7lXa_ZsWEbvw/s320/Dawnrider.jpg" border="0" /> <p align="justify"><br /><strong>Após alguns anos de luta no meio underground está finalmente editado o primeiro disco dos Dawnrider. Como se sentem em relação a isso? O esforço compensou?</strong><strong></strong></p><div align="justify"><br />Sim, claro. Estamos satisfeitos com o disco, foi o nosso cartão de apresentação o ano passado, o disco saiu já quase no fim do ano, em Novembro quando deveria ter saido no inicio do Verão, mas tivemos uma troca de elementos mesmo em cima da gravação, saiu um baixista e entrou outro que já não foi a tempo de aprender os temas para os gravar de imediato por isso o baixo foi gravado por um dos guitarristas, o Conim. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>Este primeiro disco acho que é importante no sentido que marca uma lacuna no Metal até agora inexistente em Portugal. Como está a ser recebido «Alpha Chapter»?</strong></div><strong></strong><div align="justify"><br />Bastante bem, as reviews têm sido todas positivas, esperamos agora que a editora comece a mandar também o disco lá para fora pois somos uma banda que pode ser exportável, embora este disco tenha sido mais dedicado ao publico português, no sentido em que a maioria do pessoal desconhece as bandas que são referência e inspiração para o colectivo, então presenteámo-los com duas covers (Amebix e Buffalo) e um tema dedicado aos pioneiros do Heavy Rock em Portugal, os Beatniks. Escolhemos trabalhar os temas menos Doom primeiro e deixar o material mais denso para o próximo álbum. Um grande impulsionador sem dúvida, têm sido os concertos, o pessoal chega lá e sai com vontade de comprar um álbum. Mas a experiência ao vivo, essa, é impossível de passar para disco.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>O disco está a receber alguma exposição a nível internacional? Os vossos planos passam por aí?</strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Os nossos planos passam definitivamente por aí, agora nós sozinhos não podemos fazer muito, mas contamos com a nossa editora para o fazer. Posso-te dizer que o nosso Split EP de 2005 em vinil, as copias foram quase todas parar lá fora, foi um disco para o underground Doom/Heavy Rock europeu e americano. </div><div align="justify"><br /><strong>Pode dizer-se que os Dawnrider são líderes e praticamente pioneiros de um estilo pouco divulgado em Portugal. Sentem o peso dessa responsabilidade?</strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Sim, mas não temos medo. O que bandas como os Beatniks e os Xarhanga fizeram nos 70's e o que bandas fizeram nos 80's como Xeque Mate e Vasco da Gama, traduz-se em nós, numa versão mais pesada, actual e mais vasta em influencias com uma identidade muito própria.</div><div align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5225547320984758082" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9SvsB2m2Xzv3rTrYdl3IaZYRTn7u_rxqCHcoxla8Hp4uJCCtIWyZrElmb_JCS25RvS6UZBbDlSxZOhg179hpihRrOd8mhx04aF9m3p_Khz-zn1sQvQs88cOugPa8yVXdiTbRP/s320/Dawnrider1.jpg" border="0" /><br /><strong>Acham que as mentalidades estão cada vez mais a abrir-se a este tipo de sonoridades retro ou permanecerão sempre confinadas a um reduto underground?</strong></div><strong></strong><div align="justify"><br />Eu vejo este tipo de musica não como retro mas como intemporal. Estou a ouvir o primeiro álbum de Atomic Rooster enquanto estou a responder às tuas perguntas, este álbum data de 1970 e é mais avant-garde Rock que muita merda que sai agora com o tag de "pós-Metal, pós-Doom, pós-isto-e-aquilo". O mercado está inundado de trends, toda a gente se passa agora com bandas que roubam inspiração no Rock alternativo/experimental e trazem essas influencias para o Rock mais extremo.Quando vejo uns Wolfmother na TV ou a tocar em festivais grandes, apercebo-me que esta porcaria do retro chegou ao ridículo de se tornar um trend. Em Inglaterra as revistas curvavam-se perante os The Answer, estas bandas para mim é só merda, copias bem planeadas sem personalidade de Zeppelin e Grand Funk...tirando os supergrupos do passado, que realmente cresciam com suor e trabalho árduo na estrada, desde inícios de 80's que para mim acabaram os supergrupos...desde essa altura que só se pode confiar no underground para se ouvir musica verdadeira. Até um gajo do Black Metal como o Fenriz (dos Darkthrone) cagou na cena que lhe deu dinheiro durante anos a fio e anda agora em Oslo a passar musica em clubes que vai do Hard Psicadelico de 70's, ao Garage Rock de 60's, passando pelo Punk e a NWOBHM, ora querem melhor exemplo que isto? "TRUE MUSIC IS FOREVER!", já dizia o grande Vic Vergeat dos TOAD.</div><div align="justify"><br /><strong>Antes da gravação do disco registaram-se mudanças de formação, nomeadamente a saída do baixista Samuel. De que forma isso influenciou o resultado final do disco e o futuro da banda?</strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Não foi antes, foi mesmo a meio. O resultado foi que poderíamos ter um registo próprio de um bom baixista, mesmo que seja um bom guitarrista a tocar o baixo nunca é bem a mesma coisa. O registo é mais linear. De imediato arranjámos substituto, o Carlos, que já tinha tocado comigo nos No-Counts DOM, por isso não havia ao cimo da terra melhor pessoa para nos acompanhar nas 4 cordas! Recentemente também o Victor saíu, desta feita ocupando o lugar o André (ex-Shadowsphere, actual Theriomorphic e Wintermoon), que mais uma vez, foi uma substituição perfeita, não poderíamos estar mais contentes, até pelo facto que também o André tocou com o Carlos há uns anos, no inicio de Brainwashed by Amalia, que já agora os menciono como a primeira banda "Stoner Rock" em Portugal...sei que este rótulo é manhoso e o Carlos não gosta, mas é só para não se esquecerem de que se existe uma cena Stoner (revivalista do Hard psicadélico), os B.B.A. eram pioneiros cá. Anda para aí o CD Split deles pelas lojas que eu editei há uns anos, podem-no comprar por 5 ou 7 euritos, aproveitem! </div><div align="justify"><br /><strong>Como seguidor de longa data da evolução do metal e da cena underground em geral no nosso país, como encaras o estado das coisas actualmente?</strong></div><strong></strong><div align="justify"><br />A evolução é notória mas as mentalidades, enfim, deixam um bocado a desejar. Isto funciona como uma aldeia pequena, ainda bem que os Dawnrider não fomentam telenovelas, as nossas opiniões são frontais, as nossas ideias são bem claras, leiam as letras. A maioria de nós, crescemos nos 90's um pouco fora do que se passava no Metal porque isto é pessoal que não se indentifica com a cena dos 90's, nessa altura alguns de nós andávamos no Punk Rock e no Crust, eu e o Libe somos os mais velhos, já vimos dos anos 80 da cena Metal, mas nessa altura a onda era mais rebelde e crua, era giro, uma loucura teenager, havia muita marginalidade mas ao menos não haviam grandes telenovelas. Já agora devo mencionar que o Punk 90's em Portugal foi uma bela telenovela, os que mandámos para o caralho nessa altura, foram bem mandados.Achas que a Internet e todos os meios à disposição vieram trazer mais vantagens ou desvantagens à cena?Mais vantagens no sentido que agora um puto em um ano passa de Black Metal florestal a super-cromo do Doom ou do Sludge ou retro que o pariu. As pitinhas podem ser super-Punks com o cursinho ali todo no Soulseek. Um gajo que queria ser nerd musical agora tem 5000 álbuns que realmente não existem fisicamente de merda que nunca mais vai ouvir na vida, mas pode nas conversas dizer "eu tenho" , "eu conheço" , "isso é bom" ou "isso tá bué a frente!". Acho que neste pequeno exemplo se notam vantagens e desvantagens não é? No outro dia lia uma entrevista a um ilustrador conhecido onde ele dizia que pelo andar da coisa, qualquer dia deixam de haver cd's e ninguém vai aos concertos porque a net é o lugar onde devemos estar. Aonde foi parar a rebelião pergunto eu? Em casa a toda a hora na net não mudamos nada!! Menção honrosa a um fórum chamado Irmandade Metálica onde os seus maiores participantes são também ávidos consumidores de cds e vinil e vão a montes de concertos, são apoiantes verdadeiros da cena Nacional Metálica, se tens uma banda de Metal adere ao fórum, aqui vais ganhar apoiantes que realmente não são da boca-para-fora. Este colectivo de que me orgulho fazer parte tem feito muito pela cena...um festival, uma compilação (infelizmente virtual), uma fanzine, patches, tshirts...um caso raro de integridade e coração metaleiro. <br /><br /><strong>Actualmente parece que a compra de discos e o coleccionismo é cada vez mais um luxo e um devaneio de melómanos. Como encaras essa situação? Achas que todo aquele espírito que se vivia há anos atrás irá irremediavelmente perder-se?</strong></div><strong></strong><div align="justify"><br />O problema são as novas gerações e como consciencializá-los. Realmente não sei, conheço putos de 20 anos com uma atitude impecável perante isto tudo mas são uma escassa minoria. De vez em quando surge a modinha do vinil, pessoal que compra uns disquitos e depois param. A minha geração não lanchava na escola para comprar um single passados 3 dias ou sei de gente que nem almoçava na escola para comprar LPs no fim de semana. Este tipo de guerreiros, muitos deles andam aí com 30 e tais em cima (outros até 40's) ainda no Rock pesado a dar cartas, a todos eles, o nosso respeito. Vocês sabem quem são, vocês são a raça, "SHOW 'EM HOW"!!<br /> </div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5225547459926178178" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRLfLeVMOe7sygxuBxTWgbDbX46Icjeo7Mr5X8Ioc8LsutRHM6IAgMDeoTzH6CxJLsZxw0OXIkw_EDwl9Ew0Wbay5MpZc_vockEHKE_yazed-DsNLgmGKTCBaRAtJOrseFYXr_/s320/dawnrider_lx2006_1.jpg" border="0" /><br /><strong>O que podemos esperar dos Dawnrider a curto/médio prazo? Há já planos para novas edições, concertos, etc..?</strong><strong></strong> <div align="justify"><br />Este verão vamos começar a gravar o nosso segundo álbum, devemos voltar aos palcos só no fim do verão, em principio éramos uma das bandas que iam abrir os megaliticos CELTIC FROST mas o Thomas rompeu e a banda acabou com datas importantes penduradas. Gostávamos de poder abrir de novo os Orange Goblin em Setembro, mas ainda é incerto. Em breve também vamos participar numa compilação da Raging Planet um tributo ao Rock antigo nacional, nós obviamente vamos fazer uma cover dos Beatniks, de 1972, um tema super-Sabbath! Temos também um Mini album planeado de covers para 2009. E para já, "That's all folks"! </div><div align="justify"> </div><div align="justify">www.myspace.com/dawnriderdoom<br /></div><div class="blogger-post-footer">Obrigado pela visita e pelo apoio ! Até breve !</div>Unknownnoreply@blogger.com0