Apesar de concentrar grande parte da sua atenção no que se vai passando a nível nacional, o Opuskulo abre as suas portas a projectos internacionais que demonstrem vontade em trabalhar conosco. Foi o que aconteceu com os norte-americanos TODESBONDEN, uma banda que tem como figura de proa Laurie Ann Haus, bela e competente vocalista com um passado ligado aos Autumn Tears, Rain Fell Within entre outros nomes marcantes do gothic metal. «Sleep Now, Quiet Forest» marca a estreia do seu novo projecto, um híbrido entre o mais majestoso gothic metal e a envolvência da música folk. Foi este trabalho que serviu de base para uma interessante conversa com esta simpática senhora.
Sendo uma banda desconhecida para a maioria dos nossos leitores, podes explicar-nos melhor as vossas origens?
Todesbonden foi um conceito para um projecto que me surgiu em 1994 após ter ouvido o álbum «Sorrow» dos The 3rd and the Mortal, aliado também a uma série de outras influências, mas que por várias razões só em 2003 consegui pôr essa ideia em prática. Inicialmente era suposto ser um projecto a solo no qual eu iria compor toda a música. No entanto, após ter escrito grande parte do nosso EP de estreia com a ajuda do Jason Aaron e do Patrick Geddes, decidi incorporar mais elementos na banda de forma a conseguir pôr este projecto em palco. Com a incorporação do teclista James Lamb e do baixista Jason Ian-Vaughn Eckert verifiquei que seria bastante proveitoso tê-los a contribuir no processo de composição, sendo o resultado de um esforço conjunto que podem ouvir no nosso álbum de estreia.
O formato ao vivo é então uma parte integrante dos Todesboden?
Sim, já tocámos ao vivo com esta formação. Na realidade essa foi uma das motivações pela qual esta banda foi formada. Despendemos imenso tempo a preparar os nossos concertos, mais até do que os nossos discos. Agora que o álbum foi editado queremos voltar à estrada após dois anos de hiato. Temos um concerto de apresentação do disco marcado para 18 de Outubro.
Todesbonden não é propriamente a típica banda norte-americana. Concordam se eu disser que em termos de sonoridade e influências são muito mais europeus do que norte-americanos?
Todesbonden foi um conceito para um projecto que me surgiu em 1994 após ter ouvido o álbum «Sorrow» dos The 3rd and the Mortal, aliado também a uma série de outras influências, mas que por várias razões só em 2003 consegui pôr essa ideia em prática. Inicialmente era suposto ser um projecto a solo no qual eu iria compor toda a música. No entanto, após ter escrito grande parte do nosso EP de estreia com a ajuda do Jason Aaron e do Patrick Geddes, decidi incorporar mais elementos na banda de forma a conseguir pôr este projecto em palco. Com a incorporação do teclista James Lamb e do baixista Jason Ian-Vaughn Eckert verifiquei que seria bastante proveitoso tê-los a contribuir no processo de composição, sendo o resultado de um esforço conjunto que podem ouvir no nosso álbum de estreia.
O formato ao vivo é então uma parte integrante dos Todesboden?
Sim, já tocámos ao vivo com esta formação. Na realidade essa foi uma das motivações pela qual esta banda foi formada. Despendemos imenso tempo a preparar os nossos concertos, mais até do que os nossos discos. Agora que o álbum foi editado queremos voltar à estrada após dois anos de hiato. Temos um concerto de apresentação do disco marcado para 18 de Outubro.
Todesbonden não é propriamente a típica banda norte-americana. Concordam se eu disser que em termos de sonoridade e influências são muito mais europeus do que norte-americanos?
Essa é uma questão que me tem sido colocada com frequência. Concordo que a nossa sonoridade tem muito de europeu, no entanto, em termos de influências não nos restringimos apenas à Europa, aí assemelhamo-nos muito mais à world music do que a qualquer outra coisa. De facto, não há muito de americano em Todesbonden, no entanto tenho andado a ler algumas coisas sobre a guerra civil americana e possivelmente poderei focar esse aspecto num próximo trabalho.
