sexta-feira, outubro 03, 2014

Vale a pena reler...entrevista com José Carlos Santos: parte II

Entrevistas realizadas no parque de estacionamento de um centro comercial, uma conversa perdida num ficheiro vazio, músicos mal-humorados, bêbados e alterados, grandes amizades, boas e más recordações e, acima de tudo, uma enorme paixão que une tudo isto: o jornalismo musical! Eis a segunda parte da conversa com José Carlos Santos, aqui abrindo espaço ao seu lado enquanto profissional nos obscuros, hilariantes e apaixonantes recantos da indústria musical, proporcionando-nos uns valentes e prazeirosos momentos de excelente leitura e partilha. 

com Justin Broadrick ( Godflesh)

terça-feira, setembro 30, 2014

Porque há coisas que não podem ficar perdidas...entrevista com José Carlos Santos

Os apaixonados por música e pelos discos (e reforce-se a palavra a apaixonados, e não os meros ouvintes de música) podem dividir-se em duas categorias. De um lado aqueles que tomam uma posição mais passiva perante essa sua paixão, idolatrando-a, respirando-a, sorvendo-a, vivendo em torno dela, mas limitando-a à busca incessante daquele disco, daquela peça que falta na colecção eternamente inacabada, tomando a posição de ouvinte, coleccionador, melómano...o que lhe queiram chamar! Do outro lado temos aqueles que, para além de partilharem muitas das características dos atrás descritos, tomam uma posição mais activa perante a música, quer seja enquanto músicos, quer seja enquanto investigadores, estudiosos, jornalistas, fotógrafos, técnicos, enfim, o que realmente importa é sentir que participamos da paixão, que nos alimentamos dela e que ela alimenta-se de nós, que fazemos parte de algo, que damos um pouco de nós em prol daquilo em que acreditamos e que corre nas nossas veias, que faz parte do nosso código genético. É nesse perfil que se encaixa o José Carlos Santos, um inveterado apaixonado pela música que, desde cedo, procurou participar activamente dessa sua paixão. Fá-lo como jornalista e fotógrafo em diversas publicações nacionais e internacionais ligadas ao metal e a sonoridades mais extremas e alternativas, actividade essa que, aos 34 anos de idade, lhe confere uma excepcional amplitude de pensamento e conhecimento sobre música, uma mente invulgarmente aberta e lhe permitiu contactar com realidades e pessoas tão distintas que lhe proporcionaram muitas histórias para contar e ensinamentos, curiosidades e opiniões para partilhar. A exemplo do que temos feito com outros entrevistados, damos hoje a conhecer a faceta de coleccionador do José Carlos, sendo que está guardada uma segunda parte desta entrevista que explora o âmago do jornalista, do fotógrafo, do crítico e, acima de tudo, do fã. Enjoy! 

terça-feira, setembro 23, 2014

Fanzices #0...My Putrid Spittle, Icon e Icontomb

Para além da enorme paixão e dedicação à música, tenho em comum com o Ricardo Ribeiro um passado ligado às fanzines...daquelas ainda mesmo em papel, verdadeiras obras de artesanato feitas na base do corte e costura, do improviso e de muita dedicação e carolice. My Putrid Spittle, Icon e Icontomb foram alguns dos projectos que o Ricardo tomou em mãos na segunda metade da década de 90 e que marcaram o movimento underground no qual se moviam. Ficam algumas impressões sobre essa experiência.  

Esta entrevista marca igualmente o início de uma série de artigos - "Fanzices" de seu nome - na qual irei autenticamente desenterrar alguns dos projectos que foram sendo feitos na mesma base daqueles que levaram o Ricardo a pôr mãos à obra. Sem prometer qualquer tipo de periodicidade, eles vão aparecendo, sendo que as vossas sugestões serão, obviamente, bem vindas. 


terça-feira, setembro 09, 2014

O tempo passa, a paixão fica...entrevista com Ricardo Ribeiro

Confesso que não sou grande adepto de revoluções tecnológicas, de eras digitais, de amizades e de espaços virtuais e, por consequência, de redes sociais. Gosto do lado físico, prático, funcional e palpável das coisas. Gosto de estar com as pessoas (mas estar a sério!), de mexer nos discos, de sentir o cheiro e a aura dos locais, de ter tempo e de usufruir do mesmo com as coisas simples da vida. Bem sei que a sociedade caminha precisamente no sentido oposto, mas os princípios é algo que a tecnologia não nos tira, que o mundo virtual não deve arrasar e ao qual devemos fazer um esforço para nos mantermos fiéis. No entanto, e apesar desta postura, não sou radical ao ponto de renegar por completo o que de positivo a tecnologia e a era virtual nos traz, sendo que algumas das grandes mais valias de estarmos "em rede" passa por termos acesso a opções muito mais vastas na hora de comprar discos e recolher informação sobre determinado assunto ou de nos cruzarmos com pessoas com gostos e ideias semelhantes. Geograficamente são 20 km que nos separam, mas foi no mundo virtual que travei conhecimento com o Ricardo Ribeiro. Conversa puxa conversa e dei-me conta da intensa paixão que este nutre pela música e pelos discos, da impressionante colecção de discos que orgulhosamente possui e apercebemo-nos que já nos havíamos cruzado há cerca de 15 anos, ainda através de carta e selo, quando cada um desenvolvia uma fanzine em papel. Motivos mais do que suficientes para lançar o repto ao Ricardo para figurar neste espaço. Eis o resultado.



