terça-feira, julho 01, 2008

em entrevista...WE ARE THE DAMNED

Os WE ARE THE DAMNED são já uma das grandes surpresas a assinalar no panorama nacional no que à música de peso diz respeito. «The Shape of Hell to Come» apresenta-se como um portentoso manifesto de raiva e brutalidade que promete abanar a cena e que acrescenta mais um nome à crescente lista de bandas de enorme qualidade no nosso país. O Opuskulo não quis deixar passar em claro a edição da estreia dos We Are the Damned e convidou-os para uma conversa.

Parece que aconteceu tudo muito rápido com os We Are the Damned. Conta-nos resumidamente o percurso até à edição deste álbum de estreia.

Sim foi efectivamente rápido. Trabalhámos imenso na sala de ensaio e acabou tudo por aparecer naturalmente, mostrámos o material àRaging Planet e eles assinaram a banda.


Como está a ser recebido «The Shape of Hell to Come»? As reacções têm-vos surpreendido?

Ainda é um bocado cedo para termos essa percepção mas as poucasreacções que temos tido têm sido bastante positivas, quer do disco, quer dos concertos.

Tendo em conta os nomes envolvidos nos We Are the Damned podemos considerar-vos uma “super banda”?

Não, esse conceito não se pode aplicar. Somos apenas uma banda quequer tentar ir o mais longe possível.


Esta é realmente uma banda com pernas para andar ou não passa de um projecto ocasional?


É uma banda séria, se fosse algo ocasional nem nos dávamos aotrabalho de procurar uma editora nem pessoas interessadas em trabalharconnosco.

Logo na estreia entregaram a masterização do disco ao conceituado Palle Schultz. Porquê essa opção?

Ele não só masterizou, como produziu e misturou o disco, ele aliásesteve presente no estúdio cá em Portugal. Já o conhecíamos de outrostrabalhos que ele realizou na Dinamarca, e alem disso é uma espécie devisionário, o que nos agradou logo, para não falar nas suas qualidadescomo musico, o que nos ajudou bastante.

Uma das sensações deste disco é a vossa vocalista. Onde a descobriram?


Já conhecia-mos a Sofia dos anteriores projectos que ela teve, foiuma boa aposta já que ela encaixou perfeitamente no perfil queestávamos à procura.


Acham que o facto de contarem com uma vocalista feminina numa banda de sonoridade agressiva como a vossa pode dar-vos uma visibilidade extra?


Só se for pelo facto de ser invulgar, em Portugal, vermos umarapariga a cantar numa banda de música pesada.


Sei que liricamente os vossos temas rondam o humor algo sarcástico e negro. Podes elucidar-nos melhor em relação a isso?

Tentámos construir o conceito do disco baseado na actual realidadedo quotidiano misturado com o que achamos que pode vir a ser o futuroda humanidade em geral, mas adicionando elementos fruto da nossaimaginação.

Achas que estão finalmente a reunir-se as condições necessárias em Portugal para uma maior proliferação e crescimento de bandas underground?


Penso que as pessoas têm outra abertura em relação às bandasunderground, mas continua a acontecer tudo com um certo preconceito, enão é por acaso que nos últimos vinte anos de musica pesada em Portugal,só uma banda conseguiu efectivamente ter reconhecimento a nívelinternacional, e só depois nacional !

O que está nos vossos planos a breve trecho?

Nos planos está o segundo álbum e tocar muito ao vivo, lá fora e cá dentro

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