segunda-feira, junho 27, 2005

Entrevista a Fear Thy Name





1.Apresenta-nos os Fear Thy Name…
Daniel: Os FEAR THY NAME formaram-se na cidade do Porto em Novembro de 1998, após a junção de dois amigos e actuais guitarristas e compositores da banda Hugo Santos e Ivo Neves. Actualmente a banda é formada por 6 elementos: Daniel Silva na bateria, Hugo Santos e Ivo Neves nas guitarras, Ricardo Silva na voz, Ricardo Santos nos teclados e Álvaro Craveiro no baixo.
2.Após uma interessante estreia com «The Awakening» eis que aparem com outra excelente proposta. Confesso que vos esperava ver ligados a uma editora neste segundo lançamento. Porque é que tal não se concretizou?
Hugo: Essa é uma boa pergunta, mas difícil de responder. Continuamos a trabalhar para atingir os nossos objectivos entre os quais conseguir uma editora que apoie o nosso projecto. Sem esse apoio torna-se bastante complicado lançar um registo de longa duração, algo que já pensamos fazer há algum tempo. Porque essa ligação não existe... só eles saberão responder.
3.Penso que um dos vossos maiores trunfos é a simbiose de estilos musicais que incorporam nos vossos temas. Suponho que têm influências musicais muito distintas entre vós…
Hugo: Isso existe sem dúvida, música clássica, thrash, black, death... são mesmo muitas. Se por um lado é uma vantagem, por outro torna mais complicada a composição por ser necessário “pesar” bem as influências ao longo do tema e conseguir que elas formem um todo e não conjunto de partes distintas.
4.Sendo vocês do norte faço-te uma pergunta ousada… Onde estão as melhores bandas? Norte, Sul ou Ilhas? Em qual destas áreas temos uma cena underground mais animada em termos de cooperação entre bandas, apoios, concertos, etc.?
Hugo: A qualidade não está concentrada em nenhuma zona do país em particular. Conhecemos bandas de grande qualidade quer no Norte, no Sul e mesmo das Ilhas. E sempre existiu grande cooperação entre a maior parte das bandas com quem já actuámos. Em termos de apoios e quantidade de concertos, o Sul, e especialmente a zona de Lisboa, parece-me ser algo privilegiada. De qualquer forma o underground português tem um panorama muito fraco nesse aspecto, quantas bandas já não “pagaram do próprio bolso” alguns concertos que deram?
5.Se tivesses de convencer alguém a ouvir Fear Thy Name que argumentos utilizarias? O que vos distingue dos demais?
Hugo: O melhor seria mesmo dar a conhecer o nosso trabalho e deixar que ele fale por nós. Embora nunca fosse o nosso principal objectivo sermos apenas diferentes, tentámos sempre ter um som que se não fosse único, que pelo menos não fosse vulgar. E de uma forma geral penso que isso acontece, tendo em conta a quantidade de rótulos que já tentaram atribuir ao nosso trabalho. Até percebemos essa necessidade, mas mesmo nós não conseguimos dizer: o nosso estilo é este ou aquele. Enquanto para alguns isto é uma mais-valia, para outros é algo negativo. Depende muito das preferências de cada um. Torna a aceitação do nosso trabalho muito mais complicado, pois é muito mais fácil consumir algo a que já se está habituado, mas temos consciência disso.
6.Por onde passam os vossos planos a curto/médio prazo?
Hugo: Continuar a distribuir o nosso som por aí, tirando o maior proveito possível do facto de estarmos em palco, algo que todos achamos muito gratificante. E quem sabe lançar um registo de longa duração, se entretanto algo mudar.
7.Últimas palavras…
Hugo: Continuem a apoiar o underground português, mantenham os horizontes musicais bem abertos para o que se faz em Portugal, e se ainda tiverem tempo passem no nosso site www.fearthyname.com

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