quarta-feira, julho 16, 2014

Forever Cursed e Cvlt Nation...o outro lado de Artur Carvalho

Julgo que não estarei a dizer nenhum disparate ao considerar que nós, que gostamos, respiramos e vivemos a música, em dada altura das nossas vidas pensámos em deixar de desempenhar apenas o papel de ouvinte passivo e ambicionámos fazer algo mais por aquilo que gostamos e em que acreditamos, quer seja aprendendo a tocar um instrumento, integrando uma banda, distribuindo discos, organizando concertos, criando um blog, uma fanzine ou escrevendo para uma revista ou, simplesmente, ajudar a banda dos nossos amigos a crescer. Muitos colocaram isso em prática, outros tantos mantiveram a sua condição de ouvinte/coleccionador (o que, só por si, já constitui um enormíssimo mérito e uma condição de fulcral importância). O Artur Carvalho pertence ao grupo daqueles ávidos apaixonados por música que procuraram criar algo onde pudessem canalizar toda essa paixão e, de alguma forma, ajudar a divulgar aquilo em que acreditam, musicalmente falando. Nasceu assim o blog Forever Cursed, um espaço da sua inteira responsabilidade que se foi assumindo como um veículo perfeito no acesso a muita e boa música extrema, ao ponto de despertar interesse junto dos responsáveis da Cvlt Nation , projecto de referência global no qual o Artur tem o orgulho de colaborar. Depois de conhecermos o seu lado de fã e coleccionador, foi sobre este seu outro lado que falei com o Artur. Fica o resultado. 

quinta-feira, julho 10, 2014

Direito à diferença...com Artur Carvalho


Hoje com 35 anos, a paixão do Artur Carvalho pela música e pelos discos já vem de longe “A idade em que comecei ao certo, não sei dizer. Mas sei que antes de esbanjar os meus primeiros salários em música (isto com mais ou menos 16 anos) já “cravava” os meus pais para me oferecerem este ou aquele disco”. E já em tenra idade os seus gostos e as suas escolhas seguiam num sentido: o alternativo.

terça-feira, julho 08, 2014

Metal até ao osso...Bruno Vilela


Cartão do Melómano


Nome: Bruno Vilela

Idade: 29

Colecionador há: Cerca de 13 anos

Coração de: Heavy Metal,Thrash e Death (Até 1995)

Primeiro Disco: “Live - Decade Of Agression” dos Slayer

Último Disco: Os 3 primeiros de Pantera: “Metal Magic”, “I am The Night” e o “Projects In The Jungle”.

Sonho todos os dias com: Qualquer coisa de Metallica e Iron Maiden que me falte...

sexta-feira, junho 13, 2014

Lembram-se do Pedro Garcia? E dos Inhuman?




Ao falar com o Pedro Garcia sobre a sua veia coleccionista e enquanto fã de música, não resisti a fazer-lhe algumas questões sobre o seu passado enquanto músico, nomeadamente como vocalista dos Inhuman. Aqui fica o resultado.


segunda-feira, junho 09, 2014

Lembram-se dos Inhuman? E do Pedro Garcia?



Lembram-se dos Inhuman? Banda algarvia que na segunda metade da década de 90 editou dois discos que marcaram o metal português - «Strange Desire» e «Foreshadow» - e que, durante algum tempo, alimentaram a ideia de que teríamos aqui a próxima banda a seguir o trilho de internacionalização e de sucesso dos Moonspell? Pois bem, o Pedro Garcia foi o vocalista dessa banda e com ela gravou os dois álbuns atrás citados. Foi, por isso, com grande prazer – até porque sou um admirador confesso de Inhuman e da obra que deixaram – que cheguei à fala com o Pedro, não tanto com o objectivo de dissecar a carreira de Inhuman, mas mais para conhecer um outro lado do Pedro: o de coleccionador de discos e, acima de tudo, de apaixonado por música. Obviamente que acabei por não resistir à tentação e quis saber um pouco mais sobre a sua experiência com Inhuman, mas quanto a isso teremos mais novidades dentro de dias. Para já, vamos conhecer o fã e coleccionador Pedro Garcia. 

quarta-feira, junho 04, 2014

O bom filho à casa torna...entrevista com João Oliveira

 

Cartão do Melómano 

Nome: João Oliveira.

Idade: 40 anitos.

Coleccionador há: A aquisição com a intenção de ser para coleção só tem expressão a partir de 2010. Até 2010 foi um acumular aleatório de música Metal em diversos formatos (vinil, CD, Cassete, VHS, DVD, BluRay). Por isso só me considero colecionador há 2 anos.

Coração de: Metal. Mas o espectro vai desde o Rock ao mais brutal do Grindcore. 

Primeiro Disco: Iron Maiden, “Number of the Beast”, comprado no Centro Comercial OKAY na Amadora.

Último Disco: Candlemass, “Psalms For The Dead”.