Sendo assim, quais são as principais influências que marcam este trabalho? Liricamente parece ter uma forte ligação à natureza.
Sim, tens razão. Eu expresso uma grande admiração pela natureza nas minhas letras e costumo recorrer a metáforas relacionadas com a natureza para expressar um determinado sentimento. No entanto este trabalho é muito mais do que isso, ele aborda toda uma série de assuntos que vão desde acontecimentos históricos a sentimentos muito íntimos. Musicalmente continuo a nutrir uma grande paixão pelo doom metal, no entanto nota-se uma forte influência da world music em Todesbonden, mais até do que aquela que inicialmente idealizava para este projecto.
Essa influência da world music de que falas torna-se evidente pela utilização de diversos instrumentos tradicionais e referências étnicas na vossa música. De onde vêem essas influências?
Este é o estilo de música que gosto de ouvir. Adoro música medieval, celta, folk e por aí fora. Sempre desejei fazer parte de uma banda que incorporasse essas influências noutras sonoridades que também ouço, como por exemplo o doom metal. Na realidade eu até gostava que a nossa música fosse ainda mais étnica do que aquilo que é. Mas tendo em conta que são várias pessoas a escrever e a dar opiniões, procuramos chegar a um consenso. Logo se verá para onde irá evoluir a nossa música.
Podemos então esperar um segundo álbum de Todesboden?
Sim, sem dúvida. Já idealizei algumas directrizes para um novo trabalho e pretendo que seja mais étnico, mais poderoso, mais apaixonado. Encontramo-nos já a escrever para um novo disco e o meu objectivo é que aproveitemos apenas o melhor do melhor.
O teu passado está ligado a bandas como Autumn Tears ou Rain Fell Within. Sentes que isso poderá ter uma influência positiva na promoção e visibilidade que Todesbonden poderá receber?
Sim, principalmente a minha relação aos Autumn Tears, já que a minha colaboração com os Rain Fell Within foi muito vaga. O meu nome tornou-se conhecido na cena e isso pode levar as pessoas a sentirem curiosidade sobre o meu novo projecto. No entanto, o meu objectivo com Todesbonden passa por chegar a uma audiência que ainda não me conhece e posso dizer que isso está a ser muito bem conseguido através do excelente trabalho de promoção que a nossa editora está a realizar.
Alguma vez ponderaste mudares-te para a Europa, tendo em conta que a vossa editora é europeia e a vossa sonoridade tem muito mais tradição e visibilidade por cá?
A mudança para a Europa é uma conversa que tenho comigo própria diversas vezes. No entanto, as razões que me levam a considerar essa hipótese não estão relacionadas com a minha carreira musical. A crise económica que se vive nos EUA, aliada a questões políticas e sociais têm vindo a contribuir para me sentir cada vez mais desconfortável neste país. Irei permanecer por aqui mais uns anos para ver qual o caminho que as coisas levarão e tomar uma decisão final. Há outras coisas que me prendem aos EUA, por exemplo a minha família, os meus companheiros na banda, a minha casa, etc. É complicado de um momento para o outro atirares tudo para trás das costas e começares tudo de novo noutro sítio qualquer. Das vezes que já estive na Europa senti-me como uma outsider devido à barreira linguística e, acima de tudo, por ser norte-americana, e esse é um sentimento com o qual eu não sei se conseguiria lidar a longo termo. No entanto, apesar de tudo isso, a mudança para a Europa é uma opção que considero. Não faço ideia se isso seria benéfico para a minha carreira musical.
O que achas da indústria musical norte-americana actualmente? Há por aí mais tesouros como os Todesbonden bem guardados?
Se me fizesses essa questão há seis anos atrás estaria em condições de te dar uma resposta mais concreta. Ao longo dos últimos anos tenho andado menos atenta ao que se vai passando na cena norte-americana, mas pelo que vejo através do nosso myspace há boas bandas nos EUA a praticar gothic metal, embora num registo muito diferente do nosso.
Contacto: http://www.todesbonden.net/
Contacto: http://www.todesbonden.net/
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